Com a chegada da pandemia, muitos brasileiros tiveram que passar a trabalhar em home office e, com isso, procuraram buscar mais conforto dentro de casa, impulsionando o mercado de móveis e eletrodomésticos, especialmente as vendas de camas e colchões.
Recente levantamento confirmou que mais de 10 milhões de consumidores optaram por compras pela internet, permitindo que muitos estabelecimentos pudessem manter e, em alguns casos, até ampliar o faturamento que tinham até então.
De acordo com levantamento realizado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o aumento nas vendas foi de 68% comparado ao ano de 2019, ampliando a participação do e-commerce no faturamento total do varejo, que passou de 5%, no final de 2019, para mais de 10% em alguns meses do ano passado.
“O impacto do COVID-19 possibilitou o crescimento das vendas on-line”, confirma o vendedor Thales Pereira, da loja Lord Colchões em São Vicente, especializada no comércio de colchões. Ele ressalta que o consumo de camas King e Queen nunca foi tão grande quanto agora. “Devido ao isolamento social, as pessoas passaram a priorizar cada vez mais o conforto e o espaço dentro de casa”, comenta, acrescentando que o consumidor passou a buscar melhor qualidade de vida, que inclui a possibilidade de dormir melhor.
Esse fato, como explica, refletiu positivamente nas vendas de colchões, com o aumento substancial dos modelos King e Queen. “Somente nesses dois tamanhos de colchão tivemos um aumento equivalente de 26% em relação a vendas no mesmo período do ano passado”, destaca Thales Pereira.
Ele também é de opinião que a tendência de crescimento das vendas on-line deverá permanecer, exigindo que o setor continue atento às mudanças constantes. “A pandemia permanece preocupante em 2021. Ao que tudo indica, o mercado de colchões deverá sofrer poucas alterações, vivendo cada dia de forma resiliente”, enfatiza.