A morte de uma criança de apenas 3 anos por Covid, aluna da escola Leonor Mendes de Barros, coloca em alerta autoridades e provoca protestos pelo Sindicato dos Servidores.
Dessa forma, a criança deu entrada em um hospital particular de Santos em maio, com suspeita de Covid, cujo resultado foi positivo.
No entanto, o quadro da criança se agravou e ela não resistiu
Ontem, houve manifestação em frente ao Paço Municipal por parte de representantes do sindicato que exigem a retomada das aulas apenas quando todos estiverem vacinados.
Assim, a unidade escolar publicou em seu facebook uma nota de pesar sobre a morte da menina.
Em nota, a Prefeitura de Santos informou que a aluna tinha comorbidades.
Por sua vez, os pais da menina tiveram a doença e a estudante teria comparecido presencialmente à escola pela última vez em 12 de maio.
Confira a nota da Seduc
“A Secretaria de Educação (Seduc) informa, com profundo pesar, que o óbito de uma criança, de 3 anos, mencionado no Boletim Coronavírus da Prefeitura de Santos, desta quarta-feira (9), foi de uma aluna da UME Leonor Mendes de Barros.
Infelizmente a criança, que estava internada em um hospital privado, não resistiu à doença e morreu na madrugada desta quarta-feira (09).
A aluna da rede municipal era autista e tinha outras comorbidades.
Os pais da menina tiveram a doença e a estudante compareceu presencialmente à escola, pela última vez, no dia 12 de maio, pelo fato de que seus pais já estavam com a covid-19, e ela ser, à época, considerada contactante.
De acordo com a notificação do caso da bebê à Secretaria Municipal de Saúde, o laudo com o resultado positivo para covid saiu no dia 23 de maio, dois dias após a criança fazer a teste.
A Seduc informa ainda que, na escola Leonor Mendes de Barros, 28 profissionais da educação fizeram os testes para detecção de covid-19, de forma preventiva, na semana passada (31/05 e 01/06). Todos os testes foram negativos.
As aulas na unidade continuaram a ser oferecidas de forma híbrida, com aulas presenciais três vezes por semana (segundas , quartas e sextas), com aproximadamente 25% dos alunos matriculados, por período.
Mais de 70% das famílias optaram pelo ensino remoto.
Sem mudanças
Não houve necessidade de mudança na estrutura de atendimento da escola, pois os sintomas da aluna apareceram em casa, não tendo ela contato com outros alunos, nem professores.
A Seduc informa, ainda, que os contactantes (indivíduos que tiveram contato próximo e por um período superior a 15 minutos) dos casos (confirmados e suspeitos), em cada uma das unidades de ensino, ficam afastados por medida de precaução.
E assim, passado o período de afastamento (10 dias) e não apresentando sintomas, retornam às atividades, conforme orientação da portaria conjunta 01 (Seduc e SMS), de 22 de janeiro de 2021.
Destaca que todas as escolas municipais seguem os protocolos sanitários de segurança e receberam itens de proteção individual e materiais de higienização.
Assim, vale salientar, que os pais não devem levar as crianças para a escola, presencialmente, caso elas tenham tido contato com algum parente com suspeita da doença e se apresentarem sintomas da Covid-19, devendo permanecer em casa e a unidade escolar deve ser avisada do ocorrido com o aluno.
Mortes de crianças
Inicialmente fora do grupo de risco, a morte de crianças pela Covid começa a chamar a atenção.
Atualmente, o Brasil é o 2º país no ranking de óbitos de crianças por covid-19.
Por sua vez, até o meio de maio, segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe) 948 crianças de 0 a 9 anos haviam morrido em decorrência do coronavírus – 32 a cada um milhão de crianças.
Assim, apenas o Peru tem número maior, em termos proporcionais, nesta faixa etária. São 41 por milhão.
Hospitais do Brasil todo registraram mais de 23 mil novas internações de pacientes pediátricos.
Portanto, em Santos, o Hospital dos Estivadores mantém uma UTI pediátrica para esta finalidade.
Em paralelo, a China acaba de anunciar a aprovação do uso emergencial da Coronavac em crianças e jovens entre 3 e 17 anos.
Dessa forma, outros países, como Estados Unidos e da Europa, já começam a vacinar grupos das faixas etárias menores.