Lei de Uso e Ocupação do Solo deve levar em consideração as mudanças climáticas | Boqnews

Adriano Liziero - geógrafo

20 DE JUNHO DE 2022

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Lei de Uso e Ocupação do Solo deve levar em consideração as mudanças climáticas

O geógrafo e professor Adriano Liziero ressaltou a importância da disciplina para melhorar a qualidade de vida da população e resolver problemas do cotidiano

Por: Fernando De Maria

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Você sabia que ao entender os espaços geográficos é possível monitorar o desenvolvimento das cidades?

E como a Geografia permite fazer uma associação direta entre o meio ambiente e a qualidade de vida da população?

Além disso, como as mudanças climáticas devem andar de mãos dadas com a elaboração da revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo?

Estas são algumas formas onde é possível identificar a importância da geografia no nosso cotidiano.

Disciplina, aliás, nem sempre valorizada pelos currículos escolares, seja pela falta de profissionais no interesse em lecioná-la, seja na tradicional ‘decoreba’ a qual estudantes, especialmente no Ensino Médio, costumam lidar.

Aliás, com objetivo único: prestar vestibular e não ‘zerar’ em Geografia.

Aliás, a importância da disciplina poderia ser plenamente adotada para embasar as discussão da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, objeto de audiência pública na próxima terça-feira (28), na Câmara de Santos.

“O conhecimento espacial de uma cidade permite que tenhamos uma visão mais clara das mudanças a serem sugeridas”, destaca o geógrafo, professor e produtor do canal Geopanoramas, Adriano Liziero.

Em seu canal nas redes sociais, Liziero atrai milhares de seguidores interessados em debater a relação da geografia com o nosso cotidiano.

Seu mais recente vídeo mostra a triste realidade habitacional da Baixada Santista onde a periferia se amplia em áreas protegidas ambientalmente.

Sem contar, a futura expansão portuária, como o sítio Conceiçaozinha, em Guarujá.

“Porto e as cidades devem andar juntas, pois estão interligados geograficamente”, enfatiza.

Confira o vídeo.

https://fb.watch/dMD_RAr-s4/

Meio ambiente

Não bastasse, o profissional enfatiza a necessidade da futura Lei de Uso e Ocupação do Solo levar em consideração as alterações climáticas que já afetam diretamente as cidades litorâneas,  especialmente as da Baixada Santista.

Liziero participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias de hoje (20).

O geógrafo e professor Adriano Liziero defendeu a participação de especialistas na área ambiental para analisar os impactos que as mudanças climáticas terão em Santos, mas também nas demais cidades da região. Foto: Jornal Enfoque/Manhã de Notícias

Baixada Santista

“A Baixada Santista será uma das regiões mais atingidas, especialmente entre a população mais pobre”, enfatiza.

Na semana passada, com a alta da maré, bairros da Zona Noroeste, amanhecerem alagados, ainda que nem tivesse chovido.

Além disso, situação semelhante ocorreu na Ponta da Praia e ruas do Boqueirão, em razão da alta da maré em decorrência das ressacas.

“As mudanças climáticas irão se intensificar. É necessário que os especialistas que lidam com o assunto também participem deste debate (Lei e Uso do Solo)”, enfatiza.

Liziero explica que existem técnicos na Prefeitura ligados à seção de Mudanças Climáticas, da Secretaria de Meio Ambiente, que devem ser consultados para discussão sobre as mudanças na legislação.

Aliás, o primeiro item do documento elaborado pelo grupo e lançado em janeiro passado refere-se justamente ao item planejamento urbano sustentável e meio ambiente.

“Empreendimentos de alto padrão serão construídos na Ponta da Praia, uma das regiões mais afetadas pelas alterações”, salienta.

Assim, na mesma linha, segue a proposta do Parque Palafitas, projeto da Prefeitura de Santos que prevê a remodelação da maior favela da palafitas do Brasil, no Dique da Vila Gilda.

O prefeito Rogério Santos (PSDB) apresentou proposta durante evento internacional na França, no final do mês passado.

A ideia é construir moradias no mesmo local onde as famílias já residem.

Assim, evitam-se alterações dos atuais locais de residência dos moradores e os respectivos deslocamentos.

Confira o programa completo

 

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