Bispo diocesano presidirá missa nesta quarta (1), na Catedral. Foto: Rom Santa Rosa/Arquivo
Neste quarta (1), às 9h, na Catedral de Santos, o bispo diocesano de Santos, D. Tarcísio Scaramussa, preside a Missa da Quarta-Feira de Cinzas, celebração que dá início ao Tempo da Quaresma. Participam da celebração padres, diáconos, religiosos e leigos das paróquias das nove cidades da Baixada Santista.
O bispo explica o sentido deste tempo que se inicia na vida da Igreja: “A Quaresma nos recorda o Batismo, pelo qual fomos inseridos no Mistério da morte e ressurreição de Cristos e integrados em seu corpo místico. Foi a grande transformação de nossa vida. Somos uma nova criatura e nos esforçamos para viver a graça derramada em nossos corações, e continuar a missão de Cristo.”
Nesta missa, os fiéis receberão sobre a cabeça as “cinzas”, como sinal de penitência e compromisso com a conversão, se comprometendo a viver mais intensamente as práticas próprias do tempo da Quaresma (40 dias até a Páscoa – este ano, no dia 16 de abril -, que são: o jejum, a oração, a esmola.
Na região, campanha terá início na quarta-feira (1), com missa na Catedral de Santos
Campanha da Fraternidade
No Brasil, todos os anos a Conferência Nacional dos Bispo do Brasil (CNBB) apresenta a Campanha da Fraternidade, como caminho de conversão quaresmal. D. Tarcísio fala sobre o tema da Campanha deste ano: “Como expressão da caridade, este ano a Campanha da Fraternidade nos convida a “cultivar e guardar a criação”.
Com o tema Fraternidade: biomas e defesa da vida, a Campanha ajuda a viver o espírito de conversão da Quaresma, que tem também esta dimensão importante de “conversão ecológica”, como indica o Papa Francisco na carta encíclica Laudato Si. A Baixada Santista está no Bioma da Mata Atlântica. Esta Mata já cobriu grande parte do território de 17 estados brasileiros, e agora está reduzida a apenas 12,5% do que tinha anteriormente de floresta nativa”.
Além da questão do desmatamento que ameaça profundamente o equilíbrio do Bioma Mata Atlântica, D. Tarcísio lembra ainda outros fatores agravantes: “No texto-base da Campanha da Fraternidade, a cidade de Cubatão é citada como um dos lugares onde a poluição ambiental ocasionada pela emissão industrial de agentes nocivos ameaça a sobrevivência de espécies próprias do bioma. Mas não esqueçamos dos incêndios, dos vazamentos e despejos tóxicos, da ocupação de áreas de preservação, e da questão urgente dos resíduos sólidos”.
“Por isso”, prossegue, “, nós, como Igreja Católica na Baixada Santista, vamos continuar desenvolvendo ações conscientes e responsáveis de cuidado do meio ambiente e das pessoas. Vamos incentivar nossas comunidades a consumirem produtos provenientes da economia solidária e sem agrotóxicos, lutar contra o desmatamento, continuar acompanhando as políticas públicas, cobrando do poder executivo o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), exigir a recuperação das áreas degradadas, exigir que o poder público garanta Às comunidades indígenas e pescadores terras e assistência adequada para a sua sobrevivência, dentre outras ações”.
Desde o final do ano passado, a Coordenação Diocesana da Campanha da Fraternidade está realizando encontros de formação sobre o tema com as comunidades católicas, além de estar mantendo contato com diferentes instâncias da Sociedade Civil (Câmaras municipais, poder Executivo, Defesa Civil, Universidades) para mobilizar essas instâncias em torno da temática Meio Ambiente – nossa casa comum.
Serviço
Quarta-feira (1) – 9h – Missa da Quarta-feira de Cinzas e início da Campanha da Fraternidade – Catedral de Santos.
Sexta (3) – 19h – Sessão Solene na Câmara Municipal de Santos com o Lançamento da Campanha da Fraternidade, de acordo com a Lei Municipal 3.310, de 29 de novembro de 2016.