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Eleições 2014

10 DE OUTUBRO DE 2014

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Aumenta votos para Federal em candidatos de fora da região nesta eleição

Já para os Estaduais, a tendência foi inversa; cientista política destaca necessidade de “renovação de quadros”

Por: Da Redação

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Os efeitos Celso Russomano (PRB) e Tiririca (PR) passaram pela Baixada Santista. E somados aos votos tidos como conservadores deixaram muitos rastros. Nesta eleição, os candidatos a deputado federal lançados pela região perderam força e votos. Comparados os 10 primeiros colocados deste pleito com os de 2010, verifica-se que há mais votos para pleiteantes de fora. O aumento foi de 47,5%. A tendência se reverte na análise do mesmo cenário para os deputados estaduais: houve uma queda de 19,2% se comparados os dois últimos pleitos. (confira os números no quadro abaixo).

A falta de renovação nos quadros regionais, somado ao desgaste causado pela sequência de mandatos é uma das causas apontadas para a migração de tantos eleitores, na visão da cientista política Clara Versiani. “Há um desgaste natural das figuras políticas regionais, principalmente aqueles que já exercem um mandato legislativo. A rotina de Brasília ou da Assembleia acaba os afastando naturalmente das bases. E o eleitor sente isso”.

Além disso, segundo a especialista, o cenário político atual não contribui para que haja interesse do eleitor. “Não há mais diferença ideológica entre os partidos. Há um desgaste muito grande. Soma-se a isso a falta de esforço para a renovação. Os candidatos ressurgem no período eleitoral com um discurso que já não encaixa mais nos dias de hoje”.

Evangélicos

No âmbito dos deputados federais, destacam-se as presenças de candidatos ligados às igrejas evangélicas e aqueles tidos como “conservadores”. Um exemplo é o Pastor Marco Feliciano (PSC). Terceiro mais votado em todo o Estado, com 398 mil votos, amealhou 17.757 na região. Antônio Bulhões (PRB), reeleito com quase 138 mil votos, foi ainda mais agraciado entre os eleitores da Baixada: recebeu 20.610 sufrágios. No caso de Santos, o candidato à Câmara Federal mais votado foi João Paulo Papa (PSDB), com mais de 66 mil votos, seguido de Maria Lúcia Prandi (PT) e Bruno Covas (PSDB), ambos com pouco mais de 13 mil votos.

No quadro dos 10 mais votados aparecem, além de Tiririca e Russomano, Bulhões e o Major Olímpio, ligado à Polícia Militar. “Papa não é um herdeiro político de nome, mas construiu sua carreira toda no Executivo. Além disso, saiu da Prefeitura há pouco tempo. Geralmente, ex-prefeitos são bem mais votados nestas eleições. O desafio é manter o ‘capital político’ na eleição seguinte”, destaca a cientista política.

Estaduais

Já na eleição para deputados estaduais, a queda da migração de votos pode ser motivada, segundo Clara Versiani, pelo fato de a maioria dos candidatos ter uma ligação mais próxima do eleitorado. “Grande parte deles são vereadores ou ex-vereadores. Ou seja: disputaram uma eleição municipal dois anos atrás e ainda tem um nome muito próximo da população”, diz.

Mesmo assim é preciso ficar atento ao recado das urnas. “Falta uma liderança que fale para toda a Baixada, não apenas para um pequeno núcleo. A região carece de uma grande liderança que enxergue o todo, renove o discurso. Mais diálogo e trabalho são os caminhos para fortalecermos a representação local”, conclui.

QUADRO CANDIDATOS DA REGIAOPB

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