Um centro histórico e cada vez mais festivo.
O 1º Festival do Imigrante, realizado sexta (4) e no final de semana, reforçou a marca da região como o principal ponto da Cidade para eventos ao ar livre, familiares e plurais.
Aliás, a diversidade cultural foi a grande marca da festa que homenageou os povos que colaboraram no desenvolvimento do Brasil.
O público de 15 mil pessoas curtiu os três dias de programação, com muita música, dança típicas, teatro, gastronomia.
Além de artesanato, oficinas culturais, mostra de cinema e espaço kids dentro do Museu Pelé e no entorno do Largo Marquês de Monte Alegre, no Valongo.
Neste domingo (6), último dia do festival, a coreografia empolgante do autêntico sapateado bávaro, apresentado pelo Grupo Folclórico Tirol, abriu a programação de danças típicas.
A exibição envolveu também o histórico das danças e dos trajes típicos, contando ainda com a participação do público.
O grupo, que existe há 33 anos, apresentou ‘Pantomima dos Lenhadores’; ‘Dança do Rio Reno’; ‘Pantomima do Ferreiro’ e coreografia simbolizando os moinhos de grãos.
Mais grupos
Na sequência, o Grupo Apolo de Danças Gregas, que demonstrou sua alegria em participar do festival por meio do depoimento emocionado de Augusto Cesar Vassilopoulos.
Depois foi a vez do Grupo Folclórico Caminos de España, do Centro Espanhol de Santos, subir ao palco.
Seguido da Escola Livre de Dança de Santos, que representou o Reino Unido com o premiado sapateado irlandês ‘Guardiões’.
As apresentações folclóricas foram encerradas com Portugal, representado pelos grupos Veteranos Apaixonados pelo Folclore e Típico Madeirense.
E show com Ana Carla, Wallace Oliveira (guitarra portuguesa) e Sérgio Borges (viola de fado).
A última atividade do dia foi a encenação do espetáculo A Branca de Neve, a cargo do Grupo Hora de Brincar.
Já que em razão do mau tempo o show da Banda King of the Queen teve que ser cancelado.
Bonde e oficinas
As duas edições do Bonde Brincar saíram lotadas.
Os veículos com contação da história ‘Santos, um porto de contos’, a cargo de Camila Genaro, contou ainda com brincadeiras que se estenderam ao Espaço Kids, em frente ao Museu Pelé.
Gabriel Paiva, de 6 anos, entrou no clima japonês e fez a saudação típica, inclinando o corpo para a frente.
Assim, cumprimentando as professoras da oficina de origami, realizada no museu.
“Sou faixa branca no judô e a gente se cumprimenta assim”, foi logo explicando.
Gabriel estava ao lado da irmã Sarah, de oito anos, que também tem a mesma graduação no esporte.
Sob os olhares da avó Regina, os dois seguiram direitinho o passo a passo e as orientações das professoras.
E saíram orgulhosos com a dobradura do tsuru.
Marina Yoshida relembrou a técnica e disse que há cerca de 20 anos não fazia a dobradura.
Ainda no Museu Pelé foram realizadas oficinas de shodô, mangá, danças circulares e flamenco.
Neste domingo, na mostra de filmes clássicos, que ocupou o auditório do museu, foram apresentados ‘Fale com ela’, drama de suspense dirigido pelo espanhol Pedro Almodóvar; ‘Capitães de Abril’, ficção histórica baseada no golpe militar que terminou com a ditadura salazarista em Portugal; e ‘A Viagem de Chihiro’, produção japonesa e considerado um dos melhores filmes de animação de todos os tempos.
Satisfeito com a participação do público e com repercussão da 1ª edição do Festival do Imigrante, o secretário municipal de Turismo, Odair Gonzalez, disse que o evento veio para ficar.
“Nosso desejo é que o festival possa ocupar mais espaços. Assim, ter atrações de ainda mais países no ano que vem”.