Para cada 100 menores de 14 anos, Santos tem 140 idosos, diz estudo do Seade | Boqnews
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Índice de envelhecimento

06 DE JULHO DE 2022

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Para cada 100 menores de 14 anos, Santos tem 140 idosos, diz estudo do Seade

Entre os 20 maiores municípios paulistas, Santos é o que tem a maior proporção de idosos na comparação com menores de 14 anos.

Por: Da Redação

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Santos, no litoral paulista, tem uma média de 140 idosos – acima de 60 anos – para cada 100 menores de 14 anos.

O índice é 61% superior à média paulista.

Trata-se do município com o maior percentual proporcional da população acima de 60 anos na comparação com os mais jovens.

Números dentro da comparação entre as 20 maiores cidades paulistas.

Ou seja, a pirâmide populacional da Cidade tem sua base cada vez mais reduzida e seu topo aumentado.

Isso se reflete, por exemplo, na oferta de vagas em escolas.

Por exemplo, na comparação da população em idade escolar (até 17 anos) com os demais grupos populacionais, esta proporção é de 24,1%.

Ou seja, menos de 1/4 dos santistas estudam nos ensinos infantil, fundamental e médio – dados de 2020.

Em 2030, a tendência é de meros 23,7%.

O índice é o menor entre todas as cidades da Baixada Santista.

Em alguns casos, a diferença supera 15 pontos percentuais como Bertioga, com índice de 39,2%.

80ª colocação

Entre os 645 municípios paulistas, a Cidade ocupa a 80ª colocação – todas elas bem menores que a maior cidade do litoral paulista.

A ponto das cidades paulistas com menor porte – com população inferior a bairros santistas, inclusive – terem proporcionalmente uma relação maior entre crianças e pré-adolescentes que idosos.

Casos de Santa Fé do Sul (32.563 moradores), Bálsamo (9.209) e Saltinho (8.393), por exemplo.

A líder no estado é a pequena Santana da Ponte Pensa, na região de Jales, com proporção de 281,33%, e população de 1.500 moradores.

No conjunto dos 271 municípios com menos de 10 mil habitantes, 60% apresentam índice de envelhecimento superior a 100%, indicando maior presença de idosos o que jovens.

No entanto, entre aqueles com mais de 50 mil (139) somente 33% exibem esse perfil.

Caso de Santos, por exemplo.

Os dados fazem parte do mais novo estudo divulgado hoje (6) pela Fundação Seade sobre o envelhecimento demográfico no Estado de São Paulo.

Santos tem índice de envelhecimento de pouco mais de 140% em relação aos menores de 14 anos. Foto: Divulgação

Baixada Santista

Pelo estudo, entre as cidades da Baixada Santista, apenas Santos tem um número de idosos superior ao de menores de 14 anos.

As demais têm indicadores bem inferiores.

Na relação entre 80 idosos para 100 crianças e pré-adolescentes estão as cidades de Itanhaém (82,51%), Mongaguá (83,92%) e São Vicente (81,51%).

A menor relação ocorre em Bertioga, o mais novo município do litoral paulista, com índice de 45,25%.

Entre as maiores cidades paulistas nenhuma chega perto de Santos na relação idosos x crianças/pré-adolescentes.

A mais próxima é São José do Rio Preto, com 116,63% no índice de envelhecimento.

Tendência

Conforme o levantamento, o processo de envelhecimento demográfico no estado de São Paulo é reflexo das mudanças na taxa de crescimento.

Enquanto a taxa anual do aumento da população era de 2,2% entre 1950 a 2022, houve um crescimento expressivo da população de idosos de 4,4% para 16,2% no período.

Equivalente a 7,313 milhões de pessoas acima de 60 anos em 2022.

A previsão é que em quatro anos sejam 8,3 milhões.

Além disso, as mulheres se destacam a medida que a idade avança.

Entre 60 a 64 anos, elas representam 53,6%.

A partir dos 80 anos, a concentração chega a 63,3%.

Dessa forma, a relação do gênero diminui de 84,2 homens para cada 100 mulheres de 60 a 64 anos, chegando a 58,1 entre a população acima de 80 anos.

Por exemplo, são 572.792 mulheres e 332.734 homens nesta faixa etária.

A diferença decorre da maior sobrevivência feminina.

Números no estado

Segundo projeções da Fundação Seade, para este ano existem 86,7 idosos (60 anos ou mais) para cada 100 crianças e jovens (até 14 anos) no Estado.

Na metade do século passado, o índice de envelhecimento era de 11,6%, crescendo lentamente até o início deste século, e chegando a 34,1%.

Nos últimos 22 anos, essa relação ampliou-se 2,5 vezes devido à queda da fecundidade e maior sobrevivência da população.

 

 

 

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