O crescimento do endividamento das famílias brasileiras, que chegou a 77,7% em abril é apenas um sintoma do triste cenário que a população brasileira tem sentido literalmente na pele… e no bolso.
Afinal, o maior nível desde o início da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (Peic).
E pior: o cenário não parece ser animador.
Afinal, a inflação e o endividamento só crescem.
Assim, em abril do ano passado, as famílias com dívida representavam 67,5% da população.
Por sua vez, em março último, 77,5%.
“O fundo do poço chegou”, destacou o economista e diretor-executivo da Associação Comercial de Santos, Adalto Correa Jr.
Ele participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias de hoje (3), onde manifestou sua preocupação com o atual cenário econômico do País.
“As pessoas parcelam o cartão de crédito para fazer pequenas compras no supermercado e levar poucas sacolas com alimentos”, salienta.

Assim, o economista participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias, apresentado pelo jornalista Francisco La Scala Jr. Foto: Carla Nascimento
Motivos da crise
Para o profissional, o Brasil vive “uma tempestade perfeita”.
Além disso, cita itens que afetam o cotidiano da população, especialmente as classes sociais da base da pirâmide social.
Casos da inflação em elevado, desemprego ainda preocupante, taxa de câmbio, estiagem, crise logística, enchentes e evolução dos gastos tanto com combustíveis, como energia e gás.
Não bastasse, sem contar a guerra na Ucrânia e Rússia, cujos impactos são imprevisíveis a cada dia que o embate avança.
“Vivemos numa inflação irradiada em todos os setores”, destaca.
Por sua vez, Correa Jr lembra que o nível de endividamento de um povo não é necessariamente ruim, “mas o nosso endividamento é o pior dos mundos”.
Além disso, ele cita as formas que o brasileiro tem se endividado, fazendo malabarismos com o cartão de crédito, cheque especial, carnês de lojas e/ou empréstimo consignado.
Não bastasse, ele indaga: “Como sair disso?”. Difícil resposta.
Não bastasse, o economista e professor universitário compara a dívida dos brasileiros em relação a das famílias americanas, que é muito maior, mas bem diferente.
“A sociedade brasileira está endividada no arroz e feijão e o americano na casa própria”, salienta.
Seminário Internacional de Café
Além disso, Adalto Correa também falou da expectativa em relação ao XXIII Seminário Internacional de Café.
Dessa forma, o evento ocorrerá entre os dias 11 e 12 de maio, no Sofitel, em Guarujá, no litoral paulista.
Assim, na pauta, o mercado nacional e internacional do grão.
E perspectivas para o setor.
Mais de 500 participantes já confirmaram presença no evento, entre brasileiros e estrangeiros.
Atualmente, 3 em cada 4 xícaras de café bebidas no mundo tem o brand brasileiro, o que mostra a força do setor no agronegócio.
Confira o programa completo