Bispo Dom Tarcísio quer Igreja atuando nas comunidades | Boqnews
Bispo Diocesano Dom Tarciso Scaramussa . Foto: Rom Santa Rosa/Arquivo

Igreja

08 DE MAIO DE 2015

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Bispo Dom Tarcísio quer Igreja atuando nas comunidades

bispo titular destacou em sua apresentação o novo momento vivido pela Igreja em razão do ânimo do Papa Francisco

Por: Da Redação

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O bispo Dom Tarcísio Scaramussa assume a Diocese de Santos após a apresentação de renúncia de Dom Jacyr Francisco, que aos 75 anos se dedicará à atividade pastoral. O bispo titular destacou em sua apresentação o novo momento vivido pela Igreja em razão do ânimo do Papa Francisco e a necessidade de intensificar a atuação dentro das comunidades carentes da região.

Como o sr. define o novo momento da Igreja?
Esse novo momento está com um impulso muito especial pela atitude e liderança do Papa Francisco. A presença dele marca esta nova fase da Igreja. Não que seja uma situação que não havia antes, mas ele deu ardor e dinâmica para conseguir se comunicar com toda a sociedade. Isso significa um novo ânimo para Igreja que andava um tanto acuada. A direção é muito clara, um sentido missionário, indo ao encontro dos mais pobres e necessitados buscando diálogo e criando um sentimento de fraternidade e paz no mundo inteiro. É um momento de muito entusiasmo.

O sr. pensa em mudanças e transferências de párocos?
Não tenho pensado em nenhuma situação particular, mas naturalmente temos que ver as necessidades da Igreja. Não significa que vamos mudar todas as coisas. Nós já iniciamos um trabalho de retomada do projeto de planejamento pastoral. Essa dinâmica nova não passa só por transferência de párocos e sim por todas as comunidades e lideranças que são chamados a assumir a sua missão de evangelização.

Como sr pretende trabalhar a questão da comunicação?
O desenvolvimento da comunicação entre as pessoas, dentro da Igreja e também nas várias comunidades por meio do diálogo. O Papa insiste na cultura do encontro. Nós precisamos ser formados para utilizar os meios de comunicação, entendê-los e ter uma recepção crítica do processo. Isso é importante para todas as pessoas, Igreja e juventude. Eles lidam diariamente nas redes sociais e criou-se uma cultura e dinâmica novas. A Igreja precisa difundir as informações, compartilhar suas ideias e visões do mundo. A comunicação institucional é outro aspecto significativo.

Fortalecer a presença da Igreja nas comunidades carentes é uma meta?
Eu acredito que nós temos uma responsabilidade de responder a esse chamado. Agora, de modo particular, nessa convocação nova. A Igreja já está presente nessas comunidades, mas é preciso ampliar a nossa atuação. Dados oficiais do censo mostram essa realidade dramática de miséria na nossa região. Guarujá com 100 mil pessoas morando em condições subumanas. Santos com 33 mil, Cubatão 50 mil… E em contrapartida, o levantamento aponta que a Baixada apresenta um grande número de domicílios vagos ou ocupados ocasionalmente. Percebemos essa realidade e esse desafio de dar uma resposta para esses problemas.

Quais são os maiores desafios que a Diocese deverá encarar pela frente?
Trata-se da união de forças. A Igreja está disposta a colaborar e contribuir com todos os recursos que tivermos para dar uma resposta positiva à sociedade. Temos nossos trabalhos, desenvolvemos as novas atividades nos campos da educação, na saúde e nas obras sociais. Mas sabemos que esse trabalho passa a ser um paliativo se não nos desenvolvermos como sociedade.

Como o sr. tem acompanhado a polêmica do provável fim das festividades do Morro da Nova Cintra?
É uma festa tradicional, mas pelo o que eu ouvi ela foi perdendo o seu sentido religioso. Ultimamente, se tornou uma festa no sentido comercial. Tem se percebido muitas dificuldades para gerenciar essa dinâmica e grandeza que adquiriu a quermesse. Isso tem saído do controle, trazendo insegurança para a comunidade e Paróquia. Uma nova programação privilegiando o aspecto religioso já foi encaminhada.

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