Com as chuvas de verão, que têm apresentado níveis acima da média e continua surpreendendo os moradores e turistas, aliado ao tempo quente das últimas semanas, a infestação do mosquito transmissor da dengue pode atingir nível de alerta em Praia Grande informa o secretário de Saúde Pública, Adriano Springmann Bechara.
Apesar de a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) não ter notificado nenhum caso em 2010, parte da comunidade ainda apresenta resistência em permitir a entrada dos agentes comunitários de combate a dengue nas residências. “Mesmo quem já recebeu a informação sobre como evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti (causador da doença) deve conversar com os profissionais e autorizar a vistoria do quintal ou locais onde pode haver acúmulo de água – possíveis criadouros do mosquito”, sinalizou Bechara.
Segundo ele, a população fixa e de turistas precisa entender e se conscientizar de que o problema da dengue é de todos. “Cabe a cada um fazer a sua parte para que possamos manter o controle da doença. Não há a mínima possibilidade de conseguir o controle da dengue se a população não assumir isso junto conosco”, desabafou o secretário.
O titular da Sesap reforçou ainda que todas as medidas preventivas necessárias estão sendo tomadas pela administração municipal. Na segunda quinzena de janeiro, ações estão programadas para erradicar focos do mosquito nos quatro cantos da Cidade. A Sesap pede à população que auxilie e participe do combate a doença. Para isso bastam ações simples, como telar os ralos, limpar a calha com frequência e, se possível, eliminar pratinhos de planta com água. A população também pode denunciar possíveis focos. O serviço de atendimento está disponível pelo telefone: (13) 3596-1882.
Em 2009, Praia Grande contabilizou 48 casos de dengue. Esses números representam queda de mais de 80% no mesmo período de 2008 (de janeiro a dezembro), quando 286 pessoas tiveram a doença. No combate à dengue, a Sesap atua em frentes, como a visitação domiciliar, inspeção dos chamados pontos estratégicos (locais onde há maior probabilidade de larvas, como desmanches e ferros-velhos) e monitoramento dos imóveis especiais (locais com grande fluxo, a exemplo de escolas e shoppings).
Para evitar a proliferação do mosquito, a população pode se prevenir adotando pequenos costumes em casa, como evitar acúmulo de entulhos e lixo no quintal, pois ao contrário do que muitos imaginam, o mosquito também reproduz em água suja. Tratar a água da piscina com cloro e limpá-la uma vez por semana é outra ação importante e se não for usá-la, deve-se cobri-la bem. Se estiver vazia, a dica é que se coloque 1 kg de sal no ponto mais raso.
Outras ações simples, que devem fazer parte da rotina da população, são os seguintes: Se tiver cacos de vidro nos muros, deve-se colocar areia em todos aqueles que possam acumular água; entregar pneus velhos aos serviços de limpeza urbana e caso realmente precise mantê-los, guardá-los em local coberto; garrafas de vidro devem ser depositadas com a boca para baixo; manter ralos fechados e verificar regularmente se não há entupimento. Lave bem também os suportes para galões de água, sempre que for trocar o garrafão.
Assim como o sal grosso nos ralos e a areia nos pratos de vasos de planta, o detergente é aliado dos agentes de combate à dengue em Praia Grande. Essa receita caseira age como larvicida e acaba com as larvas do mosquito transmissor da doença. Algumas gotas devem ser colocadas a cada cinco dias no compartimento que acumula água na parte de trás das geladeiras, geralmente nos modelos de refrigeradores frost free (que não precisa descongelar).