Na última terça-feira (17), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) instalou uma barreira flutuante na Avenida Siqueira Campos (canal 4 – Boqueirão/Embaré).
Desse modo, o equipamento serve para evitar que resíduos sólidos sejam despejados no mar, quando a comporta do canal, junto à praia, está aberta.
Sendo assim, a barreira é composta por galões de plástico de 20 litros reunidos em uma rede com cinco metros de comprimento, e foi afixada com cabos de aço nas duas extremidades do canal, quase embaixo da primeira passarela de pedestres da primeira quadra da Avenida Siqueira Campos (da orla à Avenida Epitácio Pessoa).
Os galões recebem pedregulhos para que tenham estabilidade dentro do canal. O lixo retido junto à barreira – embalagens plásticas, em sua maioria – é coletado diariamente pelas equipes de limpeza urbana do Município.
Além disso, instalação teve realização por uma equipe da Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais (Sepref), sob o acompanhamento do secretário municipal de Meio Ambiente, Marcio Paulo, e de estagiários da seção de Educação Ambiental da Semam. Marcio Paulo destacou que a barreira, produzida pela equipe de Educação Ambiental da pasta, é a terceira deste tipo na Cidade.
Barreira flutuante
As demais estão nas avenidas Pinheiro Machado (canal 1 – José Menino), e Jovino de Melo (Santa Maria, Zona Noroeste).
Portanto, na Avenida Bernardino de Campos (canal 2, Gonzaga), a contenção dos resíduos sólidos ocorre por uma barreira industrial. “A ideia é colocar as barreiras flutuantes em todos os canais. Os próximos a receber serão o 5 e o 6”, informou Marcio Paulo.
Sobre a importância do equipamento, o secretário municipal de Meio Ambiente afirma que “a ideia da barreira não é só impedir a chegada do lixo flutuante urbano no mar, mas também fazer com que as pessoas vejam aquilo que é deixado na Cidade, que não é descartado de forma correta e acaba chegando no mar. Os animais marinhos se alimentam deste lixo pensando que são peixes e acabam morrendo intoxicados”.
Tartarugas prejudicadas
Dessa forma, Marcio Paulo relata que o Aquário Municipal recebe, mensalmente, uma média de cinco a seis tartarugas com o estômago lotado de plásticos. “Os animais marinhos se alimentam disso pensando que são peixes e acabam morrendo intoxicados. Conseguimos salvar algumas tartarugas com cirurgia e elas passam por recuperação”.
Outra barreira, com estrutura diferente, fica no Rio São Jorge, sob o Viaduto Mariângela Duarte. Ela teve instalação pela Operação Enrede, iniciativa da Prefeitura de Santos com o Instituto Nova Maré, Bluekeepers e o apoio da Braskem, Coca-Cola Brasil e Coca-Cola FEMSA.
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