Depois de ter contado com profissionais de outras áreas não atreladas à questão tecnológica, enfim, o Parque Tecnológico de Santos (FPTS) contará com alguém ligado ao segmento.
Trata-se do novo diretor-presidente: Eduardo Bittencourt.
Formado na área de tecnologia e administração de empresas, o profissional se destacou em sua carreira com a aceleração de startups (empresas com potencial de crescimento), um dos propósitos do Parque Tecnológico.
A nomeação do novo presidente pelo prefeito Rogério Santos foi publicada na edição desta quinta-feira (13) do Diário Oficial de Santos.
Anteriormente, o nome de Eduardo fez parte de lista tríplice aprovada no dia 3 de abril em reunião do Conselho de Administração do Parque .
Trata-se de um colegiado formado por representantes do poder público, instituições de ensino superior, empresas e entidades da classe empresarial.
Ele substitui Rogério Vilani, que ficou à frente da fundação nos últimos dois anos.
Gabriel Miceli seguirá como diretor técnico do Parque e, José Rezende, no cargo de diretor administrativo.
Natural de Santos, Eduardo tem 32 anos – o presidente mais jovem da história do Parque Tecnológico de Santos – e quer repetir no poder público o sucesso obtido no setor privado.
Bittencourt já fundou e investiu em mais de 10 startups.
Além disso, atuou como conselheiro em empresas como a Hopy Pay, Obra Lean e Hexagon Pro, respectivamente com focos em tecnologia financeira, construção e logística (fintech, construtech e logtech).
“Um dos meus principais objetivos no Parque será focar nas vocações e talentos da região. Vamos criar verticais para fomentar a aplicação de tecnologia em diversos mercados como os de construção civil, longevidade, logística, infraestrutura portuária e cidades inteligentes”, afirma Eduardo Bittencourt.

Novo presidente do Parque Tecnológico de Santos, Eduardo Bittencourt, promete aproximar o segmento com o espaço de criatividade e inovação na Vila Nova. Foto: Divulgação
Trajetória
O profissional formou-se em processamento de dados pela Fatec Baixada Santista e pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Portanto, ele iniciou a carreira como analista de sistemas nos mercados de saúde e comércio exterior.
Em 2016, deixou o mercado corporativo para empreender criando uma lawtech (startup do mercado jurídico).
Dessa forma, mais tarde atuou como diretor de operações em startup de hardware (equipamento) automotivo.
Além disso, diretor executivo em startup de machine learning (aprendizagem de máquina) e reconhecimento facial.
Após vendas de participações nas empresas (os chamados exits), Eduardo criou a Spacemoon.
Assim, um dos primeiros hubs de inovação da Baixada Santista, que de 2018 a 2021 foi o principal ponto de encontro dos empreendedores de tecnologia da região.
De 2020 a março deste ano, fez parte do Conselho de Administração do Parque Tecnológico entre os representantes das empresas conveniadas ou credenciadas.
Desde 2022, também atuava como gestor de inovação na logtech Box Delivery, estruturando produtos de inovação e incorporando startups adquiridas.
Por sua vez, a empresa foi adquirida esta semana pela colombiana Rappi em seu maior investimento no Brasil.
Exterior
Assim, Eduardo mantém forte vínculo com Portugal.
Além disso, participa anualmente do Web Summit Lisboa, maior evento do setor, trazendo as tendências para o Brasil e atuando na internacionalização de empresas.
“A nossa meta é a realização aqui em Santos de um grande evento anual, reunindo experts do mercado, universitários, investidores e empreendedores da região, além de apoiar e divulgar eventos independentes do setor”, explica.
“A Cidade merece esse reconhecimento por ser berço de muitas startups”, destaca Eduardo.
Nova fase
Dessa forma, o secretário municipal de Governo e presidente do Conselho de Administração do Parque Tecnológico de Santos, Fábio Ferraz, ressalta que a nova composição da diretoria irá contribuir para a instalação de um centro de tecnologia na sede da fundação.
“Santos reúne condições totais para que isso aconteça. O nosso Porto é o principal da América Latina e um indutor natural de inovação. Se tivermos um ecossistema de empreendedores e startups que queiram desenvolver ferramentas de tecnologia, teremos muito próximo as empresas que irão absorvê-las”, explica Ferraz.