Em dias de outubro cor-de-rosa, mês da campanha mundial contra o câncer de mama, as mulheres são alertadas sobre esse tipo de neoplasia, que detectado no início tem alto índice de cura. A doença é a que mais provoca a morte de mulheres no mundo.
Em Santos, foram registrados 376 óbitos entre 2006 e este ano, segundo dados da Seção de Vigilância Epidemiólogica, da SMS (da Secretaria de Saúde).
De acordo com o mastologista Gilberto Moreira Melo, o número ainda é alto em razão do medo das mulheres. “O câncer ainda tem o peso de morte e mutilação em uma área tão sensível que é feminilidade. Elas têm medo de morrer e faltar perante os filhos, netos e companheiro”.
Essa lição ficou para Nadir Mendonça, de 75 anos, que há três meses teve retirado um tumor de um centímetro em uma das mamas e agora se prepara para a radioterapia, segunda etapa do tratamento. Sem consultar um médico por mais de cinco anos, ela percebeu em casa um ‘sinal’ e decidiu fazer a mamografia. “No início fiquei preocupada, evitava falar no assunto, mas a gente precisa aceitar. Agora faço questão de alertar as amigas e a família para irem sempre ao médico e não fazer como eu”.
A chance de cura da doença descoberta no início é de 85%, e sem retirada da mama. Por isso, é importante o diagnóstico
precoce.
Na prefeitura, o cuidado com as pacientes começa na unidade básica de saúde, onde Nadir e as outras mulheres são atendidas por um ginecologista. As pacientes com suspeita ou confirmação de tumores são dirigidas ao Instituto da Mulher, após terem feito os exames de ultrassonografia e mamografia, realizados sem espera.
Atendidas por especialistas, as mulheres passam por cirurgia na Beneficência Portuguesa ou Hospital da Zona Noroeste e depois são encaminhadas para tratamento de radio e quimioterapia. Nesse mês, a prefeitura ilumina a Pinacoteca Benedicto Calixto de cor-de-rosa, atendendo ao chamado da campanha mundial.