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Política

18 DE JULHO DE 2014

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Eleições 2014: Redes Sociais ganham força nas campanhas dos candidatos

Com as manifestações de 2013, as redes sociais ganharam força junto à classe política, tornando-se uma ferramenta mais poderosa

Por: Da Redação

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JUIZ WALTERSe há uma semana a pauta principal era a Copa do Mundo, com a decepcionante e frustante seleção brasileira, agora os holofotes se viram para as eleições.  De um lado, a população, que escolherá no dia 5 de outubro seus representantes para a presidência, Governo do Estado, Senado, Câmara Federal e Assembleia.. Do outro, os candidatos, que desde o dia 6 de julho já podem fazer campanha e começam a fortificar agora as ações para conquistar o voto do eleitorado.

Na Baixada Santista, ao todo 32 candidatos tentarão uma cadeira à Câmara Federal. Outros 43 para a Assembleia Legislativa. Neste tipo de eleição, com cinco cargos em disputa, o grande diferencial será o fortalecimento da internet e das redes sociais, principalmente o Facebook.
Nas últimas eleições deste âmbito, em 2010, o país tinha em torno de 50 milhões de usuários conectados às redes sociais. Hoje, superam os 76 milhões. Dos usuários brasileiros, 44 milhões acessam o site em smartphones ou em tablets.

Algo que também mostrou a força das redes sociais foram as manifestações de junho de 2013, quando os responsáveis pelas hashtags foram às ruas em todo o País em busca por mudanças, assustando a classe política. De acordo com o jornalista e especialista em redes sociais, Aldo Neto, da Compartilhar Comunicação, as manifestações mostraram a força do Facebook na mobilização das pessoas, porém sem envolvimento político. “É impossível um candidato conseguir algo similar. Mas se saber usar, poderá ter uma ferramenta importante para a campanha”, diz.

As redes sociais existem em eleições com alguma força desde 2010. “É a terceira experiência das redes em eleições no Brasil. Elas chegaram na onda da eleição do (Barack) Obama (presidente) nos Estados Unidos que fez uma campanha agressiva nas redes em 2009. Em 2010, houve pouca influência, em 2012 ‘pegou fogo’ nas eleições municipais e agora deve novamente ‘pegar fogo’, principalmente para cargos executivos”.
Quem está na rede há mais tempo tem vantagem, afinal as redes sociais, em especial o Facebook, onde predomina a maioria do público, é uma rede de interação. “Políticos que não possuíam e criaram agora tem mais dificuldade, pois tem que criar um público do zero sem poder investir, uma vez que a Legislação Eleitoral proíbe o investimento de recursos em propaganda na internet”, ressalta.

O especialista também analisa que os candidatos à presidência Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), e ao Governo do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT) estão há tempos na rede. Os senadores, em especial Eduardo Suplicy (PT) e José Serra (PSDB) também mantém perfis no Facebook desde 2010 com alto número de público envolvido. No entanto, de acordo com Aldo, há pesquisas de especialistas que apontam que apenas na eleição de 2016 as redes sociais gerarão votos. “Hoje, elas podem muito mais tirar do que dar. Principalmente se o candidato estiver fora dela”, finaliza.

Regras
De acordo com o Juiz Eleitoralda Zona 273ª, Walter Luiz Esteves de Azevedo, as regras para as propagandas são mais ou menos as mesmas da última eleição. “A mini reforma eleitoral, aprovada em dezembro do ano passado, aparentemente não será colocada em prática, pois foi votada com menos de um ano para o próximo pleito. O uso de cavalentes por exemplo, proibido nesta reforma, e também os outdoors eletrônicos continuam permitidos. As mudanças ocorrerão apenas em 2016”, ressalta.

A internet neste ano, de acordo com o juiz, ganha uma nova força e está sob responsabilidade do Tribunal Regional Eleitoral. “Não existe lei específica, mas regras claras. Por exemplo, é possível propaganda por via eletrônica? Sim, nos sites dos partidos, desde que a hospedagem destes sites seja realizada por empresas localizadas em território nacional ou com sede aqui”, ressalta.

Nas redes sociais, segundo Azevedo, os usuários podem manifestar sua preferência por um candidato. O que não pode e nesta eleição virou crime eleitoral é a contratação de pessoas – criando inclusive perfis fake (falsos)- com a finalidade específica de emitir mensagens ou comentários na internet para ofender a honra ou denegrir a imagem de candidato, partido ou coligação. Algo que foi muito comum na última eleição municipal.

“Mensagem para eleitores são permitidas. No entanto, as entidades que não podem doar para campanhas também não podem ceder seus cadastros de clientes e as mensagens quando encaminhadas têm que permitir que a pessoa se desvincule para não recebê-las mais”, explica.
Como a eleição é nacional e estadual, fica sob responsabilidade da Zona Eleitoral apenas a fiscalização da propaganda constatável, como outdoors, cartazes e adesivos. “O outdoor, por exemplo, é proibido para manter igualdade dos candidatos. Em bens de uso comum – como praças, árvores – e também os bens que o povo utiliza usualmente – como mercado, shopping center, cinema – não é permitida a propaganda.
Outra regra é que as placas não podem ultrapassar 4 m², mesmo quando colocadas em sequência. Não pode provocar o impacto próprio de outdoor”, explica. Para o carro, é possível adesivar, mas também não pode ultrapassar os 4 m²e não é permitido deixar o veículo estacionado durante vários dias no mesmo lugar. O eleitor pode fazer reclamações e tirar dúvidas por denúncia online.

POLÍTICOS E USO DAS REDES SOCIAIS
POR ALDO NETO

1- Criar páginas e perfis

São coisas diferentes, mas se completam. As páginas tem a facilidade de não ter limite de adesão e de dar números de audiência que não ocorre no Perfil. Porém, os usuários comuns não entendem as reais funções do botão curtir. As pessoas gostam de dizer, de se sentir amigos dos políticos. E isso só o perfil permite. Por isso, é necessário usar os dois. O ideal é usar como uma TV. As fanpages seriam as emissoras mães e os perfis as retransmissoras

2- Republicar conteúdo e ficar atento aos horários de pico
Usar perfis e fanpage é bom por isso. É necessário fazer seus posts ficarem mais tempo e na hora exata para o público interagir. Há pesquisas que apontam que o público da Baixada fica mais presente no Facebook das 18 a 1 hora da manhã. Das 9 às 10h30, também é um bom horário.

3- As pessoas veem, mas não leem as mensagens
Faça posts com imagens com informações e pouco texto. É importante mandar a mensagem na imagem. Links para o site oficial ajudam a complementar a informação.

4- Interação
Interaja com outros perfis e páginas e também com o público que entra em contato. Mostre estar presente, porém não 24 horas por dia senão todos saberão que não estão falando com o candidato, mas com assessores. Não pode ser feito por terceiros, apenas conduzido. Sempre que possível peça para seu público interagir com seu conteúdo, gerando audiência e relevância.

5-Padronização visual
É comum um candidato ter uma equipe online e outra off-line de criação. Deve manter o mesmo padrão visual da campanha nas ruas e na internet. O visual padronizado ajuda a entrar na memória visual do eleitor.

6-Defenda propostas e conteúdo
Ninguém quer ver um Facebook de um político para saber com quem o candidato faz selfie ou onde ele está. Defenda propostas e ideias para o mandato e ainda mostre suas ações passadas para lembrar o eleitor.

7-Não entre em discussão desnecessária
Há perfis fakes (falsos), gente mal intencionada que pode estar a serviço de terceiros para prejudicar o candidato. Defina a estratégia de respostas.

8- Monitore
Faça monitoramento na web e nas redes sociais para acompanhar o que dizem do candidato com precisão e responder com agilidade a ataques relevantes. Não vale a pena responder posts sem muita interação.

9- Seu público não recebe tudo
O Facebook possue o EdgeRank. Essa equação determina quem vai receber no feed de notícias o seu conteúdo. Cerca de 10% dos seus curtidores e amigos recebem o conteúdo. Peça para clicarem em Obter Notificações que aparece no botão amigo ou curtir logo após. Apenas isso garante que a pessoa recebeu a mensagem.

10- O candidato deve ser ele próprio
Não seja quem você não é de verdade nas redes sociais. As pessoas conhecem a forma de falar e se expressar do político. Portanto, cuidado com o que é postado.

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