Clube Jovem de Educomunicadores une alunos sob a ótica da Educação e Comunicação | Boqnews
Encontros ocorrem em uma das salas do campus da Unifesp. Foto: Divulgação

Educomunicação

20 DE AGOSTO DE 2024

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Clube Jovem de Educomunicadores une alunos sob a ótica da Educação e Comunicação

Ao todo, são 13 encontros ao longo deste semestre na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) – Campus Baixada Santista

Por: Da Redação

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Um antigo sonho do Instituto Devir Educom vira realidade: o ‘Clube Jovem de Educomunicadores’.
Com 25 alunos participantes, o novo projeto é voltado para alunos de 9º anos do Ensino Fundamental da rede pública municipal, participantes do ‘Memórias em Rede’.
Além de ex-alunos da iniciativa que atualmente estão no Ensino Médio e têm interesse em continuar participando das oficinas educomunicativas.
Portanto, o projeto, de caráter piloto, oferecerá formação gratuita em Educomunicação.
Ao todo, são 13 encontros ao longo deste semestre na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) – Campus Baixada Santista (Rua Silva Jardim, 136, Vila Mathias),  das 17h30 às 19h30, até 9 de dezembro.
Aliás, o primeiro já iniciou no último dia 12.
O processo formativo atuará na perspectiva da interface Comunicação-Educação, levando as linguagens hipermidiáticas como componentes pedagógicos.
Nos encontros do ‘Clube’ serão trabalhados a Metodologia dos Círculos, criada pelo Devir Educom na práxis do projeto Memórias em Rede.
Além disso, aprofundamento de temas sociais, como Educação em Direitos Humanos, Educação Midiática, Tecnologia Social da Memória, Jornalismo Cidadão e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), entre outros.
“Validamos a voz deste aluno. E assim ele aprende a ter escuta”, defende Andressa Luzirão,  cofundadora e gestora do  Instituto Devir Educom.
Ela participou do Jornal Enfoque desta terça (20), ao lado de uma das integrantes do Clube Jovem, a estudante do Ensino Fundamental, Karol Lira, integrante também do Câmara Jovem.

Andressa Luzirão, Karol Lira foram entrevistadas pelo jornalista Francisco La Scala Jr durante o Jornal Enfoque. Foto: Carla Nascimento

Como será

A formação terá duração inicial de 6 meses, podendo ser prorrogada.
Aliás, está prevista a participação dos integrantes do clube em eventos e coberturas especiais do projeto.
Ao final, a expectativa é a de que os jovens tenham conquistado mais bagagem com a qualificação humana e criativa para chegar com diferenciais ao mercado de trabalho e na condução da própria vida.
Uma das ideias é a participação no 10º Encontro Brasileiro de Educomunicação, que ocorrerá na Universidade de Brasília (UnB), entre os dias 21 a 23 de novembro.
Para tanto, porém, a organização busca recursos para bancar os gastos para que jovens possam participar no evento.
A proposta do clube é que os jovens se tornarão multiplicadores do conteúdo trabalhado e potenciais educomunicadores para compor o quadro da equipe do Devir no desenvolvimento de ações, se assim desejarem.
“Pensamos muito nesses alunos que já manifestaram o desejo de continuar no projeto mesmo após concluírem os estudos na escola. Muitos são de muita vulnerabilidade, se descobriram no projeto e veem o Memórias como uma referência de bem viver em coletividade”, explica a cofundadora e gestora do Devir Educom, Andressa Luzirão.
Os integrantes são estudantes veteranos do projeto, que estudam nas UMEs Avelino da Paz Vieira e Vinte e Oito de Fevereiro.
Além disso, ex-alunos que atualmente estão em escolas estaduais, como EE Bartolomeu de Gusmão, EE Primo Ferreira, EE Alzira Martins Licth, ETEC Escolástica Rosa, Instituto Federal de São Paulo – Campus Cubatão, entre outras.

A primeira atividade do grupo ocorreu no último dia 13. Ao todo, 25 alunos participam do projeto. Foto: Divulgação

Cocriando apoios

Ao enfatizar a importância do projeto, a gestora informa que busca apoio do empresariado e a necessidade do momento é cesta básica para os 20 jovens.
O fornecimento de lanche para as oficinas fica por conta da empresa Sabor Surpresa e o transporte conta com apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Santos (CMDCA), da Secretaria Municipal de Educação (Seduc) e da Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino, Tecnologia e Cultura (Fapetec).
Portanto, as parcerias também enriquecem o conteúdo oferecido pelo Clube e o projeto SPIA (Sim, Podemos Ir Além) é um dos parceiros.
Assim, a coordenação é da ex-aluna da rede municipal santista, Rhayssa Braz, que mora na China, onde estuda Políticas Públicas na Duke Kunshan University.
No 10º encontro do clube, por meio de videoconferência, Rhayssa abordará questões para estimular o ingresso ao mercado de trabalho a partir de um projeto pessoal com possibilidade de se tornar algo prático.
Dessa forma, quem também tem conteúdo para entregar no clube é Matheus Café, presidente do Centro dos Estudantes de Santos (CES).

Universidade pública

Em uma roda de conversa, falará da universidade pública e do direito dos estudantes, como forma de incentivar os jovens a fazer parte dessa atmosfera.
“Seguimos abertos para receber novos parceiros que ofereçam capacitação profissional”, comenta Andressa.
Ela salienta que o fato de os encontros formativos ocorrerem em uma universidade pública possibilitará que os jovens vislumbrem sua entrada ao Ensino Superior no futuro.
“Que eles reconheçam que a universidade pública de qualidade também pode ser o lugar deles”, disse.
Os próximos encontros acontecerão nos dias 26 de agosto; 2, 16 e 30 de setembro; 7, 21 e 28 de outubro; 4, 11 e 18 de novembro; e 2 e 9 de dezembro.
Os assuntos abordados serão vários, entre eles: produção midiática; expressão comunicativa pelas artes.
Além da pedagogia engajada de Bell Hooks; a educação libertadora de Paulo Freire; direitos humanos – o direito à comunicação.
E ainda: algoritmos e bolhas informacionais e combate à desinformação e ao discurso de ódio.

Memórias em Rede 

O clube nasce a partir da história de sucesso desse projeto interdisciplinar que leva o jornalismo cidadão, a educação midiática e aspectos da memória individual, coletiva e social para espaços formais e não formais de aprendizagem.
Aliás, todos sob a perspectiva da Educomunicação, campo teórico-prático na interface Comunicação-Educação.
 ‘Memórias em Rede’ consiste em oficinas jornalísticas lúdicas, envolvendo as linguagens audiovisual, textual e artística, como escrita criativa, storytelling, jornal, colagem/fanzine, fotografia, rádio/podcast, vídeo e mídias digitais.
Além de entrevistas, debates e rodas de conversa, onde os participantes criam e experimentam espaços de expressão, participação e cidadania, se conscientizando sobre o direito à comunicação e ao acesso à informação de qualidade.
Portanto, o projeto utiliza-se da Comunicação, do jornalismo, das tecnologias digitais da informação e da comunicação (TDICs) e da tecnologia social da memória como recursos.
Assim, nesse brincar de ser jornalista, participantes tecem e ressignificam suas histórias afetivas na relação com o outro.
Além da escola, com a cidade e seus mais distintos lugares, desenvolvendo e/ou fortalecendo senso de pertencimento, coletividade e consciência planetária e cidadã, na busca do bem viver em sociedade.

Protagonismo

Como forma de exercer a cidadania e dar espaço para o protagonismo as tecnologias digitais se destacam como recursos pedagógicos, trazendo a reflexão sobre o papel da mídia na sociedade contemporânea.
Portanto, ocorrem oficinas de escrita criativa, vídeo, podcast, rádio e entrevistas, visando desenvolver o senso crítico e reflexivo dos estudantes em relação às mídias.
Dessa forma, atualmente, as turmas do Memórias estão nas unidades municipais de ensino Avelino da Paz Vieira, Vinte Oito de fevereiro, Mário de Almeida Alcântara e Cidade de Santos, além da Casa da Vó Benedita, com crianças e adolescentes de creche e abrigo.
Aliás, outro aspecto é o trabalho colaborativo e coletivo.
Dessa maneira, alunos trabalham em equipe, de maneira horizontal, respeitando as diferenças e valorizando as contribuições de cada um.
Portanto, isso contribui para o desenvolvimento de habilidades sociais e para a construção de uma comunidade mais solidária e empática.

Projeto

Assim, o projeto é conduzido pela Metodologia dos Círculos.
Sob criação do Instituto Devir Educom sob a inspiração dos Círculos de Cultura do educador Paulo Freire, atuando nas perspectivas do Eu, da Escola, da Família e do Território.
Trabalha o jornalismo na escola, a educação midiática, a produção de mídia.
Além do uso de recursos da Comunicação e das tecnologias digitais contextualizados à vida dos estudantes, em diálogo com suas histórias de vida e memórias afetivas.

Jornal Enfoque

Confira o programa completo
https://www.youtube.com/watch?v=5SLpXOE7SL4
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