O velório do padre Francisco das Dores Leite, o padre Chiquinho, falecido aos 89 anos na manhã de hoje no hospital Beneficência Portuguesa, em Santos, no litoral paulista, iniciará às 17 horas, no Santuário São Judas Tadeu.
Ele esteve à frente da igreja por 49 anos.
Às 19 horas, o reitor do Santuário, padre Antonio Alberto Finotti, o padre Toninho, celebrará missa de corpo presente.
O santuário estará aberto até às 22 horas para o público dar o último adeus ao padre Chiquinho, uma das principais lideranças religiosas da Cidade nas últimas décadas.
Assim, o velório na igreja será reaberto às 6 horas desta quinta (9).
Na sequência, acontecerá a segunda missa de corpo presente, às 8 horas, presidida por Dom Tarcísio Scaramussa.
Posteriormente, o corpo será encaminhado ao Memorial Necrópole Ecumênica, onde haverá o sepultamento previsto para às 11 horas.
Padre Chiquinho deixará um legado do seu trabalho social ao longo de mais de século de atividades eclesiásticas. Foto: Divulgação/SSJT
Santos
Nascido em Miracatu, seu nome está diretamente atrelado à instituição do Marapé, em Santos, recém transformada em santuário.
Além disso, batiza uma escola municipal no bairro, na Avenida Moura Ribeiro.
Torcedor fanático do Santos FC, Chiquinho atraía fiéis de todas as faixas etárias, com suas missas para crianças, jovens e adultos, especialmente aos domingos.
Dessa forma, os tradicionais festas do Dia das Crianças, realizadas em outubro, pouco antes da festa alusiva a São Judas Tadeu (dia 28) reuniam milhares de crianças, de todas as classes sociais.
Era uma verdadeira festa no entorno da igreja, onde o padre mobiliza não só a comunidade, mas também empresários e políticos para apoiarem a festa.
Dessa forma, o padre esteve à frente da construção de uma creche e também do centro comunitário, construído a poucos metros da igreja.
A reconstrução de todo o telhado da paróquia foi uma das suas últimas ações à frente da igreja.
Em nota, o prefeito Rogério Santos destacou em mensagem a importância do pároco.
“O Padre Chiquinho era uma daquelas pessoas por quem você tem simpatia à primeira vista.
Um homem carismático, atencioso e firme nos momentos em que defendia suas convicções e a fé.
É difícil expressar em palavras tudo o que Chiquinho representa para comunidade do Marapé, da Igreja São Judas Tadeu, e para todos os santistas, que, com certeza, foram tocados no coração por todo o amor compartilhado por esse homem religioso e entusiasta do bem comum.
Saudades do amigo que se vai, mas ficam os ensinamentos.
Descanse em paz, Padre Chiquinho”.
A escola funciona no Marapé, bairro onde o pároco dedicou boa parte da sua vida em prol da população. Foto: Divulgação/PMS
Igreja outrora, hoje Santuário
Assim, a igreja foi fundada em 9 de agosto de 1954.
Monsenhor Francisco Leite, o padre Chiquinho, foi oficialmente nomeado pároco em 25 de janeiro de 1968.
Assim, o padre Antonio Baldan o substituiu em 20 de dezembro de 2016.
Por sua vez, a medida motivou a mobilização da comunidade do bairro e fiéis, que esperavam que o pároco completasse meio século à frente da igreja.
Em 25 de fevereiro de 2017, padre Chiquinho recebeu o título de Pároco Emérito da Paróquia de São Judas Tadeu.
Dessa forma, um mês antes, foi nomeado Vigário Paroquial da N. S. do Rosário de Pompéia.
Assim, Padre Chiquinho iniciou os estudos para a vida sacerdotal no Seminário Diocesano de Santos, em março de 1947, e concluiu seus estudos teológicos em Roma.
Assim, sua ordenação sacerdotal ocorreu na Basílica de São João de Latrão em Roma, em 1º de março de 1958.
Dessa forma, trabalhou como pároco da Paróquia São Judas Tadeu, em Santos, desde 1968, e em janeiro de 2017 foi nomeado Vigário Paroquial da N. S. do Rosário de Pompéia.
Nos últimos anos, residia na Residência Sarcedotal.
No dia 16 de outubro passado, o bispo Dom Tarcísio Scaramussa esteve à frente da elevação da paróquia em Santuário, que passou por ampla reformulação e melhorias, sob o comando do reitor, padre Toninho.
Dessa forma, as missas serão transmitidas pelas redes sociais do Santuário (facebook e you tube).
Trânsito
Em razão do aumento de fluxo de fiéis, a CET -Santos estará monitorando o trânsito no entorno da Igreja São Judas Tadeu, onde ocorrerá o velório do padre Chiquinho, e de acordo com a movimentação, poderá promover bloqueio no trecho da Rua Saturnino de Brito, entre as ruas Napoleão Laureano e Dom Duarte Leopoldo e Silva.
Amanhã (9), a partir das 6h, o mesmo esquema de operação será ativado ao redor do templo.
Depois, agentes da companhia vão acompanhar o cortejo, realizando as intervenções viárias que forem necessárias ao longo do trajeto em direção à Memorial Necrópole Ecumênica, que também fica no Marapé, em Santos.