Os Ministérios Públicos Estadual e Federal instauraram inquéritos para apurar as causas e consequências do incêndio nos terminais da Ultracargo, no Distrito Industrial da Alemoa. Igualmente, também houve a abertura de um inquérito pela Polícia Civil.
De acordo com o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Daury de Paula Júnior, ficou evidente que houve falha no plano de emergência individual da empresa e no acionamento do Plano Integrado de Emergência (PAM).
“É fato que os procedimentos se mostraram insuficientes no combate ao incêndio, uma vez que houve demora para a extinção das chamas. O inquérito vai buscar saber se esses métodos foram elaborados de forma errada ou se mal executados”.
Segundo Júnior, os trabalhos serviram para melhor avaliar as condições e para mudanças de paradigmas. Além disso, o promotor constatou a ausência de materiais de combate a incêndio suficientes. “Um polo industrial desse tamanho e o maior porto da América Latina não podem depender de importação de equipamentos. A segurança tem que ser garantida pelo ente privado que lucra com as atividades”, diz.
Também serão apuradas as consequências ambientais. Isso inclui impactos na fauna, flora, saúde humana e prejuízos econômicos. “Uma das certezas que temos até agora é que houve danos ambientais. Resta mensurar os prejuízos. O inquérito vai listar compensações e indenizações”. A investigação da conduta penal será conduzida pela Polícia Civil e acompanhada pelo MP.
Boataria
A pedido da Secretaria Estadual de Segurança Pública, também foi instaurada uma investigação pela Polícia Civil para apurar a autoria dos boatos lançados nas redes sociais com o objetivo de causar pânico na população.
Embargo
A Prefeitura de Santos embargou na última quinta-feira (9) as atividades da Ultracargo. Com o embargo, todas as atividades da empresa ficam suspensas até que sejam cumpridas todas as determinações legais para garantir a segurança do local.