Campanha de vacinação da febre amarela não atinge meta | Boqnews
Foto: Rom Santa Rosa posto de saúde

Saúde

27 DE FEVEREIRO DE 2018

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Campanha de vacinação da febre amarela não atinge meta

A campanha de vacinação da febre amarela não conseguiu atingir a metade do público-alvo esperado , o prazo se estendeu após boatos e mitos derrubarem a procura da vacina

Por: Da Redação

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A campanha de vacinação contra a febre amarela se estendeu em várias partes do estado de São Paulo. Por conta dos recentes dados divulgados pela Secretária Estadual de Saúde, especialmente na Baixada Santista. A nova previsão de prazo vai até 2 de março.

Campanha de vacinação

Durante a campanha de vacinação, 100 mil santistas já foram vacinados em Santos, mas índice permanece bem abaixo do ideal, segundo profissionais da Saúde

Mesmo com a intensificação e prolongamento da campanha – que deveria terminar no último sábado (17), a desinformação, agravada com os boatos nas mídias sociais, assusta a população. É provável que esse fator seja o principal motivo que está influenciando com que a campanha de vacinação tenha gerado uma procura pela vacina abaixo do esperado.

Assim acredita o médico infectologista Evaldo Stanislau, que também critica a atuação do próprio governo.

Segundo o profissional, os boatos só existem porque o governo se omitiu. ‘’Deveria ser convocado uma cadeia de rádio, TV, e propagandas massivas em rede sociais para desmentir, explicar e intensificar que a vacina é segura. Não devemos temer a vacina, mas a doença. Santos e o estado de São Paulo são áreas de risco, pois o vírus está circulando. Temos que evitar que ele se espalhe pela região”, destacou.

Outro fator que é um prejuízo para a campanha, de acordo com Stanislau, é a burocracia e o despreparo dos profissionais nos postos de saúde. “Idosos representam mais de 20% da população em Santos. Limitar a vacina para quem tem pressão alta ou diabetes é uma bobagem’’.

Em um momento como o atual, a campanha de vacinação deveria facilitar o acesso a vacina. “A permissão médica (para maiores de 60 anos) solicitada não deveria ser um requisito. Essa análise deveria ser feita momento antes da aplicação pela equipe de saúde local’’.

A meta da campanha de vacinação esperada para a Baixada Santista é baixa. O esperado era que cerca de 1,5 milhão de pessoas fossem imunizadas ao vírus. No entanto até o dia 19 apenas 352.375 mil pacientes foram vacinados, o que equivale a 23,1% da meta estipulada pelo governo.

orientações para campanha de vacinação

Quadro de contra indicações para vacinação

Somente em Santos foi calculado que pelo menos 420 mil pessoas deveriam ser imunizadas, porém até a quarta-feira (21), só 95.960 foram vacinadas, o que representa 22,8% dos moradores.

O aposentado Marcio Neves, de 79 anos, é uma das pessoas que faz parte do grupo de não vacinados. O idoso afirmou que não tomou a vacina por causa da orientação dada pelo seu cardiologista, “Consultei meu médico. Ele disse que se eu não fosse viajar para uma área de risco não seria necessário tomar a vacina”.

Apesar da orientação médica, Neves acredita que todo cuidado com o mosquito é pouco. ‘No momento estou tomando vitamina B12, usando spray contra o mosquito e passando repelente ’’.

O estudante de Direito, Guilherme Paz, de 17 anos, foi tomar a vacina na policlínica do Embaré na quinta-feira (22).  O jovem explicou que permanecia receoso por conta das divulgações de casos de pessoas que sofreram com o efeito adverso da vacina. E só foi ao posto se imunizar a pedido da mãe. “Na internet, as pessoas estão divulgando conteúdos que não dá para saber se são boatos”.

A jornalista Rosana Lina, de 44 anos, moradora de Bertioga, afirmou que já tomou a vacina anos atrás, mas estava com medo de levar a filha de 3 anos para se vacinar. Ela se baseou no caso do garoto que faleceu em Osasco, pois ele tinha a mesma idade que sua filha. Após pesquisar, Rosana explica que entendeu a importância da vacina e a levará para se imunizar.

Dúvidas comuns

O infectologista Evaldo Stanislau explica que a vacina fracionada aplicada tem duração de 8 anos. Após a validade há a necessidade de ser tomada novamente. Em casos de viagem para áreas de risco ou países que exigem, será necessário tomar a dose plena. Mas caso isso demore para ocorrer, ele recomenda que a pessoa seja vacinada com a dose fracionada. E depois, com a confirmação da viagem, voltar ao posto para tomar a dose plena. Para os pacientes que não lembram se já tomaram a vacina anos atrás, a indicação do médico é de que tome novamente.

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