O avanço dos casos da Covid-19 preocupa autoridades de saúde e governantes.
Apesar de ainda não está no pico da doença, a situação atual já é crítica na Baixada Santista que tem previsão da explosão de casos no mês de junho. Os hospitais da região temem pela falta de leitos para atender os pacientes infectados. Até quinta-feira (7), Santos tinha 72,86% de ocupação nas UTI.
A recomendação é que a pessoa só procure o pronto-socorro, em caso de febre persistente, dificuldade para respirar, alteração na oxigenação no sangue e mal-estar se o paciente for idoso ou já tem um problema de saúde.
Em grande parte dos casos de coronavírus, o infectado tem sintomas leves e não há a necessidade de internação.
Dessa maneira, a pessoa deve ficar de repouso em casa. A grande preocupação é como não transmitir o vírus para os familiares que moram no mesmo local, pois Santos é a cidade mais verticalizada do País em termos proporcionais.
Por sua vez, são centenas de favelas, morros e cortiços espalhados pelas cidades da região, atingindo uma população mais carente.
Acometido pelo Covid-19 e já curado, o médico infectologista Evaldo Stanislau explica que o paciente não pode ter contato com os outros residentes.
“O indivíduo infectado deve ficar em um cômodo exclusivo. Se isso não for possível, é fundamental manter a distância de dois metros e ficar com as janelas abertas”, detalha. (Veja no quadro mais recomendações).
Oxímetro Digital
Como o coronavírus muitas vezes é uma doença silenciosa, a oxigenação do sangue pode cair, sem que o paciente perceba.
E quando a manifestação acontece clinicamente tal situação pode ser fatal. Por isso, quem tiver condições financeiras pode se prevenir adquirindo um oxímetro digital, cujo preço médio é de R$ 130,00. Caso ele apresente um nível de oxigenação do sangue abaixo de 94, a pessoa deve procurar um médico urgentemente.
Em poucos segundos, aparelho mostra a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos/ Foto: João Pedro Bezerra
Pacientes Recuperados
No Brasil já são 55.350 pacientes recuperados da Covid-19 até o fechamento desta reportagem. É o caso da auxiliar de enfermagem Regiane Barbosa que trabalha em Praia Grande e São Paulo e foi diagnosticada com a doença no mês passado.
Segundo ela, foram momentos difíceis “Estive com muito medo do que poderia acontecer, a preocupação em passar a doença para minha filha era grande”, explicou.
Regiane precisou ir ao pronto socorro devido aos fortes sintomas e seguiu todas as recomendações médicas de isolamento ficando sozinha no quarto.
Tais medidas foram essenciais para não transmitir o coronavírus aos quatro familiares que moram na mesma residência.
Já curada, ela ressaltou o sentimento de alívio e felicidade, voltando ao trabalho nesta sexta-feira (8).