A Baixada Santista perdeu participação no volume de veículos emplacados ao longo dos últimos anos, em razão dos efeitos da crise econômica.
Ou seja, o crescimento médio do emplacamento de veículos na Baixada Santista entre os períodos de 2015 – 2018 foi de 7,5%.
Bem inferior à média nacional, de 11,1%.
Assim, a participação regional no total da frota de veículos do País caiu de 0,9% em 2015 para 0,87% no ano passado.
Esta ínfima diferença percentual equivale a uma perda de participação de 28.847 veículos no período, caso fosse mantida a média de 2015.
Ou seja, algo em torno de 800 veículos a menos/mês emplacados.
Ou quase 27/dia, caso o percentual fosse mantido (0,9%).
Em 2015, o Brasil fechou o ano com 90.686.936 veículos emplacados, sendo 816.881 (0,9%) na Baixada Santista.
O ano de 2018 chegou ao fim com o País chegando a 100.746.553 veículos.
E a Baixada Santista, com 877.872 veículos, comprovando a queda de participação para 0,87%.
Entende-se como veículos todos os automóveis, motos, motonetas, reboques, ônibus, caminhões e demais veículos emplacados com os nomes das respectivas cidades em suas chapas.
Metade do valor do IPVA – Imposto sobre Veículos Automotores destina-se aos municípios onde eles estão emplacados e a outra parte aos cofres do governo estadual.
Origem da crise
Deve-se lembrar que a crise econômica iniciou em 2014, quando o crescimento na economia foi de ínfimos 0,1%.
Mas a situação piorou a partir de 2015, quando o País recrudesceu em 3,8%.
O feito foi repetido no ano seguinte, com nova queda.
Desta vez de 3,6%.
Somente em 2017 o cenário começou a melhorar, ainda que insuficiente para reverter as quedas consecutivas.
Alta de 1%, algo semelhante em 2018, com elevação na economia de 1,1%.
Mesmo assim, ainda bem distante de reverter os sucessivos déficits.
A previsão para 2019, segundo avaliação de economistas tomando como referência o cenário de maio, é de crescimento de 1,23%.
Santos perde automóveis
Alguns dados chamam a atenção no levantamento realizado pela Enfoque Comunicação para o Boqnews.com.
A despeito do crescimento médio regional ter sido abaixo do nacional, chama a atenção a perda significativa de emplacamento de automóveis, até com índice negativo.
É o caso de Santos, maior município da Região Metropolitana da Baixada Santista.
Foram 145.161 automóveis em 2015 contra 143.702 no ano passado. Queda de 1%.
E pior: em fevereiro último – data final a qual os números estão disponíveis pelo Denatran– o número caiu ainda mais: 143.610.
Ou seja, por sorte, o tombo foi amenizado, em parte, pelo emplacamento das motos e motonetas.
Em 2015, foram 72.130.
Em 2018, 75.055. Alta de 4% neste segmento.
Até fevereiro, já eram 75.312 destes veículos.
Total: Santos passou de 271.390 veículos emplacados para 275.300, perfazendo 1,4% de alta.
A mais baixa entre as nove cidades da Baixada Santista.
Também chama a atenção o crescimento expressivo de Praia Grande.
Terceiro (ou quarto dependendo do instituto estatístico, como IBGE ou Fundação Seade) da região no momento, ocupa o segundo lugar, com folga, em número de veículos.
Em três anos, registrou um crescimento de 12,4%, passando de 125.362 veículos em 2015 para 141.026 em 2018.
Nos automóveis, alta de 13%.
E nas motos, 11,4%.
Altas
Assim, outras cidades também apresentam alta no volume de veículos superior à média nacional contabilizando o período 2015-2018 (com dados de dezembro de cada ano).
Ou seja, são os casos de Bertioga (+ 16,2%), Itanhaém (+ 15,5%), Mongaguá (+ 15%), Peruíbe (+ 13%).
Portanto, em termos de automóveis, destaques para Praia Grande (+ 13%), Bertioga (+ 16,4%), Itanhaém (+ 15,4%), Peruíbe (+ 12,2%) e Mongaguá (+ 15,5%).
Não bastasse, no tocante às motos e motonetas emplacadas, os maiores crescimentos ocorreram em Bertioga (+ 14,3%), Itanhaém (+ 13,8%), Mongaguá (+ 13,2%), Praia Grande (+ 11,4%).
Assim, até fevereiro/19, último levantamento disponível, a Baixada Santista tinha 882.874 veículos emplacados.
Deste total, 454.493 automóveis (51,47% do total) e 277.856 motos e motonetas (31,47%).
Dessa forma, o restante é dividido em outros tipos de frotas, como ônibus, caminhões, reboques, aos quais os emplacamentos são necessários.
Emplacamento de veículos Baixada Santista – dez/2015
Cidade Total de veículos (*) Automóveis Motos Motonetas
Santos 271.390 145.161 48.673 23.457
Praia Grande 125.362 69.654 29.055 9.239
Cubatão 53.491 27.555 9.489 2.572
Guarujá 127.288 57.828 36.241 16.407
São Vicente 129.386 63.475 37.652 13.059
Bertioga 21.318 11.011 5.233 1.157
Itanhaém 37.926 21.875 8.855 1.308
Peruíbe 30.988 17.915 6.730 1.638
Mongaguá 19.462 11.749 3.797 538
TOTAL 816.881 426.223 185.725 69.375
(*) Incluem caminhões, ônibus, reboques e outros veículos emplacados.
Emplacamento de veículos Baixada Santista – dez/2018
Cidade Total de veículos (*) Automóveis Motos Motonetas
Santos 275.300 143.702 50.113 24.942
Praia Grande 141.026 78.672 32.055 10.662
Cubatão 56.323 28.838 10.027 2.749
Guarujá 139.226 62.658 38.471 18.477
São Vicente 139.978 66.801 40.931 14.634
Bertioga 24.774 12.815 5.952 1.351
Itanhaém 43.825 25.256 9.989 1.582
Peruíbe 35.022 20.109 7.410 1.780
Mongaguá 22.398 13.577 4.311 599
TOTAL 877.872 452.428 199.209 76.776
Fonte: Denatran