Parque Tecnológico será um impulsionador de negócios, afirma novo presidente | Boqnews
Imagem dos novos espaços do Parque Tecnológico de Santos

Entrevista com Eduardo Bittencourt

11 DE MAIO DE 2023

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Parque Tecnológico será um impulsionador de negócios, afirma novo presidente

Novo presidente da fundação, Eduardo Bittencourt, tem planos de transformar o local em um polo de irradiação de novas ideias e negócios

Por: Fernando De Maria

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Com menos de um mês no cargo, o novo presidente da Fundação Parque Tecnológico de Santos, Eduardo Bittencourt, tem gerado expectativa no meio.

Afinal, após anos de indicações mais políticas que técnicas para a função, o profissional de 32 anos ‘conhece do riscado’, como se diz popularmente.

Ele já pertencia ao conselho do parque, se desligando para assumir a nova função.

Seu currículo é repleto de participações em empresas da área tecnológica, especialmente de aceleradoras de startups, especialmente como consultor e empreendedor.

“O parque vem na mesma proposta”, salienta.

Aliás, ele chegou a montar um interessante espaço em Santos, a Space Moon, na Aparecida, uma aceleradora de negócios, que incluía um hub de inovação, empreendedorismo e geração de negócios.

Ou seja, currículo não lhe falta.

Aliás, a expectativa é grande no setor, cujo volume de profissionais e de empresas que atuam nos segmentos de startups e outras empresas que estão no setor de T&I na Cidade e região ainda são desconhecidos.

Aliás, uma espécie de censo sobre o total de empresas ligadas ao segmento e o volume de negócios e empregos gerados está no radar do novo presidente.

“Quero ampliar a inovação e os empreendimentos tecnológicos para os negócios”, afirmou.

Dessa forma, Bittencourt esteve no Jornal Enfoque de  terça (9), quando falou dos seus planos para o setor.

Moderno, sem perder as características da Cidade. Foto: Divulgação

Segundo semestre

Aliás, ele vê com expectativa a possibilidade do Parque Tecnológico começar a funcionar em sua plenitude de forma efetiva a partir da metade do segundo semestre.

Na última segunda (8), obras de adequação foram iniciadas, graças à parceria da Prefeitura com a empresa Bracell Celulose, em contrapartida pela ampliação das operações portuárias na Cidade.

Investimentos privados de R$ 3,9 milhões.

Isso graças a um Trimcc, uma espécie de compensação pública para serviços solicitados pela iniciativa privada.

Com isso, os 7 andares do prédio de 7,2 mil m2 inaugurado no final de 2020 poderão, enfim, serem totalmente ocupados (hoje, nem dois andares estão em operação).

Instalações de ar condicionados, equipamentos, mobiliário, construção de paredes e outras intervenções serão feitas no local para o desenvolvimento de um ambiente realmente aberto para novas ações e iniciativas.

“Queremos tornar Santos um polo atraente para startups, sendo um lugar amigável para as empresas prosperarem”, define.

Dessa forma, a Cidade tem algumas atrativos que chamam a atenção, em especial, a qualidade de vida oferecida.

Sem contar o custo de vida, menor que na Capital, por exemplo – ainda que maior que nas cidades da região.

Novo presidente da Fundação, Eduardo Bittencourt, falou dos seus planos para o parque durante o Jornal Enfoque. Foto: Carla Nascimento

Mudanças no trabalho

“Com a pandemia, muita gente voltou para Santos e conseguiu maior flexibilidade no trabalho. Hoje há um novo formato, com atividades híbridas, por exemplo. E isso veio para ficar”, salienta.

Ou seja, especialmente na área tecnológica – mas não exclusivamente – muitos profissionais acabaram permanecendo no home office – ou de forma híbrida, com deslocamentos para a Capital e ABC, por exemplo, em apenas alguns dias da semana.

Bittencourt conta também com a chegada do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos, que passará em frente ao parque tecnológico na Vila Nova.

E acredita que o local poderá irradiar novas ações e atrair novas empresas do segmento para se instalar no Centro Histórico de Santos – alvo de tantas críticas onde a prefeitura trava o grande desafio de voltar a ocupá-lo, seja com moradias e com empresas.

“O Parque pode ser um dos motores para o Centro se tornar ocupável”, salienta.

Isso passará por atrativos não só econômicos (como isenções fiscais já existentes), mas também técnicos e de profissionais.

Para tanto, trabalho não falta. Nem desafios.

Ele elogiou a estrutura montada e o profissionalismo da equipe da fundação, com agradecimento ao seu sucessor, Rogério Villani.

Além disso, o próprio prefeito Rogério Santos tem dado o apoio necessário para impulsionar as atividades do parque.

“Vamos mapear o ecossistema. Percebemos que há material consistente para trabalhar as vocações naturais da Cidade e região em paralelo. Queremos o setor privado atuando conosco”, enfatiza.

Ele vê que há potencialidade no segmento de TI em áreas como Porto, longevidade (saúde), cidades inteligentes e construção civil, por exemplo.

Mas não apenas estas.

Funcionários já atuam no espaço. Previsão é que obras estejam concluídas até a metade do segundo semestre. Foto: Francisco Arrais/PMS-Divulgação

Mudanças

Proveniente da iniciativa privada, Bittencourt está aprendendo os ‘macetes’ e as burocracias do Poder Público, mas vislumbra que esta parceria é plenamente possível.

“Precisamos dar visibilidade a novos projetos. Existem fundos de investimentos aguardando apenas bons projetos para apostar. Precisamos alimentar estes fundos”, diz.

Assim, Road Shows (exposição itinerante) estão em pauta.

Eles são formas de divulgar projetos de empreendedores para serem bancados por investidores.

“Vamos fazer”, enfatiza.

Aliás, Bittencourt conhece bem do assunto.

Afinal, ele próprio contribuiu para a recente venda do aplicativo Box Delivery, nascido em Santos em 2016, para o grupo colombiano Rappi – um dos maiores cases recentes no setor de TI.

Assim, ele promete fazer uma peregrinação nas universidades atreladas ao parque tecnológico para mostrar a nova concepção do espaço e os planos futuros, integrando os trabalhos acadêmicos desenvolvidos com o futuro espaço a ser explorado.

“Vamos reforçar os laços com as universidades”, enfatiza.

“O parque não é só o prédio. Ele extrapola esta área e toda a rede de universidades. Temos que ter este gesto de humildade e entender o que eles têm de força”.

“Muitos TCCs – Trabalhos de Conclusão de Curso, por exemplo, tem potencial. Queremos fomentar isso”, salientou.

Diversidade etária

Além disso, ele vê com potencialidade a diversidade etária que o Município oferece.

“Isso é importante, pois há divergência de ideias e todos ganham. A inovação exige debate de ideias”, acrescenta.

Assim, projetos com o Cérebro Ativo, de gameficação com inclusão digital para pessoas da terceira idade, devem ser ampliados – além de outras ações envolvendo diversas faixas etárias.

“Todos ganham”, acrescenta.

Santos tem mais de 22% da população ativa acima de 60 anos e muitos dos aposentados têm ainda amplo potencial de aproveitamento do conhecimento.

Vide o filme Um senhor Estagiário, com Roberto De Niro e Anne Hathaway, de 2015.

Gerações distintas comprovam troca de ideias e resultado positivo para todos. O filme Senhor Estagiário também aborda esta temática. Foto: Divulgação

Obras

As obras  incluem melhorias como climatização, mobiliário, iluminação, instalação da parte elétrica, equipamentos de informática, entre outras, em quatro pavimentos (térreo, 3º, 4º e 5º andares).

O sexto andar, onde estão os espaços administrativos e laboratórios, está equipado desde a inauguração do prédio.

Os trabalhos da empreiteira contratada se iniciaram pelo quinto pavimento com a colocação de piso elevado na área que abrigará auditório com capacidade para 130 pessoas e receberá aparelhos de ar-condicionado.

Assim, o espaço também será mobiliado e equipado com recursos audiovisuais.

Portanto, tais intervenções são custeadas por recursos de R$ 400 mil de emenda parlamentar e de R$ 500 mil da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.

No quinto andar, junto ao auditório, será instalado um café.

Nos demais andares, ficarão os espaços de coworking (para trabalho compartilhado).

No terceiro, haverá nove salas (privativas e compartilhadas), três cabines para videochamada, 94 posições de trabalho, salas de treinamento (tradicional e laboratório), estúdios de vídeo e para podcast e telepresença, além de refeitório.

No quarto pavimento, serão 13 salas (privativas e compartilhadas), seis cabines para videochamada, 174 posições de trabalho, área de descompressão (mesas, bistrô, sofá, TV, videogame, sinuca e tênis de mesa etc.).

Dessa forma, no térreo terá recepção, controle de acesso e administração, área de espera com mobiliário para a realização de eventos ou exposições e três escritórios para atendimento ao público.

Verticais

Assim, a proposta da nova diretoria do Parque Tecnológico é que cada andar do prédio abrigue uma vertical de negócios, concentrando empresários e empresas de um mesmo segmento de mercado.

Entre elas, devem ser contempladas áreas como Porto, Turismo, Longevidade, Cidades Inteligentes, Meio Ambiente, entre outras, após a realização de chamamentos públicos.

Interessados em se candidatar a integrar o Parque Tecnológico podem acessar www.fpts.org.br, entrar em contato pelo Instagram @pqtecsantos ou enviar e-mail para [email protected].

 

Confira o programa com o presidente da Fundação Parque Tecnológico, Eduardo Bittencourt

(*) Com informações do Departamento de Comunicação da Prefeitura de Santos

 

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