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02 DE OUTUBRO DE 2020

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O poder e o perigo das redes sociais nas eleições municipais

As redes sociais podem ajudar ou atrapalhar um candidato, tudo depende da forma que o político divulgará a campanha

Por: Da Redação

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A campanha eleitoral começou oficialmente no dia 27 de setembro, logo na primeira semana, muitas pessoas já começaram a compartilhar fotos, vídeos e atualizar o perfil com o número dos candidatos nas redes sociais.

Por conta da pandemia, a expectativa é que a divulgação das campanhas seja ainda maior nas plataformas na internet, pois o contato do político com o eleitor pessoalmente está sendo menor devido aos protocolos de segurança no enfrentamento ao coronavírus.

Dessa forma, as mídias digitais que já tiveram peso no voto da população nas eleições em 2018 se tornaram ainda mais importantes neste atual momento. Porém, os candidatos a prefeito e vereador devem tomar cuidado para não cometer exageros em suas divulgações de conteúdos e propostas na internet. Qualquer excesso pode ser determinante na escolha do eleitor.

Para o especialista em marketing político, Fabiano Caldeira, o candidato deve respeitar a personalidade de cada rede. “No Instagram. por exemplo, é recomendável colocar as propostas no feed, pois a ferramenta é a vitrine da conta do candidato”.

Em relação aos vídeos, Fabiano destacou que eles não precisam ser longos e devem ter a necessidade de um suporte de narrativa com foco em propostas efetivas. “Não adianta o político falar que vai melhorar a saúde e educação sem apresentar projeto para tais assuntos” enfatizou.

O especialista também ressaltou que a população não vive o meio político durante 24 horas como os candidatos.

Dessa forma, a campanha deve ser trabalhada da melhor forma possível, sem exageros, evitando uma série de medidas, como publicação de vídeos longos com uma superprodução, compartilhamento de propostas saturadas que muitas vezes não atendem as exigências do município e principalmente a divulgação de notícias e fotos no Whatsapp, nas quais são enviadas ao longo do dia, irritando a pessoa que as recebe. A consequência é o bloqueio do número e da conta do candidato ou do indivíduo que dispara as mensagens.

Cenário

De acordo com o cientista político Fernando Chagas, as redes sociais em condições normais já seriam fundamentais para os candidatos disputarem os votos nesta eleição. Com a pandemia a importância da propaganda eleitoral na internet cresceu consideravelmente para o convencimento do eleitor, principalmente para a conquista de uma cadeira na Câmara.

Um dos pontos que pode se tornar um problema e confundir o eleitorado nas redes sociais é o alcance da plataforma. Por exemplo, uma pessoa que mora em Guarujá e tem uma elevada quantidade de amigos em Santos, compartilha a foto de seu respectivo candidato podendo influenciar o voto de indivíduos próximos que na verdade votam em outro município. Além disso, há a questão da mudança do título eleitoral. É o caso do ex-prefeito de São Vicente e ex-governador, Márcio França, que nestas eleições concorre ao cargo do Poder Executivo em São Paulo.

Chagas cita que é primordial que a propaganda eleitoral na internet seja clara e objetiva, indicando o nome e o número do candidato, o cargo eletivo e o Município, justamente para evitar erros básicos no decorrer da disputa e não otimizar o trabalho.

Usuários

A overdose de campanha política nas redes sociais tem irritado usuários. A professora Daniela Silva, por exemplo, diminuiu o acesso ao Facebook, justamente pelo feed de notícias estar lotado de divulgações eleitorais.

á o estudante universitário João Victor destacou que o compartilhamento de publicações em excesso tem o deixado indignado, sobretudo em políticos que não tem projetos para a melhoria da Cidade.

Para o também estudante universitário, Raphael Seroni, a divulgação da campanha é fundamental para o eleitor conhecer os candidatos, afinal a política municipal traz impactos diretos na vida das pessoas nas mais diferentes áreas, como saúde, assistência social, educação, esporte e cultura. Contudo, ele pensa que as redes sociais trouxeram um certo exagero nas publicações, com ataques políticos e pessoais, levando consequentemente poucas propostas dos candidatos.

Televisão

Por conta da pandemia da Covid-19, o horário eleitoral na televisão também será mais determinante do que nas eleições passadas.
Vale destacar que muitos grupos ainda estão trabalhando via home office e indivíduos do grupo de risco estão saindo pouco de casa, assim mais pessoas vão assistir o horário eleitoral gratuito.

É importante frisar que quanto maior o número de coligações do candidato e a representatividade da sigla no Legislativo brasileiro, mais tempo ele terá no horário eleitoral.

A novidade para as eleições em 2020 é que alguns partidos, nos quais não atingiram o número máximo de representantes, estarão de fora do horário eleitoral na televisão, ficando sequer com os 10 segundos tradicionais. Enquanto isso, outros candidatos terão um tempo ainda maior para apresentar suas propostas para os eleitores.

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