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03 DE NOVEMBRO DE 2021

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Cinema de Arte situado na orla de Santos vira tema de curta-doc

Lumière à Beira-Mar: Uma história do Cine Arte Posto 4 retrata as quase três décadas de existência através de um viés artístico, homenageando e propondo uma reflexão metalinguística sobre a arte do cinema

Por: Da Redação

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Quando foi criado no início dos anos 90, o Cine Arte Posto 4 rapidamente se firmou como a única alternativa para se apreciar filmes de arte na cidade de Santos. Obras pouco convencionais e fora do circuito tradicional de exibição de filmes foram trazidas ao público em uma iniciativa inédita. A sala recebeu o nome do crítico de cinema santista Rubens Ewald Filho.

Sua localização, um antigo posto de salvamento situado nas areias da orla santista entre os canais 2 e 3, no bairro do Gonzaga, lhe confere o status de único cinema “de praia” do mundo. Esse fato pitoresco proporciona um certo charme ao espaço, um diferencial em relação a outras salas existentes na Baixada Santista.

Outro episódio que chama atenção para o documentário Lumière à Beira-Mar – Uma história do Cine Arte Posto 4, é o fato de que, em um país como o Brasil, em uma cidade litorânea cujo turismo é um dos principais atrativos, uma pequena e nada convencional sala de cinema esteja resistindo aos percalços das políticas culturais brasileiras, mantendo ao largo dos últimos 30 anos o mesmo preço irrisório do ingresso das sessões (R$ 3 inteira e R$ 1,50 meia) e proporcionando, com isso, a exibição de filmes de arte para um amplo leque de público, incluindo os menos favorecidos economicamente. E dentro deste contexto, é que nasceu o gatilho inicial do projeto: a ideia de que o “cinema” enquanto espaço físico de exibição e enquanto sétima-arte, por assim dizer, são em sua última instância um espaço de resistência cultural.

Com este argumento surgem dois personagens que através de suas visões de mundo (e do cinema) irão conduzir a narrativa do documentário: o primeiro é Clóvis Ferreira da Silva, bilheteiro e projecionista do Cine Arte Posto 4 desde sua origem em outubro de 1991. O segundo é uma voz off fictícia de um suposto cineasta que volta à sua cidade de origem para realizar este documentário, interpretado pelo ilustre artista santista Sérgio Mamberti.

Esta voz off seria a manifestação autoral dos próprios realizadores do filme, um santista nascido e o outro criado na cidade. Essas vozes, conectadas pela mesma linguagem, mas separadas por pólos distintos dentro deste microcosmo cinematográfico, serão a base desta reflexão poética que buscará traduzir em imagens o sentimento da arte e a paixão pelo cinema.

A trilha do filme é do maestro e compositor também santista Gilberto Mendes, com interpretações dos pianistas Antonio Eduardo e Caio Pagano. O cartaz e os créditos do filme foram feitos pelo artista visual Vinil Colante, também de Santos.

Sobre os realizadores

Amigos há 30 anos. Gustavo SD Brandão é santista de nascimento. Javier Arancibia Contreras, chegou aos 12 anos e criou laços com a cidade. Gustavo se formou cineasta pela FAAP, dirigiu curtas-metragens e participou de longas. Javier se formou jornalista pela UNISANTA, trabalhou em redações e hoje é escritor com vários livros publicados, o último vencedor do Prêmio APCA. Além da parceria dos curtas – exibidos em festivais do Brasil, Portugal, Cuba e Canadá – atualmente desenvolvem juntos o roteiro de um longa-metragem premiado com o ProAC de Desenvolvimento de Longas e também o curta de ficção “Aurora, 2068” contemplado pelo ProAC Aldir Blanc, porém o “Lumière à Beira-Mar” é o primeiro projeto onde a dupla assina em conjunto o roteiro e a direção de um filme. Para completar o time, a santista Denise Lara, publicitária formada pelo centro universitário São Judas Tadeu Campus Unimonte, assina a produção executiva, trazendo todo o seu know how em projetos culturais e artísticos atuando no mercado nacional e internacional há mais de 14 anos.

Lumière a Beira Mar – Uma história do Cine Arte Posto 4 é uma realização da Prefeitura de Santos, por meio do FACULT – 8º Concurso de Apoio a Projetos Culturais Independentes do Município de Santos; produção Dromo Filmes; apoio Instituto Querô, FAMS – Fundação Arquivo e Memória de Santos, Cocine, Santos Film Commission, Inova.TV, United VJs, Anseven, parceria com a produtora santista Janela Digital e Hugo Hora.

A estreia do curta-doc acontece no próprio Cine Arte Posto 4, 05 de novembro, que além de ser comemorado o dia da primeira exibição pública no Brasil, é também  a data de reabertura do cinema, fechado desde março de 2020, por conta da pandemia. Serão 2 sessões especiais ao ar livre, na parte superior do cinema, e depois segue em cartaz até o dia 17 de novembro, sempre acompanhado de outro clássico da sétima arte.

Programação  

Sexta feira (5) – 19h30 | Parte superior do Cine Arte

‘Lumière a Beira Mar: Uma história do Cine Arte Posto 4’  e ‘Chorão: Marginal Alado’

Entrada gratuita. Retirada de ingressos: meia-hora antes do início da sessão na bilheteria (capacidade limitada ao número de assentos). Em caso de chuva, as exibições serão transferidas para a sala Rubens Ewald Filho.

Sábado (6) – 19h30 | Parte superior do Cine Arte

‘Lumière a Beira Mar: Uma história do Cine Arte Posto 4’ e ‘Asas do Desejo’. Entrada gratuita. Retirada de ingressos: meia-hora antes do início da sessão na bilheteria (capacidade limitada ao número de assentos). Em caso de chuva, as exibições serão transferidas para a sala Rubens Ewald Filho.

De 7/11 a 17/11 – 16h e 20h | Sala Rubens Ewald Filho

‘Lumière a Beira Mar: Uma história do Cine Arte Posto 4’ e ‘Meu Pai’

Ingressos: R$ 1,50 (meia) e R$ 3,00 (inteira).

Abertura da bilheteria: meia-hora antes do início das sessões.

Siga: @lumiere_a_beiramar

Serviço:

Lumière à Beira-Mar: Uma História do Cine Arte Posto 4

Data: 05 e 06 de novembro – 19h30

07 à 17 de novembro – 16h e 20h

Local: Sala Rubens Ewald Filho – Av. Vicente de Carvalho, s/n – Gonzaga – Santos/SP

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