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01 DE SETEMBRO DE 2016

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Bancários iniciam greve nacional na próxima terça (6)

Proposta de 6,5% sequer cobre inflação, assembleia para deflagrar greve acontece nesta sexta (2)

Por: Da Redação

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Após quatro rodadas de negociação, ocorridas entre os dias 18 e 29 de agosto, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e os bancários ainda não chegarm num acordo. Os sindicatos dos bancários não aceitaram a proposta da Fenaben de reajuste de 6,5%, que representa 68% da inflação (INPC projetado em 9,57%),  e um único abono de R$ 3 mil.

Diante deste cenário, estão marcadas assembleias em todo o país para promover greve a partir da próxima terça-feira (6). Na Baixada Santista, os bancários farão duas assembleias: a primeira para deflagrar a greve nesta sexta-feira (2), às 19 horas, na Av. Washington Luiz, 140, sede do Sindicato dos Bancários de Santos e Região. A segunda acontece na segunda-feira (5), às 19 horas, também no Sindicato, para organizar a greve que começa no dia seguinte.

“A data-base dos bancários é 1º de setembro. Usar a crise como desculpa para não cumprir a reivindicação de aumento de 14,78% (inflação + 5% de reajuste) é pura hipocrisia, já que no ano passado os cinco maiores bancos brasileiros lucraram quase R$ 70 bilhões. O lucro é 16,2% maior que o alcançado em 2014”, diz Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

Na proposta apresentada pela Fenaban, no dia 29, o sindicato também critica o abono salarial de R$ 3 mil, que para eles enfraquece salários e tem a intenção de desmobilizar a categoria. “O abono é uma estratégia utilizada pelas empresas para achatar os pisos de ingresso e não recompor o poder de compra dos salários, com o objetivo claro de acumular lucro”, afirma Ricardo Saraiva Big, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.

“Como sempre acontece nas campanhas salariais, os bancos alegam que a crise os atingiu. Porém, os lucros bilionários provam que não há crise para os banqueiros. A crise afeta sim a categoria bancária sobrecarregada, cansada e assediada por metas e demissões. Exigimos um reajuste salarial digno, melhores condições de trabalho, fim das demissões e mais contratações. Para isso, é fundamental a mobilização dos bancários e das bancárias para fazermos uma forte campanha salarial, que deverá ser uma das mais duras dos últimos anos”, ressalta Eneida Koury.

 

Principais reivindicações da Campanha Salarial

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de reajuste.
PLR: 3 salários mais R$8.317,90.
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
Vale alimentação: no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo);
Vale refeição: no valor de R$880,00 ao mês;
13ª cesta e auxílio-creche/babá: no valor de R$880,00 ao mês;
Melhores condições de trabalho: com o fim das metas e do assédio moral que adoecem os bancários;
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal. Além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

 

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