Funcionários continuam vulneráveis nas estações do VLT | Boqnews
Rom Santa Rosa/Arquivo

Mobilidade

02 DE OUTUBRO DE 2017

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Funcionários continuam vulneráveis nas estações do VLT

Algumas estações são livres, permitindo o acesso de qualquer um, além dos riscos de furtos tanto para passageiros, como para funcionários

Por: Da Redação

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Em março a equipe do Boqnews percorreu todo o trajeto do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que interliga as cidades de Santos e São Vicente. Usuários enfatizaram alguns pontos que o serviço deixa a desejar, como a segurança. Ademais, a Reportagem observou a vulnerabilidade dos funcionários que cobram as passagens e muitas vezes recebem em dinheiro, assim como a ausência de banheiros e bebedouros para os mesmos.

Sete meses se passaram e praticamente nada mudou. Usuários do serviço elogiam o conforto e limpeza tanto nas 15 estações quanto no interior dos veículos, mas questionam a falta de segurança.

Preocupado, o aposentado Adalberto Alves, de 60 anos, indaga sobre a exposição dos cobradores. “Deveriam colocar uma cabine para que os funcionários que recebem o dinheiro dos passageiros ficassem mais seguros. Será que vão esperar acontecer alguma coisa mais grave para isso mudar?”.

Esses funcionários em questão — em sua maioria mulheres — ficam em bancos e cadeiras de plástico próximos às catracas que dão acesso às estações, muitas vezes com uma bolsa na qual colocam o dinheiro que recebem dos passageiros. Sem proteção, mantêm contato direto com quem transita pelo local.

“Acho que deveria ter um segurança em cada estação para garantir maior tranquilidade aos passageiros e cobradoras, que não têm sequer um cabine para trabalhar. As estações fechadas, como a Ana Costa, parecem ser mais seguras. Nas demais, alguém de má fé pode entrar sem pagar. É fácil!”, diz a administradora de empresas, Patrícia Abreu, de 37 anos.

Realmente, algumas estações, como a Mascarenhas de Moraes (São Vicente) e Conselheiro Nébias (Santos) contam com uma estrutura de vidro que isola e protege as estações, permitindo, apenas, o fluxo de passageiros que percorreram ou percorrerão o trajeto do VLT, porém outras como a Pinheiro Machado (Santos), e José Monteiro (SV), permanecem abertas, facilitando o acesso sem o pagamento da passagem.

De forma informal, a Reportagem abordou uma funcionária para saber se tinham bebedouros nas estações e a resposta foi negativa. “Quando sentimos sede informamos e eles nos enviam a água”, comentou.

A advogada atuante na área de Direito Trabalhista, Carolina Zanella, salienta que que isto “fere a dignidade humana”.

Sobre denúncias, Carolina informa que devem ser feitas no Ministério do Trabalho e Emprego que em Santos fica à Praça José Bonifácio, 53, no Centro, ou pela internet, no site portal.mpt.mp.br, que possibilita denúncia anônima.

Assim como na edição do Boqnews publicada em março, a equipe entrou em contato por telefone e e-mail com o Consórcio BR Mobilidade, porém até o fechamento desta edição, a empresa que opera o serviço não se manifestou a respeito dos assuntos questionados.

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