Estudantes retornam às aulas em semestre espremido por feriados, eleições e Copa | Boqnews
Foto: Isabela Carrari/Arquivo/PMS

Educação

29 DE JULHO DE 2022

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Estudantes retornam às aulas em semestre espremido por feriados, eleições e Copa

Com feriados prolongados, eleições e Copa do Mundo, ano letivo no segundo semestre sofrerá diversos impactos

Por: Da Redação

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Feriados, eleições e Copa do Mundo, o segundo semestre para a educação será um tanto quanto desafiador. Afinal, o calendário será comprometido por conta das datas comemorativas e dos eventos. Levando em conta o atual cenário, o mês de agosto tem um aspecto preponderante no ensino, já que é o único mês sem qualquer intervenção no ano letivo.

Em setembro, haverá o feriado da Independência do Brasil (quarta-feira), que neste ano completa o bicentenário.

Para quem mora em Santos, a data será como uma ‘miniférias’, já que na quinta-feira também é feriado, por conta do dia de Monte Serrat, padroeira da cidade.

Portanto, sexta-feira haverá ponto facultativo, emendando com o final de semana. Além disso, no dia 30, algumas escolas públicas e particulares não devem ter aulas no período vespertino, pois vão receber toda logística para as eleições que acontece no domingo (2 de outubro). O mesmo deve ocorrer no segundo turno no dia 28 de outubro (sexta-feira). Também em outubro, há o feriado de Nossa Senhora da Aparecida, padroeira do Brasil, uma quarta-feira (12).

Em novembro, haverá o feriado de Finados (2) na quarta-feira e da Proclamação da República (15) na terça, ou seja, feriado prolongado. A partir do dia 21 de novembro, começa a Copa do Mundo e como já é tradição, poucos alunos vão para a escola no dia do jogo do Brasil.

A Seleção faz sua estreia no dia 24 (quinta-feira), às 16h, contra a Sérvia. Em seguida, o Brasil enfrenta a Suíça no dia 28 (segunda-feira), às 13h.

O terceiro jogo da primeira fase será no dia 2, sexta-feira, às 16h também provocando impactos no calendário, já que a única partida em que o Brasil pode jogar no final de semana é a final ou a disputa de 3º lugar.

Impactos

Com estes eventos e feriados, das 88 datas do ano letivo de agosto a novembro, 11 serão comprometidas, o que significa 12,5%. Assim das 13 semanas do calendário, duas estarão praticamente perdidas com feriados e pntos facultativos.

O mês de novembro será o mais afetado, com apenas 17 dias sem qualquer intervenção de feriado ou eventos.Logicamente que este cenário leva em consideração todo cenário apontado no texto.

Algumas escolas, por exemplo, não são utilizadas nas eleições e com isso haverá aula normalmente.

Rede Municipal

As aulas da rede municipal de Santos voltaram nesta semana. A secretária de Educação Cristina Barletta ressaltou que a pasta preparou o cronograma de atividades, já incluindo os feriados e eventos.

“É importante destacar que nenhum aluno será prejudicado por esses dias sem aula. A Secretaria de Educação fez um planejamento para que todo o conteúdo do ano letivo seja aplicado normalmente. Os alunos terão mais de 800 horas de grade curricular”.

Cristina Barletta citou que aulas em Santos seguem até o dia 20 de dezembro. Além disso, ela enfatizou que o ano de 2022 foi um momento preponderante para a educação com o retorno das aulas presenciais e que o maior objetivo da pasta foi acolher todos os alunos.

“Nós sabemos que a pandemia da Covid-19 foi um período complicado, pois muitos alunos não tinham acesso à tecnologia. Então, estamos oferecendo diversos projetos de reforço para justamente acompanhar o desenvolvimento dos alunos e aprimorar o ensino”, salientou.

Por fim, a secretária falou que uma das prioridades neste ano é a questão da alfabetização que foi prejudicada nos últimos dois anos, afinal as crianças tiveram uma dificuldade natural maior de acompanhar as aulas online dos que os estudantes do Ensino Fundamental II.

Redes

As aulas da Rede Estadual também voltaram nesta semana. Ao todo, são 5,4 mil escolas e 3,5 milhões de aluno nos 645 municípios de São Paulo. O Governo do Estado tem um calendário diferente em relação ao município de Santos.

Por exemplo, ao fim de cada bimestre tem um recesso ou férias. Assim, entre os dias 8 a 16 de outubro não haverá aula, pois é o fim do terceiro bimestre. O ano letivo na rede estadual termina em 23 de dezembro.

Já, os colégios particulares adotam seus próprios métodos no cronograma, ou seja, as aulas em algumas escolas só voltam a partir de segunda (1), pois o ano letivo começou em janeiro.

Pedagoga

A pedagoga Ana Maria Santos da Silva, da Casa Branca Educação, detalha que o segundo semestre é sempre mais curto em relação ao primeiro e que os professores já estão acostumados com os feriados, pois ocorrem todos os anos. Entretanto, com as eleições e a Copa do Mundo que pela primeira vez acontece no mês de novembro por conta do verão rigoroso no Catar, os educadores terão um grande desafio.

Para ela, o Mundial é o fator que causará mais impacto no ano letivo. Isso porque, apesar de ter aula em dias de jogos do Brasil, a maioria dos estudantes não vão comparecer ao colégio, alguns inclusive a pedido dos pais.

“O grande problema é que as partidas da fase de grupos estão marcadas para o fim de novembro, período de provas, ou seja, as atividades vão precisar ser postergadas e o tempo para a recuperação ficará mais curto”, citou Ana.

Mesmo com as dificuldades, ela acredita que os professores vão conseguir passar todo conteúdo programado para o ano letivo. “Os educadores estão acostumados a trabalhar com obstáculos, a pandemia foi uma prova disso”.

Para os estudantes com dificuldades nas matérias, a tecnologia será fundamental e pode servir como um reforço para melhorar o desempenho, detalhou a educadora. Além disso, a pedagoga lamentou a ocorrência dos casos de Covid-19 no primeiro semestre,

“Infelizmente, muitos alunos ficaram afastados pelo vírus. Eu espero que a situação fique melhor no resto do ano letivo”.

Readaptação

Ana  salientou que 2022 é o ano de readaptação e um novo começo, sobretudo para os alunos do primário que estão começando a desenvolver o ciclo social.

“Foram praticamente dois anos que os alunos ficaram em casa isolados. Com isso, muitos desenvolveram ansiedade e o medo. Então, a questão social que o colégio proporciona é tão fundamental quanto a alfabetização”, finalizou.

 

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