Escolha do imunizante prejudica calendário vacinal contra a Covid-19 | Boqnews
Foto: Susan Hortas/PMS

Vacina

08 DE JULHO DE 2021

Siga-nos no Google Notícias!

Escolha do imunizante prejudica calendário vacinal contra a Covid-19

Algumas prefeituras da Baixada Santista já estudam criar medidas para evitar que as pessoas escolham a vacina que será aplicada

Por: Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

A disponibilidade de quatro imunizantes contra a Covid-19 no Brasil (Astrazeneca/Oxford, Coronavac, Janssen e Pfizer) têm sido de suma importância para a vacinação em massa ganhar velocidade no País.

Por outro lado, essa disponibilidade de imunizantes tem causado um problema, sobretudo nas últimas semanas, pois algumas pessoas se recusam a receber determinada vacina querendo outra. Algumas prefeituras do Estado de São Paulo, como São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e São José do Rio Preto, estabeleceram medidas duras para diminuir esta prática, que começou a ganhar força.

Em São Bernardo, por exemplo quem se recusar a tomar determinada vacina vai para o final da fila, ou seja, este individuo só poderá ser imunizado após as pessoas com mais de 18 anos receberem a primeira dose. Vale ressaltar que a vacinação para pessoas de 24 a 18 anos está prevista entre os dias 1 e 15 de setembro, de acordo com o cronograma do Plano Estadual de Imunização (PEI).

O critério estabelecido pela prefeitura de São Bernardo deu resultado, conforme matéria publicada pela CNN Brasil. Após a medida, o índice de pessoas que se recusaram a tomar vacina caiu 90,99%. Importante frisar que todas as vacinas disponíveis para a aplicação no País são seguras e foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com a infectologista Gelvana Barreto, a escolha do imunizante atrasa a cobertura vacinal, uma vez que as pessoas que já deveriam estar imunizadas permanecem desprotegidas e, portanto, sob risco de se infectar e transmitir o vírus. A médica ressaltou que as vacinas disponíveis no Brasil são seguras, com capacidade de produzir resposta imunológica, com risco baixo de efeito adverso. A vacina com mais rejeição pela população é a Coronavac por uma série de motivos. O principal são as fake news em relação ao imunizante, em razão da origem chinesa, fato alimentado por negacionistas.

Pessoas disparam mensagens no whatsapp citando que a vacina tem chip ou existe manipulação da China, onde foi criada pela farmacêutica Sinovac Biotech. Outra questão é que a Coronavac tem uma eficácia mais baixa em relação aos casos contra a Covid-19 do que as vacinas da Astrazeneca, Pfizer e Janssen; entretanto ela reduz drasticamente o número de internações e mortes.

Para Gelvana, a Coronavac cumpre o seu papel contra o vírus “Os profissionais de saúde em sua maioria receberam essa vacina. A primeira e ser usada no país e desde então o número de adoecimento e mortes entre os profissionais caiu acentuadamente”, salientou.

Prefeituras

A equipe de reportagem do Boqnews entrou em contato com todas as prefeituras da Baixada Santista para saber o posicionamento do Poder Público em relação a prática de algumas pessoas recusarem certa vacina.

Por enquanto, nenhuma prefeitura da região irá adotar a medida do fim da fila, contudo outras decisões já estão sendo estudadas para inibir a escolha de imunizantes em algumas cidades.

A Prefeitura de São Vicente, por exemplo, estuda a implantação do termo de responsabilidade para as pessoas que recusarem a tomar a vacina disponível no momento. O mesmo acontece com Guarujá que também está estudando a aplicação de algumas medidas.

Em Peruíbe, como a vacinação é realizada mediante ao agendamento, já é possível ver a pessoa que recusa certa vacina, assim ela acaba ficando para trás e precisa fazer um novo agendamento.
Assim, o município registrou uma recusa maior pela Coronavac. As prefeituras de Itanhaém, Mongaguá, Cubatão citaram que não ocorreram casos de resistência contra determinados imunizantes.

No caso de Praia Grande, a Prefeitura ressaltou que apesar de um grande número de pessoas procurarem a dose única da Janssen, não há recusas de outras vacinas.

Bertioga não respondeu a reportagem até o fechamento da matéria.

Em Santos, a Prefeitura salientou que até o momento, o município não adotou qualquer sanção para as pessoas que rejeitaram determinado fabricante de vacina contra a Covid-19.

Números

A vacinação da região já apresenta bons índices, para se ter uma ideia apenas as cidades de Cubatão e Bertioga não alcançaram a marca de 40% da população vacinada em 1ª dose.

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.