Obra na entrada de Santos eleva o número de congestionamentos | Boqnews
Foto: Lucas Freire Obras na entrada de Santos

Reformas

08 DE DEZEMBRO DE 2018

Siga-nos no Google Notícias!

Obra na entrada de Santos eleva o número de congestionamentos

Iniciada na segunda-feira (3), motoristas e caminhoneiros que passam pela entrada de Santos sofrem com constantes congestionamentos

Por: Da Redação

array(1) {
  ["tipo"]=>
  int(27)
}

Ao fim do expediente, é comum que motoristas sofram com o horário de rush. Com um fluxo de carros mais intenso.

No entanto, tem se tornado corriqueiro os congestionamentos na entrada de Santos.

Principalmente aos que trabalham no polo industrial de Cubatão, ou na Capital Paulista.

É comum que no inicio algumas mudanças tragam condições adversas temporárias.

Ou seja, santistas e os demais motoristas que usufruem da pista enfrentarão constante engarrafamentos.

Não são apenas os motoristas que estão enfrentando dificuldades.

Dessa forma, moradores e comerciantes também já sentiram o impacto que a reforma tem causado.

Em dias comuns de rotina, desde que a obra foi iniciada, as manchetes no site da Ecovias constatam frequentemente congestionamentos na entrada de Santos, e em diferente horários.

Comerciantes reclamam de alagamentos em frente de seus estabelecimentos, e também do aumento de poeira  e lama (Foto: Lucas Freire)

Transtornos

O funcionário da farmácia Litoral de Santos, Edivan Monteiro, queixou sobre a quantidade de sujeira levantada pela obra.

De acordo com comerciante, desde que a construção foi iniciada as limpezas tiveram que ser intensificadas. Isso por conta de toda poeira e areia é que levada para a loja.

Monteiro também reclamou de  água parada que fica na entrada do comércio.

A maior preocupação no momento é com a temporada de verão.

Pois o fluxo de carros que utilizam a entrada de Santos é dobrado.

Considerando a temporada de férias, o especialista em transito, Rafael Alves, sugere a aceleração do projeto ocorrendo um pouco mais adiante onde haveria uma redução dos fluxos de horários de pico em razão da finalização do período escolar.

“O período de aulas é responsável por demandar até 30% dos veículos circulantes no começo e no final do dia. Além de claro prejudicar o período de temporada responsável por aquecer a economia da região”, afirmou Alves.

Por outro lado, o especialista disse que as obras no Brasil não costumam cumprir cronogramas de execução.

Principalmente em uma região com índice pluviométrico elevado.

Além disso, ele considera a troca estabelecida pelo governo do estado nas últimas eleições.

Assim, sendo outro fator que deve contribuir para que a finalização da obra seja atrasada, e consequentemente o atraso dos benefícios que ela trará.

 

Divisão de etapas

De acordo com a Prefeitura, a obra foi dividia em quatro etapas. A primeira já foi concluída, onde foram asfaltados 18 quilômetros de várias ruas da Zona Noroeste.

Isso inclui desde a Rodoviária até o Cemitério da Filosofia; ruas dentro dos bairros; além disso, também foram asfaltadas as Avenidas Jovino de Melo, trecho inicial da Avenida Martins Fontes e grande parte da Nossa Senhora de Fátima, dentre outras.

No momento está sendo executada a segunda etapa do processo, onde a Avenida Nossa Senhor de Fátima está sendo drenada.

Já para a terceira etapa está em andamento a licitação. A mesma prevê o viaduto da entrada de Santos e obras de drenagem.

Além disso, também há o viaduto que fará a ligação da Avenida Martins Fontes para a Avenida Nossa Senhora de Fátima, eliminando todos os semáforos naquele cruzamento.

Por fim, para a quarta etapa sairá a licitação, com a implantação da futura ponte sobre o rio São Jorge, ligando a Anchieta à região noroeste de Santos.

A Prefeitura recebeu um empréstimo da Caixa de R$291 milhões para pode realizar a obra na entrada de Santos (Foto: Nando Santos)

 

Benefícios

Rafael Alves avaliou a obra como elemento fundamental para manutenção da mobilidade urbana na região no curto e médio prazo.

“Além de ter um viés econômico imensurável em razão de desafogar o acesso ao Porto de Santos. Que hoje é o principal pilar econômico da região metropolitana da Baixada Santista”, afirmou.

Em âmbito regional, o especialista explicou que atualmente Santos é uma espécie centro econômico da região.

Isso pelo fato de centralizar boa parte dos negócios de médio e grande porte que ocorrem na região metropolitana.

Assim qualquer obra de infraestrutura realizada lá gera efeitos nas cidades vizinhas.

Para ele, esse cenário fica ainda “mais latente quando se acredita que esta obra resolveria o maior gargalo logístico da cidade e o principal gargalo logístico do maior porto da América Latina”.

Na questão econômica, Alves disse que certamente haverá reflexos positivos decorrentes deste investimento.

Além disso, também na qualidade de vida para a população da região que terá maior mobilidade no trânsito para entrar e sair da cidade de Santos.

 

Desafios

A Prefeitura de Santos informou que os registros de lentidão na entrada da Cidade por causa da canalização da faixa da direita da Av. Nossa Senhora de Fátima. Já próximo ao supermercado Assaí, o congestionamento foi dado por conta dos buracos no asfalto antigo, e também de alagamento.

No trecho, a Terracom pavimentou a faixa de rolamento na tarde dessa quarta-feira (05), que ficou liberada para a passagem de veículos no mesmo dia.

De acordo com a Prefeitura, estão presente mais de 10 agentes de trânsito trabalhando em campo, ao longo do dia, em oito diferentes postos de operação.

Além disso, também há o monitoramento com viaturas e câmeras através do Centro de Controle Operacional.

Além disso, a Prefeitura justificou o trânsito intenso nesta semana por conta de obras de pavimentação na Orla de São Vicente.

“O trânsito lento teve reflexos nas vias da Orla santista (aos que trafegam no sentido Santos/São Vicente), fazendo com que muitos motoristas utilizassem a rota via Zona Noroeste para chegada em São Vicente, inserindo mais veículos na região”.

Buracos na via exigem que os motoristas sejam mais cautelosos no volante, diminuindo a velocidade do trânsito (Foto: Lucas Freire)

 

Justificativa

Para a Prefeitura, esta é uma obra aguardada há mais de 50 anos “e a população santista, principalmente os moradores da Zona Noroeste não podem mais esperar”.

A Prefeitura disse que momento agora é de encarar essa obra que trará melhoria na qualidade de vida.

Incluindo redução dos riscos de enchentes e a melhoria da fluidez do tráfego de veículos na entrada da Cidade.

“É necessário coragem para encarar os desafios e a Prefeitura de Santos vem fazendo sua parte desde a elaboração do projeto, busca de recursos, e todas as iniciativas que envolvem o projeto. E a Prefeitura realizará essa grande intervenção com planejamento e garantindo a segurança dos motoristas e pedestres.”

A Administração Municipal conta também com a compreensão da população para o entendimento de que uma grande obra como essa trará alguns transtornos, inevitáveis e momentâneos.

Crianças passam por perigos ao brincarem em poça de água com ferros expostos  (Foto: Nando Santos)

Moradores

A Prefeitura e a Cohab Santista já removeram 94 famílias.

O valor referente de 120 pessoas que estavam vivendo na Vila Alemoa, em pontos que obstruem a passagem do Rio Furado.

Todas serão transferidas para o conjunto habitacional Caneleira 4.

As mudanças são acompanhadas por assistentes sociais que dão orientações sobre o modo de vida em condomínio.

De acordo com a Prefeitura, as remoções são necessárias para a implantação de um projeto de drenagem – por meio do Programa Nova Entrada de Santos – que facilitará o escoamento de água e reduzirá as enchentes e alagamentos nessa região.

O fluxo do Rio Furado vem da drenagem da Rodovia Anchieta, da Vila Haddad, do Morro Santa Maria e de parte do Saboó, desembocando no Rio São Jorge.

Ao retirar os barracos, as equipes da Prodesan fazem a limpeza e remoção de materiais inutilizados que ficam no local.

A subprefeitura da Zona Noroeste fiscaliza os serviços, que devem durar cerca de 120 dias.

Todo o material está sendo reunido para agilizar a retirada total.

As unidades habitacionais do Caneleira 4, que serão entregues pela Cohab, têm dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço com água, luz e gás individualizados.

Os contemplados pagam pelo menos 15% do salário mínimo, o que representa R$ 143,10 por mês.

 

Cidades vizinhas

Como uma provável opção aos turistas que irão procurar por vias mais fluídas, a Secretaria de Trânsito e Transportes de São Vicente (Setrans), informou que a repavimentação e sinalização das principais vias da Cidade estão sendo feitas para dar mais fluidez ao trânsito.

Por ser uma das possíveis entradas alternativas aos motoristas, na Linha Amarela, por ser um dos principais acessos da Cidade, a Prefeitura explicou que mantém contato com a BR Mobilidade para melhorar a gestão semafórica ao longo da via.

A empresa é responsável em controlar o tempo de abertura e fechamento dos semáforos do local.

Dessa forma, o contato é indispensável administrar o trânsito.

A Companhia Municipal de Trânsito de Cubatão têm monitorado permanentemente o tráfego nas vias municipais.

De acordo com a Prefeitura de Cubatão, até o momento não foi detectado nenhum problema em ruas e avenidas da cidade decorrente do fluxo de trânsito da Via Anchieta.

No entanto, caso isso venha a acontecer, equipes da CMT serão deslocadas imediatamente para o local com o intuito de orientar e organizar o trânsito.

Além disso, a pasta afirmou que a CMT também monitora constantemente o fluxo da Via Anchieta nas redondezas da cidade.

Isso, a fim de antever possíveis pontos de congestionamento ou lentidão. O que se repetirá durante as festas e período de férias.

 

Notícias relacionadas

ENFOQUE JORNAL E EDITORA © TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

desenvolvido por:
Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.