Leitos privados para o Covid devem ser preenchidos antes que os da rede pública | Boqnews
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Coronavírus

05 DE MAIO DE 2020

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Leitos privados para o Covid devem ser preenchidos antes que os da rede pública

Santos tem 661 leitos, sendo 330 da iniciativa privada e 331 do setor público, voltados para o Covid-19. Outros 200 leitos poderão ser criados

Por: Fernando De Maria

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Os leitos privados em hospitais para o COvid-19 deverão ser preenchidos antes que os da rede pública em Santos.

O alerta é o do secretário de Saúde, Fábio Ferraz, que vem acompanhando diariamente os gráficos com ocupação dos leitos hospitalares disponíveis para o Covid-19.

A cidade tem uma oferta de 661 leitos nas redes pública e privada exclusivos para o Covid-19, sendo 330 da iniciativa privada e 331 na rede pública.

Ao todo, são 428 leitos de clínica médica.

E outros 233 de UTIs, sendo 200 adultos e 33 infantis.

Nesta terça (5), a ocupação na rede particular já atinge 83% dos leitos.

Número bem acima da média no Poder Público, via SUS (Sistema Único de Saúde), em 57% na mesma data.

“Isso preocupa muito. É algo que chama a atenção”, ressalta.

“Espero que a saúde suplementar (setor privado) se estruture internamente para ofertar aos clientes a melhor condição possível em leitos de urgência e emergência. Se o cidadão não for atendido, irá para o setor público”, enfatiza.

 

Planos de saúde

A ocupação de leitos hospitalares em hospitais filantrópicos e privados decorre do elevado número de pessoas com planos de saúde na Cidade.

Os três maiores planos de saúde da região somam 325 mil usuários (Unimed de Santos/Plano de Saúde Santa Casa e Ana Costa), segundo a ANS – Agência Nacional de Saúde

Ferraz cita parcerias firmadas, como a cessão pela United Health – do grupo Amil – do prédio do Hospital Vitória, na Vila Belmiro, que poderá ser usado como hospital de campanha, com capacidade para 130 leitos, sendo 113 de enfermaria e 17 de UTIs.

Assim, a ação pioneira motivou o grupo americano a firmar parcerias com outras prefeituras, com de Londrina (PR), Sumaré (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

No entanto, todo o funcionamento dependerá do crescimento da demanda de casos e, é claro, recursos do Estado e da União para bancar as futuras despesas.

Por sua vez, pedidos já foram feitos, mas as verbas não chegam na mesma proporção.

“Há ajuda, mas os recursos são insuficientes”, relata.

Assim, caberá ao Município, se necessário, bancar estas eventuais despesas extraordinárias.

 

Alguns leitos ainda estão vazios, mas autoridades temem crescimento repentino de casos. Foto: Divulgação

 

Outra possibilidade

Outra iniciativa que poderá ser adotada, caso haja aumento da demanda, ocorre com a Unimed Santos.

A empresa colocou à disposição uma área em terreno na Vila Mathias, onde a empresa planeja construir seu futuro hospital.

Além disso, o local poderá abrigar um outro hospital de campanha, com condições de oferecer 28 leitos, sendo 3 para UTIs.

Aliás, os custos de manutenção da estrutura do espaço ficariam por conta da empresa e os funcionários contratados por parte da Prefeitura.

De acordo com Ferraz, se necessário, a Cidade poderá oferecer, ao total 860 leitos exclusivos para o Covid-19, 200 a mais que a capacidade atual, provenientes do Hospital Vitória, da UPA Central e da Unimed Santos.

Dessa forma, estes locais serão abertos a medida que houver demanda de pacientes em casos mais graves, que necessitem de leitos de enfermaria ou UTIs.

 

De outras localidades

Não bastasse, crescem os casos de pacientes provenientes de outras localidades que necessitam de atendimento em hospitais em Santos.

Aliás, somando os hospitais público e privado, 54% dos leitos hoje são ocupados por moradores de Santos e 46% de outras cidades.

Dos 331 leitos oferecidos na rede pública de Santos para o Covid-19, 73 são do Hospital estadual Guilherme Álvaro, de âmbito metropolitano.

Ou seja, são 46 de clínica médica e 27 de UTI.

Ou seja, entre os leitos públicos oferecidos em Santos,  22% de caráter metropolitano e 78% voltados, teoricamente, para moradores de Santos.

Assim, de cada 10 leitos públicos em Santos, 8 são municipais e 2 estaduais.

 

 

Preocupação

Dessa forma, o secretário alerta que o Município tem duas características próprias que preocupam.

O alto grau de verticalização, com concentração de pessoas no mesmo espaço, e o elevado número de idosos, que ultrapassam 20% da população.

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