O vereador santista Evaldo Stanislau (PT) rebateu as críticas feitas pela deputada estadual Telma de Souza (PT), em entrevista ao Jornal Enfoque do último dia 11 de fevereiro e reproduzidas no Boqnews do dia 14. A manifestação do parlamentar se deu agora porque estava em viagem a Genebra, na Suíça, para participar de duas atividades médicas incluindo a reunião do Comitê Assessor de Hepatites da Organização Mundial da Saúde.
A deputada havia dito que a postura do parlamentar, que renunciou à função de líder da sigla na Câmara e disparou contra a situação atual do partido, era “confusa” e que, se estivesse insatisfeito, “teria que sair”.
“É preciso ter muito cuidado e saber do que se está falando quando se pretende atingir outras pessoas”, ressalta Stanislau. De acordo com ele, na entrevista, “a ainda deputada estadual Telma de Souza cometeu o pecado da desinformação e, pior ainda, exibiu uma contradição galopante”. A referência é do trecho em que Telma afirma que ele “tem dois anos de PT”. “Errou feio: tenho 12 anos de PT e uma extensa militância pelo partido, o que muito me honra”.
A parlamentar ainda disse, na entrevista, que havia, no diretório, uma “unanimidade contra a postura do vereador”. “Quem sou eu para dizer para as pessoas terem humildade (…) Por mais que tenhamos muitos motivos para estarmos preocupados com os rumos do PT, nós temos grupos internos construídos com suor e sangue de muita gente para tratarmos destes assuntos. Não é assim que se porta”
Sobre estas afirmações, Stanislau diz que a deputada resolveu investir contra o seu protesto contra os rumos que o PT vem adotando na mesma entrevista em que diz que o partido ‘precisa de novos rumos’. “O que me leva a crer que a discordância da parlamentar dá-se simplesmente porque foi outra pessoa que protestou, que não ela própria… O patrimônio político importantíssimo da deputada poderia ser salvo desta contradição instantânea. Interessante é que diversas pessoas importantes do PT fizeram, na semana seguinte ao meu pronunciamento, as mesmas críticas que apresentei. A deputada pretende dizer a todos que eles têm que sair do partido, como fez comigo? Mesmo o Lula?”, continua.
Por fim, o vereador santista pontua: “É óbvio que podemos ter divergências. Mas, neste caso, e diante desta reação da ainda deputada, creio tratar-se de uma forma completamente diferente de enxergar a política e de uma forma diversificada de fazer política. Certamente, estamos diante de um conflito de gerações”.