José Manoel, voluntário
José Manoel Perez, de 50 anos, tem uma história digna de herói de quadrinhos. Ele não usa capa, mas seu super poder é fazer o bem ao próximo. Este pai-herói já enfrentou muitas batalhas e por mais que uma não esteja ligada a outra, elas têm algo em comum: a solidariedade.
Em 1997, em Nagoia, cidade do Japão, José foi reconhecido por um ato de coragem. “Eu morava em um prédio, comecei a sentir cheiro de queimado e fui ver o que estava acontecendo. Quando desci, vi que havia fumaça no andar debaixo ao meu. O rapaz que morava lá tinha esquecido uma panela no fogo e saiu para trabalhar”, conta. Ele não hesitou e tomou a sábia atitude de avisar aos demais moradores o que ocorria, inclusive seu filho, Kevin, de 21 anos, que na época era uma criança. “Dei o primeiro combate, que já foi praticamente suficiente para terminar com o fogo. Os bombeiros chegaram e outras equipes também. No Japão eles são bastantes preocupados e cuidadosos”, diz. Meses depois, um soldado do Corpo de Bombeiros lhe deu um documento da Embaixada do Brasil no Japão agradecendo pelo ato heroico. A história também estampou muitos jornais.
Como a vida é imprevisível e feita de surpresas, há alguns anos José descobriu um linfoma folicular – câncer sem cura do sistema linfático -, e decidiu voltar ao Brasil para dar início ao tratamento. Durante um tempo, ele ficou internado na Santa Casa de Santos e foi lá que conheceu o trabalho voluntário das Rosinhas, da Associação Santa Isabel de Combate ao Câncer. “Na maior parte das vezes eu estava muito ruim e elas me animavam. Conversavam, davam carinho… faziam eu me sentir bem”, conta. “Sempre ficava pensando: se um dia eu tiver oportunidade, vou ser voluntário!”. Os anos passaram e ele pode retribuir o carinho e a atenção que recebera aos outros pacientes, mas recentemente teve que dar uma pausa por conta do trabalho.
Já dizia um dito popular: faça o bem que o resto vem. E na vida de José não está sendo diferente. Mesmo com as mínimas chances de ter mais um filho após o tratamento para o câncer, há um ano ele foi agraciado pelo nascimento do seu filho Kenzo, de apenas um ano. “Esta foi mais uma batalha que eu venci!”, diz, emocionado. “Nada na minha vida foi tão importante do que ser pai. Esse sentimento eu não sei descrever… Com eles, eu ganhei vida”, destaca.
Clóvis, sargento do Corpo de Bombeiros
“Desde quando nascemos é passado para nós que o nosso pai é o nosso herói. Na verdade, meu pai não é só um herói para mim, mas também para os outros. Orgulho e gratidão seria pouco para descrever o sentimento que sinto por você. Lembro quando ia com você trabalhar e assistia todo aquele “show”, desde quando o alarme tocava até quando a viatura saia com a sirene ligada, era sensacional. Aí a idade passa e quando o “show” começa, vem aquele aperto no coração, uma oração e esperança para que no retorno todos voltem com vida. Que homem sensacional, melhor pai não poderia ter, hoje tento passar para palavras a minha total gratidão por ti. Meu muito obrigado por tudo que fez e faz por mim, amo você, meu herói!”, do filho Ian Filipe.
“A você, que me deu a vida e me ensinou a vivê-la com dignidade, não bastaria um obrigado. Saiba que eu vou estar contigo em todos os momentos, principalmente naqueles que apenas um abraço basta. Coragem e sabedoria sempre foram as suas palavras-chaves como pai. Se doou inteiro e renunciou aos seus sonhos, para que, muitas vezes, eu pudesse realizar os meus. Só tenho agradecer pela sua vida e por quem você é. Te amo, meu herói”, da filha Ingryd Ramos.
Matheus, policial
“Antes de desejar parabéns gostaria de agradecer por ser o pai que é para o Miguel. Cada dia que sai para trabalhar nunca temos a certeza da volta, nunca demonstramos essa incerteza e nunca iremos demonstrar, pois temos fé e confiança de que tudo dará certo e que logo estará de volta conosco, rindo, brincando e fazendo de nossos dias mais felizes pelo simples fato de estarmos juntos! Não trazendo todo o stress que sabemos que passa a cada segundo do seu dia, e não somente enquanto trabalha, mas também quando saímos. Sua profissão assim exige! 24 horas tomando conta de todos, arriscando sua vida por estranhos e vibrando quando consegue fazer a diferença na vida de alguém, uma atitude muito nobre por parte de todos os guerreiros! Parabéns pelo seu dia e muito obrigada por tudo que faz para que possamos viver juntos e felizes! Beijos”, da esposa Andréa Neto e do filho Miguel Silva.
Luiz Fernando, bombeiro/salva-vidas
“Neste dia tão especial, gostaríamos de te dizer o quanto sentimos orgulho de ter um pai heroi como você, que além de salvar vidas, ainda é um super pai que ama e cuida de nós com todo seu amor, carinho e proteção. Te amo do tamanho do infinito, pai, nosso herói. A Luana ainda não entende, mas o Lucas sabe que o pai é bombeiro e os dois saem correndo quando o meu marido chega aqui em casa”, conta Sandra, casada com Luiz Fernando Wendler, que já trabalhou na Cavalaria de São Paulo (PM) e atua há nove anos como bombeiro, em Santos. Faz trabalhos internos e também como salva-vidas e já guarda histórias boas de resgates. ” Eu digo-lhe todos os dias que não vivo sem ele. Além de ser um grande pai, é um grande marido e um heroi por tudo que faz no nosso dia-a-dia e também na sua profissão salvando vidas”, finaliza.