As obras da entrada de Santos começam a ser mais facilmente percebidas pelos santistas a partir desta segunda (27), às 9 horas, quando a pista marginal da Avenida Martins Fontes no sentido Zona Noroeste – Centro será fechada para início das obras de drenagem, pavimentação, padronização do calçamento e abrigos, entre outras melhorias.
O trecho interrompido será da Avenida Nossa Senhora de Fátima até a Rua Flamínio Levy, no Saboó.
Trata-se de uma área onde há elevada circulação de veículos.
Afinal, são 120 mil carros e 10 mil caminhões que circulam pela entrada de Santos diariamente, segundo estimativas da Prefeitura.
A previsão é que as obras demorem entre seis e sete meses.
Portanto, o fluxo restante se concentrará na pista principal da avenida Martins Fontes no mesmo sentido, provocando congestionamentos nos horários de pico e em dias de chuva, especialmente.
Afinal, alagamentos são frequentes naquele trecho da Cidade.
Para atender aos usuários do transporte coletivo, na via expressa será instalado um ponto na baia construída na altura da Rua São Sebastião.
O ponto seguinte será em frente ao cemitério do Saboó.
“Os transtornos serão temporários, mas o benefício permanente”, justifica o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, que concedeu coletiva na tarde desta terça (21) para anunciar também que a Prefeitura já obteve todas as licenças ambientais necessárias para executar as obras que competem ao Município.
As obras do Estado – já iniciadas – ficarão a cargo da Ecovias, que ampliou o prazo para exploração do Sistema Anchieta-Imigrantes.
Quanto à União, nada avançou até o momento.
Entrada de Santos começa a sofrer intervenções para futuras alterações no traçado. Foto: Divulgação
Ordem de Serviço
Assim, também na segunda (27), a Prefeitura publicará a Ordem de Serviço para início da etapa 4 das obras municipais, que prevêem a construção de dois viadutos com 600 metros cada, cada um com duas faixas de 3,5 metros de largura, entre outras melhorias no local, além de duas rotatórias nas cabeceiras.
Trata-se, segundo Barbosa, “da maior intervenção que a Cidade já assistiu nos últimos 50 anos”.
A expectativa otimista é que a quarta etapa – e mais complexa – demore 3 anos e 6 meses, estando concluída no final de 2021.
Se, é claro, todos os prazos forem cumpridos à risca.
Barbosa justifica que o dinheiro para a execução dos serviços está garantido, mesmo após a sua saída do Paço Municipal (seu mandato termina no final de 2020).
“Conseguimos financiamento da Caixa, a juros vantajosos, com pagamento ao longo de 25 anos pelo Município”, destaca.
As obras viárias completas têm estimativa de custos de R$ 290 milhões, sendo R$ 269 milhões financiados pela Caixa e a diferença de R$ 21 milhões como contrapartida por parte da Prefeitura também financiada. Tudo via PAC Mobilidade 2, do Governo Federal.
“Os recursos, portanto, estão garantidos até o final desta obra”, garante.
Neste período deverão ser gerados – com todas as etapas das intervenções – 1.200 empregos diretos.
“Será priorizada a mão-de-obra local”, enfatiza o prefeito.
Riscos e impactos
Mas o impacto das futuras intervenções no dia a dia das pessoas será inevitável.
Tanto que na terça (28), será formado um comitê de gestão para avaliar a situação e propor ações de segurança para este período.
Há uma preocupação da Policia Rodoviária com os riscos de congestionamentos constantes e – é claro – de furtos junto aos motoristas que estarão parados no trânsito, especialmente em áreas residenciais que margeiam a estrada.
O grupo irá tratar de medidas referentes à fluidez do trânsito, rotas alternativas, segurança dos motoristas, monitoramento das vias e locomoção de veículos de emergência como os da Polícia Militar e do resgaste do Corpo de Bombeiros.
Já são analisadas possibilidades de ampliação de câmeras, além de bases policiais e de operação da Prefeitura.
Até o uso de drones para fiscalização não está descartado.
Além de representantes da Prefeitura, o Comitê contará com representantes das polícias militar e rodoviária, Guarda Portuária, Terracom (responsável pela parte municipal das obras) e da Ecovias (que administra o sistema Anchieta-Imigrantes).
A entrada de Santos sofrerá profundas alterações também nas imediações da Alemoa. Foto: Isabela Carrari/Divulgação-PMS
Etapas do Projeto da entrada da Cidade
Etapa 1 – corredores de ônibus
- 97% concluída – Investimentos de R$ 48 milhões –
- Prazo de execução – De maio/16 ao segundo semestre de 2018
- 18 km de corredores de ônibus, com troca de calçadas, pavimentação e demais melhorias nas principais vias da entrada da Cidade e Zona Noroeste
Etapa 2 – Avenida nova
- 15% concluída – Investimentos de R$ 52 milhões –
- Prazo de execução – De janeiro 2018 a novembro de 2019
- Execução da Avenida Beira Rio (Zona Noroeste)
- Implantação de um quilômetro de ciclovia
- Novo sistema de drenagem
- Nova ponte na Rua Júlia Ferreira de Carvalho
Restam 9 famílias para serem removidas do Mangue Seco/Butantã, onde a nova avenida passará
Etapa 3 – Viaduto
- A iniciar a partir de segunda (27).
- Prazo de execução – De agosto/18 a dezembro 2021
- Valor a ser investido – R$ 72 milhões
- Implantação de viaduto da Avenida Martins Fontes para Avenida Nossa Senhora de Fátima
- Reestruturação do sistema de drenagem do Saboó
- Obras de urbanismo da Avenida Martins Fontes
Serão retiradas cerca de 140 famílias residentes na Alemoa que serão transferidas para o conjunto Caneleira IV
Etapa 4 – Pontes
- Valor a ser investido – R$ 118 milhões –
- Prazo de execução – 2º semestre de 2018 a 2021
- 2 pontes com 600 metros cada. Cada uma terá duas faixas de 3,5 metros de largura – padrão
- As pontes possuirão tubulação para drenagem da pista para escoamento de eventual derramamento de óleo e produtos químicos
- Monitoramento por câmeras
- Duas rotatórias nas cabeceiras
- Vai integrar o corredor de ônibus com os bairros Piratininga e São Manoel, além de facilitar o acesso rodoviário.