Militares do 2º BIL estavam no Haiti na hora do terremoto e auxiliaram na reconstrução | Boqnews
Douglas Luan

Haiti

09 DE JANEIRO DE 2015

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Militares do 2º BIL estavam no Haiti na hora do terremoto e auxiliaram na reconstrução

Desde 2004, militares do Brasil atuam em missões de paz naquele país

Por: Da Redação

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Da esquerda para direita, os sargentos Bastos, Fonsceca, Neto e Ferreira: eles estavam no Haiti na hora do terremoto e ajudaram no início da reconstrução daquele País

Da esquerda para direita, os sargentos Bastos, Fonsceca, Neto e Ferreira: eles estavam no Haiti na hora do terremoto e ajudaram no início da reconstrução daquele País

O Exército Brasileiro conquistou, por meio de sua atuação, a admiração do povo haitiano. E isto é reforçado em demonstrações de carinho da população. Desde 2004, militares do Brasil atuam em missões de paz naquele país. No 2º Batalhão de Infantaria Leve (BIL), em São Vicente, há militares que estiveram em solo haitiano e viveram experiências que levarão para toda a vida.

Entre vários representantes das Forças Armadas brasileiras, quatro sargentos do 2º BIL estavam no Haiti no momento do terremoto. O 1º sargento Neto explica que a Missão da ONU que atuava para a restituição da paz no País registrava avanços significativos no período 2004-2010, quando o sismo devastou aquela nação. “Todos os avanços foram praticamente zerados”, relata.

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Mais do que a parte física, a estrutura cultural das pessoas não estava preparada para tamanho estrago, relatam. De acordo com o 2º sargento Ferreira, era difícil até organizar filas para distribuir água. O 2º sargento Bastos estava, no momento do sismo, em uma base destacada, que ficava em um forte com mais de 100 anos em Porto Príncipe.

“Como o terremoto aconteceu por volta de 17 horas (local), era o momento em que muitos de nós estávamos na área externa. Havia 170 homens aproximadamente, três morreram. A sensação é péssima, parece que o chão vai se abrir”, conta.

O segundo sargento Fonseca estava na sede da ONU no momento que tudo ocorreu. “Ouvia o estalo das vigas. Estava no térreo, corri para uma piscina que fica à frente do prédio e só esperei aquilo tudo cair nas minhas costas. A edificação ruiu para o outro lado”.

O controle dos corpos foi feito pelos brasileiros. “A cena de ver mães chorando pelas suas crianças, meninas mortas com o tererê no cabelo era muito forte”, observa Neto. Ele conta que pilhas de corpos eram montadas e incendiadas nas ruas, pois não havia lugares para o enterro. “As pessoas andavam pelas ruas sem saber para onde iam, sem rumo”, diz Ferreira

Carisma
Os tenentes destacam que os militares brasileiros conquistaram a confiança do povo haitiano por conta das características típicas do povo do País, impressas também na rotina do Exército. “Nós – mesmo com roupas pesadas e armamentos – interagíamos com as crianças. Podia ser um cumprimento, o toque numa bola. Os haitianos dizem que o soldado brasileiro tem carisma no olhar”, ressalta o 1º sargento Neto.

Sargento Ferreira detalha a mudança da missão desempenhada: “Saímos da fase da Missão de paz para a ajuda humanitária. Não são todos os Exércitos que estão preparados para isso. Muitos entendem de guerra, mas não estavam preparados para o importante trabalho de reorganização. O brasileiro é hospitaleiro e somos como o povo. Daí o reconhecimento e a confiança”.

 

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