Ciclistas enfrentam aglomeração na travessia de balsa em horários de pico | Boqnews
Ciclistas aguardam travessia de balsas entre Santos e Guarujá. Foto: João Pedro Bezerra

Transporte

18 DE DEZEMBRO DE 2020

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Ciclistas enfrentam aglomeração na travessia de balsa em horários de pico

Situação acontece em todos os dias da semana, alguns usuários não utilizam a máscara

Por: Da Redação

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Em tempos de pandemia, evitar a aglomeração é uma das medidas de segurança. No entanto, nem todas as pessoas têm este direito. Os ciclistas que utilizam a travessia de balsas entre Santos e Guarujá precisam lidar com as embarcações lotadas, principalmente nos horários de pico.

O problema da lotação é antigo. Em abril, início da pandemia, a Dersa citou que diminuiu o número de passageiros por viagem para 150. Todavia, isso não era visto, principalmente no fim da tarde. A situação pouco mudou no decorrer da pandemia. É importante frisar que a atribuição do núcleo de travessias passou da Dersa para o Departamento Hidroviário – DH, conforme decreto estadual publicado neste ano.

Ao longo da última semana, a equipe de reportagem do Boqnews percorreu a travessia em diferentes horários ao longo dia. Logo no início da manhã, a aglomeração do lado de Guarujá chamou a atenção, onde ciclistas ficam próximos um ao outro, esperando o portão abrir. E quando a balsa chega, ela fica completamente lotada.

O mesmo acontece no outro lado, entre 16h e 19h, reflexo da volta dos trabalhadores que atuam especialmente em Santos. O panorama fica ainda pior, pois no lado de Santos, o espaço para a entrada das bicicletas é curto, provocando um distanciamento menor das pessoas, que ficam praticamente coladas. Assim, que as embarcações prosseguem as balsas utilizam quase sua capacidade máxima.

Além da aglomeração, algumas pessoas não utilizam as máscaras/ Foto: João Pedro Bezerra

De acordo com o usuário Wesley Silva, as aglomerações acontecem todos os dias, nos mesmos horários. Segundo ele, o cenário na travessia é o mesmo que aconteceu antes da pandemia. Vale destacar que em outros horários as embarcações de menor pico, elas voltam a ter uma normalidade, sem a aglomeração.

Departamento Hidroviário

Questionado sobre os problemas, o Departamento Hidroviário emitiu a seguinte nota “A Travessia Santos/Guarujá possui embarcações mistas (veículos, ciclistas e pedestres). Quando a embarcação atende somente ciclistas e pedestres, é transportado por viagem até 50%. Em horários de pico, operamos com duas embarcações para atender a demanda e reduzir o tempo para embarque”.

Cenário

Mesmo com o aumento no número de casos da pandemia, a travessia não possui álcool em gel ou limpeza entre as viagens. A aglomeração nas embarcações desde o início da pandemia acaba sendo um símbolo, pois as autoridades estaduais promovem campanhas a favor do distanciamento e dos protocolos de segurança contra a Covid-19. A incoerência por parte dos usuários acaba sendo um ponto chave para a possibilidade da disseminação do vírus.

Muitos passageiros ficam sem máscara e alguns acabam até espirrando sem a proteção, agindo como se não houvesse a pandemia.

É importante citar que para entrar nas embarcações é necessário o uso da máscara, porém quando os usuários entram, alguns tiram o acessório, além de não o utilizarem na fila até entrar na balsa.

Antigos problemas

Corrimão e rampa de acesso estão danificados/ Foto: João Pedro Bezerra

Uma das maiores reclamações por parte dos usuários é o tempo de espera entre as embarcações. Porém, o problema não é de hoje. Com apenas uma balsa em operação em determinadas horas do dia, os passageiros esperam mais de 30 minutos para realizar a travessia. O cenário é ainda pior nos fins de semana. Os ciclistas que chegam ao local e se deparam com a saída da balsa ficam irritados já que o tempo de espera é longo.

A questão da infraestrutura também chama a atenção. No lado de Santos os corrimãos estão enferrujados e as rampas de acesso podem danificar os pneus das bicicletas. Há também falta de coletes para crianças. Segundo o Departamento Hidroviário, as embarcações possuem quantidade de coletes para adultos e crianças suficientes para atender o volume transportado, conforme normas da Autoridade Marítima Brasileira.

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