Manejo preventivo em árvores de Santos evita queda de ingazeiros em temporal | Boqnews
Foto: Nathalia Filipe/PMS

Cidades

24 DE FEVEREIRO DE 2023

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Manejo preventivo em árvores de Santos evita queda de ingazeiros em temporal

Poda busca deixar copas mais leves e árvores mais equilibradas para não tombarem

Por: Da Redação

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Mesmo com o temporal que registrou rajadas de ventos em Santos de até 139km/h, no último dia 15, a Prefeitura não registrou nenhuma queda de ingazeiro na Cidade, árvore predominante em vários bairros.

Contudo, somente no ano passado houve o registro de 143 ocorrências relacionadas a quedas de árvores em geral ou de galhos nas vias públicas.

O não tombamento de exemplares da espécie se deve a um programa de rotina da Prefeitura de análise de vegetais.

Com aplicação de medidas para evitar danos materiais e riscos à integridade física da população.

Na prática, trata-se de um trabalho preventivo que consiste em deixar as copas de árvores mais leves e equilibradas para dificultar riscos de queda.

Além disso, leva em conta a flora predominante na Cidade.

“Grande parte de nossa vegetação arbórea é de espécies não nativas. Plantadas há muitos anos quando ainda não havia estudos específicos sobre espécies adequadas. Por isso a importância desse trabalho”, explica o responsável pela Coordenadoria de Paisagismo (Copaisa), ligada à Secretaria das Prefeituras Regionais, Thiago Rocha Santana. Ele cita como exemplo o próprio ingazeiro, que não encontra aqui as melhores condições de solo para desenvolver as raízes.

Todo o manuseio de vegetal no Município possui acompanhamento por engenheiros agrônomos e segue laudos técnicos.

Atualmente, um dos quesitos relevantes para a poda de árvores é a incidência cada vez maior de eventos meteorológicos críticos como vendavais, explica o engenheiro agrônomo Ernesto Tabuchi, responsável pela equipe técnica da Copaisa.

“Não havia essa preocupação quando essas árvores foram plantadas, no início da década de 70. Com o desenvolvimento, na sua maioria de médio e grande porte (acima de 10 metros de altura), tem aumentado muito o risco para queda de árvores e galhos por ventos fortes ou rajadas.

Hoje optamos por uma diminuição maior da copa dessa espécie e só retornamos com uma poda completa após dois anos. Dessa forma, a Prefeitura conseguiu reduzir muito os acidentes com ingazeiros, que eram as quedas mais comuns”, explica o agrônomo.

No fim do ano passado, ocorreu a poda dessas espécies na Avenida dos Bancários (Ponta da Praia). “Inicialmente o aspecto não fica bonito, mas a árvore suporta esse tipo de manejo”.

Outros critérios fundamentais para garantir a saúde e a segurança das árvores e pessoas são o estado fisiológico em que se encontram os vegetais.

Assim como enfermidades e ataques de pragas, e também pelo vandalismo ou injúrias causados por pessoas sem cuidados e preocupação.

As plantas ainda sofrem conflitos com a infraestrutura urbana.

Portanto, como interferências com as redes de distribuição de energia, água, esgoto, gás e telecomunicações.

Assim como a sinalização de trânsito, como cobertura de semáforos e placas.

Dessa forma, o objetivo do manejo arbóreo é garantir a convivência adequada entre a população e as árvores no meio urbano.

Por ano, o Município recebe cerca de 1.500 solicitações para o manejo da arborização.

Desse modo, que variam entre pedidos de poda, condução de raízes, remoções e plantios.

Segundo o engenheiro agrônomo Ernesto Tabuchi, o atendimento não é feito de forma aleatória, mas baseado em vistoria prévia que leva em consideração critérios técnicos e legais.

“Ao solicitar uma intervenção, o munícipe pode perceber que o pedido não é atendido automaticamente, pois existe uma análise para avaliação das condicionantes desse pedido, e principalmente se pode ser realizado”, explica.

O serviço de manejo arbóreo ocorre o ano inteiro, e a poda ocorre em período preferencial.

Todavia, não exclusivo, nos meses mais frios, quando o metabolismo das árvores diminui, e apenas uma vez por ano, para que a espécie complete o ciclo vegetativo.

“O principal critério estabelecido numa poda comum dentro do meio urbano é a interferência com a iluminação pública, pois essa é uma reclamação recorrente, logo, a maior parte da copa das árvores é podada acima de fios e postes de iluminação, e as podas profiláticas quando são eliminados galhos podres, enfermos, atacados por pragas, como fungos e cupins”, explica Tabuchi.

Solicitações ou dúvidas a respeito de árvores devem ser encaminhadas para a Ouvidoria Pública, pelo telefone 162, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, ou através da Ouvidoria Digital ou pessoalmente, no Paço Municipal (Praça Visconde de Mauá s/nº térreo).

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