Legados de pais para filhos refletem-se no empreendedorismo | Boqnews
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Dia dos Pais

12 DE AGOSTO DE 2018

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Legados de pais para filhos refletem-se no empreendedorismo

Os comércios, Barraca Quero Peixe e a distribuidora Big Z Bebidas são alguns dos legados transmitidos de pai para filho

Por: Da Redação

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Ser pai é ser amigo, ser pai é também ser irmão. Pai é aquele quem cria, que ensina os valores éticos e sociais. Que propicia enxergar todas as belezas que o mundo proporciona, mas também mostra que o caráter é o maior legado que algum filho ou filha podem carregar.

Muitas vezes quando o pai têm uma empresa, ele espera que seu legado seja mantido pelo seu herdeiro. Às vezes, os caminhos escolhidos pelos filhos são outros, em busca de novos ares e desafios.

Contudo, em outros casos, o filho continua o trabalho iniciado pelo pai, seja em qualquer profissão.

Quero Peixe

Abrir um negócio requer muito esforço e sacrifício e na família Alvarez não foi diferente. Desde 1978 na Av. Afonso Pena, 269, o surgimento da Barraca Quero Peixe já estava fadado ao sucesso. Hoje, o negócio é dirigido pelos irmãos gêmeos Gustavo e Guilherme Alvarez da Silva, de 25 anos.

Antes de assumirem o comércio, a família dos gêmeos já estava engajada no ramo. O pai, Celso Luíz Bueno da Silva, precisou passar por diversos empregos até conseguir comprar a licença e montar o ponto comercial.

Antes da compra do negócio, os avós de Gustavo e Guilherme trabalhavam com a venda de camarões. “Meus avós trabalharam lá. E, depois de uns anos, meu pai assumiu até se aposentar”, relata Gustavo.

Quando pais e filhos estabelecem que trabalharão juntos, o relacionamento tende a melhorar de diversas maneiras. Entretanto, trabalhar em família requer paciência. “Existem altos e baixos. É desafiador, porém quando se fala da Barraca Quero Peixe nos unimos para querer o melhor sempre”, afirma Gustavo.

Futuro

Durante os 40 anos que o comércio existe, os familiares trabalharam em atividades paralelas. Durante pouco mais de três décadas, os avós tocaram o negócio. Após esse período, Celso e o filho Guilherme dirigiram o Quero Peixe por três anos.
Todavia, com a aposentadoria do pai, Guilherme chefiou as vendas do negócio durante três anos.

Barraca onde Guilherme e Gustavo trabalham, antes era gerenciada pelos avós e pais (Foto: Divulgação)

Após esse período, seu irmão, Gustavo, adentrou ao comércio familiar, onde estão juntos até hoje.

Entretanto, antes de assumir o comércio ao lado do irmão, Gustavo salienta que desde pequeno trabalha com comércio. Com isso, acabou desenvolvendo a paixão por culinária, além da mecânica.

Devido à paixão gastronômica, ele administra uma micro-empresa de empadas – em paralelo ao trabalho familiar – a Godiine’s Empadas. Segundo Guilherme, a intenção era fazer faculdade. No entanto, a principal fonte de renda está vindo da barraca, reconhece. Portanto, segundo ele, a intenção é continuar trabalhando no comércio, para, assim, transferi-lo para as próximas gerações.

Guilherme concorda com o irmão, afirmando que pretende continuar o legado familiar no negócio. Ele ainda ressalta que a intenção é manter o foco e crescer junto ao empreendimento. “Pretendo continuar e talvez fazer o que meu pai fez por mim para o meu filho(a)”, disse.

Outros caminhos

Pais incentivadores normalmente encorajam seus filhos a traçarem os melhores caminhos e superarem seus desafios. Nem sempre eles desejam que os filhos assumam seus postos e dêem continuidade aos seus projetos.

Entretanto, muitas vezes, eles zelam para os filhos criarem identidade própria em busca da realização dos próprios sonhos.

Esse é o caso de Guilherme Campos, de 49 anos, e seu filho Luiz Campos, de 21 anos, que até então compartilham de uma rotina bem parecida. Ambos trabalham e compartilham de responsabilidades na distribuidora de bebidas e gelo, Big Z Bebidas, na Ponta da Praia.

Tudo começou em 2016, quando a esposa de Guilherme, ficou desempregada. Durante essa época, Zaira Sena teve a ideia de abrir um empreendimento que fizesse distribuição de gelo. Guilherme, além de abraçar o conceito, ajudou a aperfeiçoar o esboço do projeto, passando a englobar bebidas em seus serviços. E o negócio de família reforçou os laços de pai e filho.

Guilherme e Luiz Campos: rotina compartilhada na distribuidora de bebidas familiar (Foto: Divulgação)

Assim, Luiz explica que antes existiam momentos em que seu pai se ausentava tanto, que ficava sem vê-lo por dias. E hoje, além de se verem diariamente, conversam muito mais do que antes, reforçando a relação.

Futuro diferente

Luiz diz que não se incomoda em ter que cuidar da loja, mas que não pretende levar adiante o comércio. O estudante de design pretende seguir a sua futura formação. ”Não vejo problema em cuidar da loja caso exista uma necessidade, mas quero explorar outras áreas. Não acho que nasci para ficar atrás do caixa ou para cuidar de finanças”, diz

O pai entende da mesma forma. ”Não acho que aqui seja o bastante para ele, principalmente se tratando da área que ele quer seguir.”. A loja também trabalha com o preparo de petiscos e churrascos, reforçando o ambiente tipicamente familiar.

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