O volume acumulado de chuva neste mês de julho é o maior dos últimos 15 anos. A informação é da Defesa Civil que registrou um índice pluviométrico de 260 mm, na cidade, no período de 1° de julho até esta quarta (29). A previsão é a de que esse índice supere os 270 mm, já que a frente fria estacionada na região continua ocasionando pancadas esparsas de chuvas e deve permanecer até o final da semana.
“Até então a média acumulada nos últimos 15 anos, nesse período, era de 102 mm, mas este mês de julho tem sido atípico e superou todas as expectativas”, ressaltou o chefe da Defesa Civil, Emerson Marçal. Ele lembrou que em julho de 2008 praticamente quase não choveu, mas neste ano julho superou até os meses tradicionais de chuva como janeiro, fevereiro e março, que normalmente se caracterizam por chuvas fortes. “Tanto que o PPDC (Plano Preventivo de Defesa Civil) para os morros envolve o período de dezembro a abril”.
Uma curiosidade, porém, é a de que apesar das fortes pancadas de chuva o índice pluviométrico das últimas 72 horas registrou um total de 67 mm, um patamar normal, uma vez que o nível de atenção se inicia quando a quantidade de água acusa 100 mm.
OCORRÊNCIAS
Apesar das fortes chuvas, o órgão não registrou ocorrências de maior gravidade. Ontem, por exemplo, por volta das 13h, ocorreu deslizamento na encosta do Morro da Nova Cintra. Blocos de pedras, terra e árvores atingiram a Rua 18 e derrubaram um poste de energia elétrica, mas não houve vítimas.
A Defesa Civil, o Dear-M (Departamento da Administração Regional dos Morros) e a CPFL isolaram a área para desobstruir a via. Já na terça-feira de manhã (28), uma casa que corria risco de desabamento na encosta da Rua Particular São Jorge, 96, na Caneleira, foi demolida pela Defesa Civil. A família já havia sido removida da área de risco uma semana antes.
Os moradores dos morros devem tomar algumas precauções em razão das chuvas. Os sinais de perigo são: presença de água barrenta, rachaduras, trincas, tremor, acúmulo de lixo nas encostas, entre outras. Em situações como essas, os moradores devem ligar imediatamente para a Defesa Civil pelo telefone 3208-1000, que funciona 24 horas.