Obra está em fase de acabamento
Na manhã desta segunda-feira (9), estivadores (na ativa e aposentados) e vereadores, além da imprensa, foram convidados para visitar as novas instalações do Hospital dos Estivadores. Com diversos prazos para inauguração adiados, desta vez o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, garante que falta pouco para que as obras terminem. Algo que deve acontecer até junho. De acordo com o prefeito, o que está faltando agora é a posição oficial do Governo Federal para manter o complexo funcionando, após a finalização das obras.
“Estamos aguardando a posição do Governo Federal. Teremos um novo ministro nos próximos dias. Este hospital precisa ser habilitado para que ele possa entrar em funcionamento. Não teremos problemas com as obras, que já estão em fase de acabamento. A seleção da OS também está sendo feita. Dependemos do Governo Federal e do Governo Estadual para custear o equipamento. Precisamos desta parceria para que Hospital seja aberto. Não há possibilidade de nenhum município brasileiro em arcar com este custeio. O Hospital está sediado em Santos, mas atenderá toda a Baixada Santista”, disse o prefeito Paulo Alexandre Barbosa.
Mensalmente, o complexo hospitalar deve ter um custo aproximado em R$10 milhões, de acordo com o secretário de Saúde de Santos, Marcos Calvo. Valor que deve ser custeado, em 50%, pelo Governo Federal e os outros restantes entre Estado e Prefeitura. Algo, que segundo Calvo , está sendo analisado e discutido.
Hospital dos Estivadores seguirá com mesmo nome. Anúncio foi realizado também nesta manhã
De acordo com assessoria do Ministério da Saúde, já existe uma verba de R$5 milhões garantida para aquisição de equipamentos para o hospital além do custeio de 50% que também está nos planos. Entretanto, tanto o repasse para compra de equipamentos como o valor do custeio mensal para o funcionamento do hospital está esperando apenas a formalização da prefeitura com a entrega da obra e a reformulação do SIB e comprovação da produção de funcionamento.
A obra precisa estar concluída e o sistema do ministério (Sismob) precisa ser atualizado com dados, fotos e o parecer para que o recurso de R$5 milhões seja liberado. No evento, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa também ressaltou que as obras foram custeadas apenas pelo Governo Municipal e Estadual, sem repasse de verbas federais. Já de acordo com o ministério, isso ocorreu pois não houve um pedido formal para o governo federal entrar no projeto das obras.
Já para a manutenção, a assessoria do ministério explica que para receber o valor, o hospital precisa já estar funcionando. Com o fechamento do primeiro mês e com todos os processos sendo realizados, o ministério repassa a quantia que será sempre de metade do custo total.
Gerenciamento
O gerenciamento será por meio de Organizações Sociais (OSs), que devem apresentar no próximo dia 20 a proposta para administrar o complexo. Das 12 instituições habilitadas pela Prefeitura, cinco já manifestaram interesse desde a publicação do edital, realizada no dia 21 de abril.
Vereadores
Durante a visita, vereadores indagaram porque apenas se visita os primeiros andares, como ocorreu na última visita técnica ao local. De acordo com Marcelo Del Bosco, a comissão tem uma prerrogativa de poder entrar no prédio sem mesmo pedir licença. “O que não fazemos por respeito”. Técnicos e uma comissão de jornalistas e vereadores foram a foco ver os últimos andares e o processo da obra era igual aos primeiros pisos já visitados.
De acordo com Marcelo, os vereadores tinham marcado uma visita nesta terça que será revista pelo evento que aconteceu nesta manhã. “Nos reuniremos para decidir se iremos voltar aqui amanhã (terça-feira) ou não”, disse. De acordo com Marcelo, era para o Hospital ter sido entregue em agosto do ano passado. “E ainda está nesta situação? Se for uma entrega apenas para parecer para população não aceitaremos. Foi dito na última visita que seria entregue em 18 de maio? Não será mais. Acho perigoso uma que obra que era de R$26 milhões já esta chegando ao valor de R$50 milhões.