Na orla da praia, manifestações contra a falta de reajuste salarial | Boqnews
Foto: Divulgação/Sidserv/Arquivo

Greve dos servidores

20 DE MARÇO DE 2017

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Na orla da praia, manifestações contra a falta de reajuste salarial

Servidores fizeram ato pela avenida da praia, se concentrando em frente à residência do prefeito, nas imediações do Canal 3. Nova mesa-redonda está agendada para a próxima segunda (27)

Por: Da Redação

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Servidores percorreram o trecho da Praça das Bandeiras até o Canal 3, no Gonzaga, e retornaram pelo mesmo caminho, passando em frente ao edifício onde o prefeito reside.

Servidores percorreram o trecho da Praça das Bandeiras até o Canal 3, no Gonzaga, e retornaram pelo mesmo caminho, passando em frente ao edifício onde o prefeito reside. Foto: Divulgação/Sindserv

Em seu 12º dia de paralisação, servidores municipais percorreram pela manhã o trecho da Praça das Bandeiras, no Gonzaga, em direção ao prédio onde o prefeito reside na Avenida Bartolomeu de Gusmão, próximo ao Canal 3.

De forma pacífica, os funcionários pediram reajuste salarial e proferiram palavras de ordem. À tarde, o volume foi bem menor de pessoas, com concentração na Praça das Bandeiras. Segundo o Sindserv – Sindicato dos Servidores de Santos, uma nova concentração está marcada para as 8 horas desta terça, em local ainda não definido.

Além da falta de reajuste salarial, os funcionários reclamam da falta de condições de trabalho e material para o uso diário pelos profissionais, em áreas como Saúde e Educação, por exemplo.

A greve foi, aliás, alvo de manifestação do deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), que declarou apoio aos servidores de Santos na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo – ALESP.

Ele classificou como ‘autoritária e fascista’ a decisão do prefeito Paulo Alexandre Barbosa em ir à Justiça contra a greve. O Ministério Público acenou que a greve pode ser considerada abusiva. Porém, caberá ao juiz José Vitor Teixeira a decisão de acatá-la ou não.

No período da tarde, o fluxo de servidores foi menor e ficou restrito à Praça das Bandeiras, no Gonzaga e imediações

No período da tarde, o fluxo de servidores foi menor e ficou restrito à Praça das Bandeiras, no Gonzaga e imediações. Foto: Divulgação

Mesa redonda

Outro sindicato dos servidores, o Sindest – Sindicato dos Estatutários, esteve reunido nesta segunda com o  secretário de Gestão da prefeitura de Santos, Carlos Teixeira Filho, o ‘Cacá’. Ele  garantiu, em mesa-redonda no Ministério do Trabalho, que apresentará, na próxima segunda-feira (27), nova proposta para a data-base de fevereiro.

Ele ponderou ao gerente do escritório ministerial na cidade, Gionei Gomes da Silva, que a prefeitura não teve “tempo hábil para formular uma proposta” e que precisa de “estudo minucioso” por parte de comissão do Executivo criada com essa finalidade. Gionei marcou então a próxima mesa-redonda para a próxima segunda.

O presidente do sindicato, Fábio Marcelo Pimentel, classificou o argumento como ‘esquisito’. ” A prefeitura está com as nossas reivindicações desde
novembro do ano passado e, mesmo assim, alega falta de tempo hábil para analisá-las”.

“De qualquer forma”, justifica o sindicalista, “como investimos nas negociações, continuaremos dialogando. Mas esperamos que as conversas não se
arrastem por mais tempo, pois a categoria está impaciente”.

 

Balanço da Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Santos informa que houve queda nos números de funcionários da Saúde que aderiram à greve, tanto na rede básica de atendimento, como no PS da Zona Noroeste. A Assistência Social também registrou diminuição, indo de 70% para 64% nesta segunda. Na Educação os índices se mantiveram em torno de 70%.

Os demais setores da Prefeitura tiveram baixa adesão e os serviços e equipamentos estão funcionando normalmente.

Saúde
Segundo a Prefeitura, a queda foi de 30% no número de auxiliares e técnicos de enfermagem que faziam parte do movimento grevista no Pronto-Socorro da Zona Noroeste. Na sexta-feira, a taxa de adesão era de 80%, caindo para 50% nesta segunda.
A Atenção Básica  também registrou queda na adesão: de 31,5% na sexta, para 29,2% hoje. Todas as unidades estão abertas, embora em algumas esteja ocorrendo atendimento parcial por conta dos servidores em greve.
A Maternidade Silvério Fontes e o Hospital Arthur Domingues Pinto não registram hoje, na parte da manhã, adesão de funcionários à greve. Todo o Complexo Hospitalar da Zona Noroeste segue em pleno funcionamento, assim como o Pronto-Socorro da Zona Leste e o Pronto-Socorro Central, unidades com equipes completas.
O Ambesp Centro está funcionando com atendimento médico normal para as consultas. Porém, devido aos servidores em greve, as pessoas não estão conseguindo agendar novas consultas ou exames. No Ambesp ZNO o atendimento está normalizado, incluindo a marcação de consultas. Na Saúde Mental a adesão está em 47.2%.
Educação
Das 55 escolas apuradas, 44 estão sem aulas, representando mais de 70% do total.

Assistência Social
Ausências chegam a 64%, mas estão mantidos  os sete Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) abertos, mas trabalhando com equipe reduzida. Assim como os outros serviços essenciais como Creas, Centro Pop, NAI e Casa Dia para idosos. Os Cecons – Centros de Convivência estão fechados. Os três restaurantes Bom Prato funcionam normalmente.

Esportes
A adesão na pasta foi pequena e não acarretou interrupção das atividades.

Segurança
A Guarda Municipal continua atuando no reforço da segurança em pontos estratégicos da Cidade. Não há adesão à greve em todo o quadro da Pasta, entre guardas municipais, equipe administrativa, Gabinete e Defesa Civil.

Meio Ambiente
Na Secretaria de Meio Ambiente não há registro de adesão à greve nos equipamentos. O Orquidário e o Aquário permanecem abertos às segundas-feiras até 10 de abril, para atender a temporada de cruzeiros.

 

Centenas de servidores compareceram às manifestações pela manhã, que se concentraram na região do Gonzaga

Centenas de servidores compareceram às manifestações pela manhã, que se concentraram na região do Gonzaga. Foto: Divulgação

 

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