Padilha: “Lula não deixará portos de Santos e São Sebastião serem privatizados” | Boqnews
Foto: Jornal Enfoque/Manhã de Notícias

Administrações portuárias

18 DE JULHO DE 2022

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Padilha: “Lula não deixará portos de Santos e São Sebastião serem privatizados”

Ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha falou ainda sobre os problemas no Ministério da Saúde.

Por: Fernando De Maria

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Previstas para ocorrerem em dezembro, após as eleições presidenciais, as privatizações das administrações portuárias de Santos e São Sebastião podem não sair do papel.

Afinal, em uma eventual vitória do ex-presidente Lula, os leilões não serão homologados, inviabilizando ambos negócios.

Portanto, esta hipótese é real se este cenário ocorrer nas eleições de outubro.

A informação é do ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT).

Ele participou do Jornal Enfoque – Manhã de Notícias de hoje (18), onde descartou a hipótese do ex-presidente referendar ambas as privatizações previstas no governo Bolsonaro, caso vença as eleições.

“Lula não vai deixar os portos de Santos e São Sebastião serem privatizados”, enfatizou.

Padilha diz que se reuniu com sindicalistas e integrantes da Federação Nacional dos Portuários em encontro com ex-presidente Lula.

Os trabalhadores reivindicaram ao ex-presidente a garantia de que o processo de desestatização de ambas as administrações  portuárias não ocorrerá em uma eventual vitória de Lula.

“Ele assumiu o compromisso em ser contrário à privatização das autoridades portuárias de ambos os portos”, salientou.

“E quem apostar nisso (desestatização) vai estar dando um tiro pela culatra”, enfatizou.

Padilha também se diz “totalmente contrário” à privatização de administrações portuárias, como ocorre na ampla maioria dos países, como nos Estados Unidos, na Europa e em outros países capitalistas, socialistas e comunistas.

Houve apenas uma exceção, em um porto na Austrália, cujos resultados não foram animadores.

“Um porto não pode ser administrado por um ente privado. Tem que ser um ente público para administrar o interesse público”, salientou.

Ex-ministro Alexandre Padilha garante que o ex-presidente Lula não acatará eventual desestatização dos portos de Santos e São Sebastião. Foto: Jornal Enfoque/Manhã de Notícias

PEC 

Padilha explicou também as razões de até a oposição, inclusive ele, ter votado a favor da PEC dos Benefícios (ou Kamikaze, como prefere a oposição), considerada por Padilha como “uma operação boca-de-urna” pelo fato de ter prazo para terminar, ou seja, até o fim de dezembro.

Conforme Padilha, um eventual governo Lula manterá o valor do benefício.

“Ele vai cuidar do povo mais pobre nos quatro anos do seu governo e não apenas às vésperas das eleições”, salientou.

Nesta segunda (18), o partido Novo apresentou ação contra a PEC, aprovada na semana passada pela Câmara dos Deputados, no Supremo Tribunal Federal.

A medida prevê aumento nos gastos de R$ 41,2 bilhões, não previstos no orçamento (por isso, a votação via PEC – Projeto de Emenda Constitucional).

A decisão valerá de 1º de agosto a 31 de dezembro deste ano.

O texto prevê um aumento de R$ 200 no Auxílio Brasil até dezembro.

Assim, o novo valor passaria para R$ 600.

Além disso, a PEC propõe um auxílio até dezembro de R$ 1 mil para caminhoneiros, vale-gás de cozinha e reforço ao programa Alimenta Brasil.

E ainda: parcelas de R$ 200 para taxistas, financiamento da gratuidade no transporte coletivo de idosos e compensações para os estados que reduzirem a carga tributária dos biocombustíveis.

Saúde

Ex-ministro da Saúde (2011-2014) no Governo Dilma Rousseff, o deputado federal enfatizou o amplo trabalho que a pasta terá se reorganizar.

Como o caso de campanhas de vacinação, praticamente interrompidas.

“Quando fui ministro, chegamos a vacinar 20 milhões de crianças em um final de semana. Há necessidade de buscas ativas e campanhas em massa”, salienta.

Além disso, ele enfatizou a necessidade também da reorganização da área da saúde mental, cujo quadro piorou especialmente em razão da pandemia.

“Um dos grandes compromissos dos próximos quatro anos é  fortalecer os CAPs (Centro de Apoio Psicossocial), telessaúde e mecanismos preventivos de saúde mental”, destacou.

Dessa forma, indagado se ele aceitaria voltar para a pasta, Padilha desconversou.

“Minha responsabilidade é ser reeleito deputado federal.  Antes precisamos garantir que as eleições aconteçam no Brasil”, salientou, mostrando sua preocupação com o atual cenário político, que tende a se acirrar.

“A democracia corre risco”, reconhece.

No entanto, assim como o ex-presidente, Padilha usa metáforas futebolísticas para mostrar que o PT está preparado para vencer no primeiro ou no segundo turno, ao comparar que uma partida de futebol tem dois tempos também.

Vice de Haddad?

Dessa forma, na entrevista, Padilha defendeu que o nome do (a) vice do pré-candidato ao governo do Estado, Fernando Haddad, seja uma mulher e, de preferência, do interior.

Afinal, apesar de liderar as pesquisas, Haddad tem menor preferência do eleitorado no interior paulista que na Capital.

Assim, não se descarta o nome de Lu Alckmin, ex-primeira-dama do Estado e esposa de Geraldo Alckmin, hoje no PSB.

Porém, Padilha não confirma – nem descarta.

No entanto, o perfil citado por ele coincide com a esposa do provável vice de Lula à presidência da República.

Em junho, porém, Lu Alckmin havia descartado qualquer possibilidade de disputar um cargo público nestas eleições.

 

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