Moradores no entorno do sambódromo, na Zona Noroeste, acompanham o crescimento do volume de caminhões nas imediações, afetando o sossego dos munícipes.
“É um entra e sai o dia todo. Até uma árvore foi derrubada”, reclama a gerente Carla Aparecida Oliveira, vizinha à área.
O amplo terreno localizado na Rua César Augusto de Castro Rios, no Jardim Castelo, é de propriedade do Município.
Dessa forma, o local está destinado para construções de moradias.
No entanto, o barulho e a movimentação dos caminhões de forma praticamente ininterrupta tem provocado reclamações constantes.
A ponto de até o líder do governo na Câmara, vereador Adilson Jr (PP) reclamar do problema na sessão da última terça-feira (14).
“Isso está afetando o sossego dos moradores do quadrilátero, que reclamam dos transtornos causados ao sono e ao descanso noturno, uma vez que os veículos entram e saem do terreno durante 24 horas”, diz.
Cerca de mil pessoas moram no entorno, segundo o edil.
Ele encaminhou ofício ao prefeito Rogério Santos questionando se a administração tem conhecimento do uso do espaço por particulares e se há autorização para tal.
Além disso, quais providências estão sendo tomadas.

No inicio eram poucos caminhões no terreno. No entanto, o volume cresceu consideravelmente…

… como mostram as fotos tiradas em dias distintos nesta semana. Fotos: Carla Oliveira
Resposta
Em nota, a Prefeitura de Santos informou que foi procurada pelo Sindicam – Sindicato dos Caminhoneiros para intermediar solução em relação a demanda por estacionamento de caminhões que atuam na logística intraportuária.
“Trata-se de uma categoria de relevância para o adequado funcionamento das operações portuárias e é formada por trabalhadores que, na sua maioria, residem no Município.
Após audiência dos representantes do Sindicam com o prefeito, Rogério Santos, e o secretário de Assuntos Portuários e Emprego, Bruno Orlandi, estabeleceu-se que alternativas para uma solução definitiva estariam em pauta com o Ministério dos Portos e Aeroportos, conforme encontro realizado nesta semana.
Todavia, diante da necessidade de desocupação do terreno da Prainha por parte dos caminhoneiros, para que as obras do CDHU possam iniciar – empreendimento este que beneficia inúmeras famílias da Zona Noroeste que aguardam a entrega dos conjuntos habitacionais -, o Município disponibilizou o terreno citado, ao lado do sambódromo (Av. Afonso Schmitt).
Dessa forma, ele servirá, provisoriamente, como base dos caminhoneiros.
Estes, por sua vez, liberaram a área da Prainha para as obras do CDHU.
A utilização adequada do referido espaço está sendo intermediada pelo sindicato que representa a categoria e que conta com relação nominal dos caminhoneiros para tanto.
A expectativa é que, com o apoio das autoridades federais, as opções apresentadas pelo Município em conjunto com os caminhoneiros garantam com brevidade o equacionamento desse importante gargalo da relação Porto-Cidade, com a garantia de local adequado, com infraestrutura necessária ao bom atendimento desses trabalhadores”.