O empresário Newton Prado Júnior, diretor técnico da empresa Engevix, foi preso pela Polícia Federal no Recife na manhã desta sexta-feira (14), durante nova fase da operação Lava Jato, que investiga crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.
De acordo com a PF, o empresário, de 57 anos, foi detido no aeroporto quando embarcava para São Paulo. Prado Júnior é natural de Santos, mora no bairro do Boqueirão e estava voltando de viagem a negócios no Recife.
O empresário foi levado nesta manhã para a carceragem da Polícia Federal no Recife, e transferido no início da tarde para a Superintendência de PF em Curitiba, onde prestaria depoimento. A prisão temporária de cinco dias havia sido ordenada pelo juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).
A PF também foi ao apartamento de outro empresário no bairro de Boa Viagem, zona sul do Recife. A identidade dele também foi preservada. A intenção dos policiais era apreender computadores, discos rígidos e dinheiro, mas não apreenderam nada. Segundo a PF nada de “relevante” foi encontrado.
A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (14) mandados de prisão e de busca e apreensão durante Operação Lava Jato. A Justiça decretou o bloqueio de R$ 720 milhões que pertencem a 36 investigados. Foi autorizado também o bloqueio integral de valores pertencentes a três empresas suspeitas de participar do esquema.
A Polícia Federal cumpre seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 49 de busca e apreensão nos Estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, além do Distrito Federal.
Veja a lista de pessoas contra as quais há mandados de prisão
Prisão preventiva
– Eduardo Hermelino Leite, diretor vice-presidente da Camargo Corrêa S.A.;
– José Ricardo Nogueira Breghiroll, funcionário da Construtora OAS;
– Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da Construtora OAS S.A;
– Sérgio Cunha Mendes, diretor vice-presidente executivo da Mendes Júnior Trading Engenharia S/A;
– Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix Engenharia S.A.;
– Erton Medeiros Fonseca; diretor-presidente da Divisão de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia S.A..
Mandado de prisão temporária (5 dias)
– João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A.;
– Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da OAS;
– Alexandre Portel Barbosa, advogado da OAS;
– Ednaldo Alves da Silva, funcionário da UTC Participações S.A;
– Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor técnico da Engevix Engenharia S.A.;
– Newton Prado Júnior, diretor técnico da Engevix Engenharia S.A.;
– Dalton dos Santos Avancini, diretor-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações S.A.;
– Otto Garrido Sparenberg, diretor de Operações da IESA Óleo & Gás S.A.;
– Valdir Lima Carreiro, diretor-presidente da IESA Óleo & Gás S.A.;
– Jayme Alves de Oliveira Filho, ligado a Alberto Youssef;
– Adarico Negromonte Filho, ligado a Alberto Youssef;
– José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS;
– Ricardo Ribeiro Pessoa, UTC Participações S.A.;
– Walmir Pinheiro Santana, UTC Participações S.A.;
– Carlos Alberto da Costa Silva, ligado a empreiteiras
– Othon Zanoide de Moraes Filho, diretor-geral de Desenvolvimento Comercial da Vital Engenharia, Grupo Queiroz Galvão;
– Ildefonso Colares Filho, diretor-presidente da Construtora Queiroz Galvão S.A;
– Renato de Souza Duque, ex-diretor da Petrobras;
– Fernando Antônio Falcão Soares, citado nas investigações como agente do PMDB no esquema criminoso.