Imagine uma criança andar de bicicleta com os olhos cobertos por uma venda; pense também como deve ser desafiante lançar uma bola a partir de uma cadeira de rodas. Experiências que demonstram o mundo dos paratletas foram vividas nesta quinta-feira (18) por cerca de 200 crianças do Programa Escola Total do núcleo Rebouças (Ponta da Praia).
Elas participaram do 2º Vivências Corporais no Universo da Pessoa com Deficiência, realizado pela Secretaria de Esportes (Semes). Divididas em duas turmas (manhã e tarde), os estudantes da rede municipal praticaram vôlei sentado, bocha, capoeira, atividade sensorial, ciclismo, recreação em cadeira de rodas e oficina de artes. A proposta é ajudar na construção de uma sociedade mais inclusiva.
“Essa é uma oportunidade única. Adorei andar de bicicleta”, disse Ana Clara Alves, de 13 anos, da escola Pedro II, que teve os olhos vendados e andou numa bicicleta dupla, guiada por um monitora.
Jair Santos, 11, da mesma escola, já havia participado da atividade no ano passado e escolheu seu esporte preferido. “Aprendemos muitas coisas aqui, mas gostei mais da capoeira”. No final, todos se abraçaram, bateram palmas e ganharam medalhas.
A iniciativa tem parceria com a Associação Abrindo Fronteiras para a Inclusão (AAFIN) e apoios da Associação Santista Paradesportiva (ASPA) e Sabesp.
Profissionais aprovam a experiência
O professor da Semes e treinador da equipe de paratletismo da Fupes, Eduardo Leonel destacou a importância de iniciativas como essa. “Eles entendem que as diferenças existem, mas com as adaptações, todos podem viver em igualdade”.
Uma turma de alunos da Unimes também participou do evento. Entre eles estava a vice-campeã mundial de judô, Maria Suellen Altheman. “Nunca tinha participado de algo como isso, com tantos esportes. Acrescenta muita na nossa carreira”.