As cerca de 500 pessoas inscritas nos cursos da Diretoria de Assistência Social (DAS) de Mongaguá estão tendo a oportunidade de transformar suas vidas. A chave para isso está no incentivo à geração de renda. Mais do que produzir artesanato, as atividades estão oferecendo novos horizontes – pessoais e profissionais – para muitas pessoas. Algumas já fora do mercado de trabalho há muito tempo e outras que, agora, estão ganhando o próprio dinheiro.
“Já trabalho como manicure. Vim para cá para me capacitar e, no ano que vem, vou montar meu próprio salão”, adiantou uma das alunas do curso de cabeleireiro, Helena Maria Pinheiro de Oliveira.
Por meio de diversas ações sociais como os programas Mongaguá Solidário e de Ação Integral à Família (PAIF), são oferecidos à população cursos gratuitos de pintura artesanal, artesanato, corte e costura, manicure e pedicure, cabeleireiro, informática e manutenção/informática. Antes centralizados, os cursos passaram a ser realizados na própria comunidade, nos centros de Referência em Assistência Social (CRAS) de Agenor de Campos e Vila Atlântica, além do próprio DAS, no Centro de Mongaguá.
Nas aulas, instrutores qualificados fazem a diferença, transmitindo aos alunos o que sabem de melhor. “Existe uma seriedade e um profissionalismo muito grande na formação desses profissionais”, revelou o professor do curso de cabeleireiro, Antônio de Pádua Silveira, que acumulou experiência no Exterior, tendo trabalhado em salões de Nova York (Estados Unidos) e Londres (Inglaterra).
O sentimento de que é possível abrir o próprio negócio e ganhar dinheiro também está presente entre os alunos do curso de manutenção/informática. Segundo o instrutor da atividade, Ednilson Nicássio, os estudantes recebem orientação sobre com montar e gerenciar uma lan house. “Também há a possibilidade de eles atuarem como prestadores de serviço, tanto na parte de hardware quanto software. Todos estão cheios de expectativas e de esperança.”
Transformações
Muitas vezes, as aulas também funcionam como uma verdadeira terapia. Cristina Aparecida Santos, por exemplo, revela que, ao freqüentar o curso de artesanato, muita coisa mudou. “Estava muito depressiva e desanimada. Não consigo arrumar emprego e aqui me sinto melhor, me sinto útil”, contou a dona-de-casa, que já faz planos para começar a vender o que produz em salões de cabeleireiros da Cidade.
Nas aulas de manicure e pedicure, muitas das alunas também estão trabalhando fora, fazendo unhas de casa em casa. “Elas ganham o próprio dinheiro. É muito gratificante”, garantiu a instrutora do curso, Nara Bezerra. “Ver a vida dessas pessoas mudando para melhor nos motiva muito a continuar trabalhando para melhorar, ainda mais, nossos cursos”, sintetizou a diretora de Assistência Social (DAS) de Mongaguá.