A CET – Companhia de Engenharia de Tráfego terá à disposição R$ 30 milhões repassados pela prefeitura de Santos.
No ano passado, convênio semelhante era de R$ 24 milhões.
O valor, porém, foi acrescido em R$ 3 milhões em aditamento aprovado pela Câmara.
Ou seja, o valor repassado é de R$ 27 milhões neste ano.
Portanto, R$ 3 milhões a mais que o inicialmente repassado e previsto no convênio.
Agora, o montante chegará a R$ 30 milhões ao longo de 2022.
Portanto, 25% de alta na comparação entre os convênios assinados.
Ou de 11% levando em consideração o valor aditado ao longo deste ano.
A publicação do convênio ocorreu nesta segunda (20) no Diário Oficial.
O reajuste contou com o aval da Câmara.
Gastos
Durante o Jornal Enfoque – Manhã de Notícias em 7 de outubro, o presidente da empresa Antonio Carlos Gonçalves afirmou ao jornalista Francisco La Scala que o reajuste era para ajustar os gastos da empresa.
O montante servirá para evitar atrasos em pagamentos, especialmente de impostos.
O repasse também servirá também para dar suporte ao reajuste salarial dos 570 funcionários da empresa, segundo Gonçalves.
O índice seguirá o que for estabelecido junto aos servidores municipais, cuja data-base será fevereiro.

CET terá R$ 30 milhões repassados pela prefeitura de Santos para a realização das suas atividades em 2022. Foto: Ronaldo Andrade/Divulgação -PMS
Altos e baixos
Na comparação do repasse de recursos, o maior montante ficará com o item ‘operação e fiscalização de trânsito’, que passará de R$ 9,5 milhões para R$ 13,5 milhões.
Na sequência, a ‘área de projetos e obras de modernização da sinalização viária’ terá o orçamento aumentado de R$ 9,5 milhões para 12,5 milhões.
Por sua vez, o ‘setor de planejamento, fiscalização e projetos de transportes’ terá a verba reduzida de R$ 3,750 milhões para R$ 2,750 milhões.
Já a educação no trânsito terá o orçamento mantido, em R$ 1,250 milhões.
Com a inflação superando os 10%, isso representa, na prática, menos recursos para este item.
Além do subsídio
O valor não inclui a verba destinada para o subsídio do transporte coletivo à empresa Piracicabana.
Atualmente, a empresa recebe R$ 800 mil mensais (de agosto a dezembro) como forma de subsídio à tarifa.
Em troca, a Prefeitura não autorizou o reajuste tarifário (R$ 4,65).
Já há previsão de continuar o subsídio para o próximo ano, totalizando R$ 9,6 milhões.
No entanto, o presidente da empresa reconhece que deverá ocorrer pressão para aumento da tarifa ou do subsídio a partir do próximo ano.
Por sua vez, a qualidade do transporte coletivo tem sido cada vez mais criticada – em razão do tempo de espera e a falta de ônibus nas linhas.
E ainda: a péssima situação até dos abrigos de ônibus, de responsabilidade da empresa.
Dois deles caíram – um machucou dois passageiros – apenas na semana passada.
Além disso, uma nova licitação do transporte coletivo será colocada em pauta no primeiro trimestre, com o fim do contrato com a concessionária.
Confira a entrevista com o presidente da CET em 7 de outubro