Aulas estão mantidas, apesar do aumento de casos da ômicron e gripe | Boqnews
Foto: Divulgação/ Governo Federal

Educação

14 DE JANEIRO DE 2022

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Aulas estão mantidas, apesar do aumento de casos da ômicron e gripe

Aulas na rede estadual serão retomadas no dia 2 de fevereiro

Por: Da Redação

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Novamente a volta às aulas está ganhando os holofotes devido ao coronavírus.

A maior preocupação do início de 2022 é com as crianças de até 11 anos. Afinal, a imunização no Brasil para a faixa etária de maiores de 5 anos começou nesta sexta-feira (14) com poucas doses.

A primeira criança vacinada foi o indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos. Ele recebeu a primeira dose no Hospital das Clínicas, na capital paulista.

Vale destacar que o único imunizante aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para este público é a vacina da Pfizer.

A dose infantil é diferente dos imunizantes para o público acima de 12 anos. A dose infantil tem 10 mg, enquanto do público acima de 12 anos contém 30 mg de concentração. Dessa forma, as crianças vão levar pelo menos dois meses para completarem o esquema vacinal. Enquanto, a imunização do público infantil segue em ritmo lento, sobretudo por conta do Governo Federal, a Covid-19 ganha velocidade, a chegada da variante Ômicron no Brasil liga um sinal importante, pois a maioria das complicações são de pessoas que ainda não se vacinaram.

Por essas circunstâncias, mesmo com um número de mortes inferior às outras faixas etárias, grande parte dos pais estão preocupados em mandarem os filhos para a escola. Importante frisar que as aulas já começam neste mês na maioria dos colégios particulares.

Rede Estadual

Na coletiva de imprensa da última quarta-feira (12), realizada no Palácio dos Bandeirantes, o governador João Doria (PSDB) garantiu o retorno das aulas na rede estadual no dia 2 de fevereiro.

“O cronograma será mantido, independentemente de qualquer circunstância”, destacou o governador. Vale lembrar que o Governo de São Paulo mantém 5400 escolas nos 645 municípios do Estado. Ao todo, 3,5 milhões de alunos estudam em colégios da rede estadual de ensino.

O secretário de Educação do Estado, Rossieli Soares, ao longo das coletivas de imprensa, citou que o maior desafio para o ano de 2022 é recuperar o tempo perdido na educação que foi uma das áreas mais afetadas pela pandemia da Covid-19.

Municipal

O retorno das aulas municipais da Baixada Santista também irá ocorrer no mês de fevereiro, com exceção de Guarujá que já inicia as atividades na próxima segunda-feira (17) para o Ensino Infantil II.

No dia 24, será a vez dos alunos do ensino infantil I e dia 30 para as crianças do berçário.

As aulas para o Ensino Fundamental serão retomadas no dia 2 de fevereiro. A Prefeitura destacou que a retomada presencial é obrigatória. No entanto, os alunos que estiverem afastados das atividades escolares por motivo de doença estarão no ensino remoto, e por isso, pais ou responsáveis devem buscar o roteiro de estudos nas unidades de origem. Cubatão vai iniciar as aulas no dia 3 de fevereiro.

Enquanto, Santos, São Vicente, Bertioga, Mongaguá e Itanhaém informaram que o retorno acontece no dia 7 de fevereiro.

Todas as prefeituras destacaram que vão seguir os protocolos de segurança contra a Covid-19.

Assim, como o Governo do Estado de São Paulo, as aulas municipais vão seguir o retorno obrigatório, mesmo com a variante Ômicron.

As prefeituras de Praia Grande e Peruíbe não responderam a reportagem até o final desta edição.

Impactos

Desde o início da pandemia no Brasil, o ensino no País nunca mais foi o mesmo. Já são quase dois anos em que a lousa acabou virando uma tela de computador ou celular. Apesar da retomada das aulas presenciais no segundo semestre, com o sistema híbrido, muitos alunos permaneceram em casa.

O impacto da pandemia na educação preocupa autoridades, professores e os pais, principalmente na alfabetização. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE),11 milhões de pessoas são analfabetas no País.

Este grupo pertence as pessoas com mais de 15 anos, um dos maiores receios é ver essa taxa aumentar nos próximos anos, diante dos reflexos da pandemia.

A pedagoga Ana Maria Santos explica que justamente o período da alfabetização é o que requer mais atenção.

“Os professores terão um papel fundamental no Ensino Infantil, já que muitas crianças vão ter que começar a alfabetização com uma idade mais avançada. Já, o ensino médio apesar da necessidade, os jovens já conseguem acessar a informação e o conteúdo na internet”, explicou a pedagoga.

Ana Maria alerta que as aulas de reforço serão fundamentais nos próximos anos, sobretudo para a população mais vulnerável, pois muitas crianças não conseguiram acessar as aulas remotas, pois não tinham celular ou internet em casa.

“O ideal é que as aulas complementares sejam oferecidas no período oposto da aula tradicional. Assim, quem estuda de manhã tem o reforço no período da tarde. Na minha opinião, as aulas de Português devem ser priorizadas neste primeiro momento, justamente para reforçar o hábito de leitura”, salientou.

A pedagoga ainda destacou que além da parte educacional, cita a importância da parte socioemocional. “As crianças do Ensino Infantil cresceram com a pandemia e vão ter o primeiro contato social com outras crianças só agora. Os professores devem ter muita atenção nesta questão, pois os pequenos ainda não estão acostumados a, por exemplo, dividir. O ideal é promover brincadeiras didáticas”, enfatizou.

Universidade

Algumas instituições de ensino superior do País, como a UFRJ, UERJ e UFSC suspenderam as atividades presenciais até o final de janeiro por conta da variante omicron e o avanço da Covid-19.

Por aqui, outras instituições, como a Unisanta, já retomarão as atividades pressenciais em fevereiro. O Instituto Federal de Cubatão retomará as aulas presenciais em março – as férias ocorrem em fevereiro – e o ano letivo se encerra no final deste mês.

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