Casa da Mulher Vítima de Violência reconstrói vidas | Boqnews

Santos

08 DE AGOSTO DE 2014

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Casa da Mulher Vítima de Violência reconstrói vidas

Local é mantido em sigilo por questão de segurança

Por: Da Redação

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Sensibilidade, paciência e experiência. É assim que trabalham os 12 funcionários da Casa da Mulher Vítima de Violência, um serviço da Secretaria de Assistência Social (Seas), para acolher mulheres que correm risco de serem assassinadas. Por questão de segurança, o local é mantido em sigilo.

A chefe do equipamento, Mirele de Macedo, já viu diferentes dramas, mas aponta aspectos comuns: a mulher chega com a autoestima baixa e os filhos quase não falam e gaguejam. Elas têm de abandonar o trabalho e os filhos deixam de ir à escola, por isso passam a ter aulas na casa.

Recuperar essas pessoas não é fácil, diz Mirele, que trabalha com esse público há quatro anos. Na casa são feitas oficinas de culinária, beleza e artesanato. Atividades que servem para entreter, aprender um trabalho manual e ajudá-las a contar a história familiar. O suporte psicológico é dado pela Secretaria Municipal de Saúde.

Mirele entende que há motivos para se comemorar os oito anos da Lei Maria da Penha, completados nesta quinta-feira (7). Entre as razões, o fato de a lei prever estabilidade no emprego. “A mulher que está trabalhando tem de abandonar o serviço porque o agressor vai procurá-la”, relata Mirele.

Confiança para retomar a vida
Joana (nome fictício) entrou na casa em 1º de abril e aos poucos volta a ganhar confiança para retomar sua vida. O regimento interno prevê o acolhimento por quatro meses, mas esse prazo pode ser ampliado, se houver necessidade.

Ela tinha sido agredida algumas vezes pelo marido, mas na última ele parecia determinado a cumprir a ameaça de matá-la. “Eu sai correndo pedindo socorro e graças a Deus consegui escapar com a ajuda de um vizinho”.

Ela diz que vai cortar as amizades, com medo de ser descoberta pelo agressor. “Estou juntando dinheiro (do Bolsa Família e do Programa Nossa Família) e pensando em sair da Baixada Santista”, revela Joana, que desde abril não sai à rua.

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