A Fundação Florestal (FF), órgão vinculado à Secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Estado de São Paulo, retirou 258 árvores de uma espécie exótica que está ameaçando os manguezais nativos, no entorno de unidades de conservação (UC) no Parque Estadual da Serra do Mar e no Parque Estadual Xixová Japuí.
Sendo assim, a remoção ocorreu ao longo do Rio Perequê, perto da Ilha dos Amores. A FF pretende avaliar se há outras na região para realizar o monitoramento contínuo da área.
A Sonneratia apetala tem origem indo-malaia e possui alta adaptabilidade. Assim como, pode atingir entre 15 e 20 metros de altura e entre 20 e 30 centímetros de diâmetro. Desse modo, acarretando vantagens competitivas sobre as espécies nativas e ameaçando a integridade dos manguezais.
A proliferação dessa planta pode alterar a estrutura do ecossistema, prejudicando a biodiversidade nativa e comprometendo os serviços ecossistêmicos. A rápida resposta e a implementação de estratégias eficazes são cruciais para preservar a biodiversidade dos manguezais brasileiros e impedir a sua propagação. Em parceria entre o Ibama e pesquisadores da fundação, houveram vistorias em campo. Portanto, que constataram a gravidade da situação para adoção de medidas de Detecção Precoce e Resposta Rápida (DPRR) e realizar a remoção desta espécie dos locais afetados.
O manejo da espécie ocorre por meio da supressão, de acordo com o protocolo desenvolvido pela equipe do Programa de Gestão Integrada de Manguezais da FF e pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O documento orienta que as árvores sejam cortadas com auxílio de motosserra. E que os tocos sejam recobertos com lama para sufocar a planta e garantir que não nasça novamente. Já nas árvores que forem encontrados frutos, estes sejam removidos manualmente e descartados de maneira correta.
Sobre o Programa de Gestão Integrada de Manguezais
Instituído no dia 26 de julho, considerado o Dia Internacional dos Manguezais, a iniciativa tem como objetivo a conservação, recuperação, valorização e ampliação do conhecimento sobre os manguezais das unidades de conservação costeiro-marinhas sob gestão da Fundação Florestal. Além disso, ocorrem ações de monitoramento, manejo de espécies exóticas e invasoras e educação ambiental, dentre outras.
Sobre os manguezais
Desse modo, os manguezais são ambientes estuarinos (ambientes aquáticos de transição entre o mar e um rio) reconhecidos pela ampla capacidade de fornecer serviços ecossistêmicos essenciais para a manutenção da vida marinha e terrestre. Além de sua importância para as comunidades caiçaras, também são aliados no enfrentamento das mudanças climáticas. Sendo assim, principalmente pela sua alta capacidade de sequestro e estoque de carbono.
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