Os trabalhadores de uma construção na Rua Colômbia, no Boqueirão, interromperam suas atividades na manhã desta quinta-feira (18) para receber uma proteção extra: a vacina contra o sarampo.
Esses homens atuam no quarteirão onde foi realizado o bloqueio vacinal após a confirmação do sexto caso de sarampo na Cidade, em uma menina de três anos de idade.
Por passarem o dia todo no local de trabalho, sentiram a necessidade de se precaver.
“Como teve um caso próximo aqui, é muito importante se cuidar. Estamos na obra há cerca de um mês e vamos continuar por mais um ano e meio mais ou menos”, disse o carpinteiro Ivanilson Alves de Souza.
No total, 81 pessoas foram vacinadas na ação que mobilizou cinco técnicos de enfermagem, dois agentes comunitários de saúde e dois enfermeiros.
Foram visitados 122 imóveis no quarteirão que compreende as ruas Clóvis Bevilacqua, Vitor de Lamare, Acácio Nogueira e Colômbia.
Já aconteceu
De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde, Carolina Ozawa, uma primeira ação de bloqueio vacinal já havia sido realizada quando o caso, ainda suspeito, foi notificado: familiares e pessoas que têm contato com a paciente na creche que ela frequenta receberam a vacina.
“Depois, com a confirmação pelos exames laboratoriais do Instituto Adolfo Lutz, ampliamos a cobertura para toda a quadra referente à residência da pessoa que contraiu a doença”, explicou a coordenadora. informa.
Nos imóveis que não tinham ninguém, foram deixados avisos para que o munícipe vá à Policlínica da Conselheiro Nébias (Av. Conselheiro Nébias, 514) com a carteira de vacinação para verificar a necessidade de se imunizar contra o sarampo.
Adultos até 29 anos de idade devem ter tomado durante a vida duas doses da vacina tríplice viral; de 30 a 59 anos, pelo menos uma dose; acima de 60 anos não precisam, pois provavelmente tiveram contato com o vírus do sarampo.
Como evitar o sarampo
A melhor estratégia para evitar a circulação do vírus é a vacinação.
Embora Santos registre seis 6 casos de sarampo, não há motivo para a população entrar em pânico.
Mais de 90% das crianças que moram na Cidade estão protegidas.
Afora as doses de reforço oferecidas em campanha e bloqueios vacinais.
Em 2019, 116.152 pessoas receberam em Santos a vacina tríplice viral, que previne contra sarampo, caxumba e rubeola. E
m 2018, foram aplicadas 26.272 doses.
Casos anteriores
O primeiro caso de sarampo confirmado em Santos foi em 1º de março, de passageiro de 21 anos do navio Seaview, morador do Gonzaga (importado – contraído fora de Santos); o segundo, em 8 de março, de servidora que participou da investigação epidemiológica na embarcação e reside na Pompeia (importado); o terceiro, em 25 de março, de criança de 4 anos, moradora do Macuco.
No entanto, esse sem relação direta com o navio (autóctone – adquirido em Santos); o quarto, em 28 de março, de profissional de saúde que atendeu paciente com a doença (autóctone).
O quinto caso, confirmado em 15 de abril, foi de um menino de um ano, residente no Embaré (autóctone).