Ações investem em ‘acupunturas urbanas’ para alterar o cenário visual de Santos | Boqnews
Parque Valongo: entrega é uma das promessas para o próximo ano e um dos novos atrativos para o bairro. Foto: Divulgação

Desenvolvimento

05 DE ABRIL DE 2023

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Ações investem em ‘acupunturas urbanas’ para alterar o cenário visual de Santos

Realizar ‘acupunturas urbanas’ para alterar o cenário urbano santista. É desta forma que o secretário de Desenvolvimento Urbano de Santos, Glaucus Farinello, entende como o Município pode realizar pequenas intervenções simultâneas. E assim, alterar, em um futuro próximo, a paisagem e a forma de ocupação e circulação em áreas – hoje esquecidas e abandonadas – […]

Por: Fernando De Maria

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Realizar ‘acupunturas urbanas’ para alterar o cenário urbano santista.

É desta forma que o secretário de Desenvolvimento Urbano de Santos, Glaucus Farinello, entende como o Município pode realizar pequenas intervenções simultâneas.

E assim, alterar, em um futuro próximo, a paisagem e a forma de ocupação e circulação em áreas – hoje esquecidas e abandonadas – para melhor aproveitamento, como o Centro Histórico/Valongo e o Paquetá/Vila Nova.

Para tanto, o trabalho realizado pela prefeitura de Santos, no litoral paulista, está sendo realizado em três eixos: curto, médio e longo prazos.

Portanto, no primeiro, a ênfase ocorre em eventos realizados na região central do Município, como a Primavera Criativa, Natal Criativo e Carnaval, entre outros.

Assim, o objetivo é trazer público ao Centro em momentos e datas específicas.

Por sua vez, no segundo eixo, a ênfase é a revitalização da região central da Cidade.

Assim, ela passa por ações, capitaneadas pelo Poder Público, como a recuperação e entrega do Outeiro de Santa Catarina, Panteão dos Andradas e a praça Barão do Rio Branco (foto abaixo) para citar alguns exemplos.

Assim, por estar Revitalizada, a Praça Barão do Rio Branco é uma das novidades no Centro Histórico. Foto: Marcelo Martins/Divulgação

Por fim, o último – realizado a longo prazo – é atrair investimentos da iniciativa privada para apostar em habitação, a preços que atendam determinadas faixas salariais de pessoas que morem em cidades vizinhas.

Ou trocar o aluguel pelo imóvel próprio, estimulados pelas regras já anunciadas pelo Governo Federal de incluir os imóveis usados nas regras do Minha Casa, Minha Vida.

Farinello participou do Jornal Enfoque desta terça (4).

Na ocasião, falou das ações municipais para a recuperação do Centro e da região do Mercado, no Paquetá/Vila Nova, entre outros pontos de revitalização da Cidade para atrair novos serviços e investimentos.

Centro

No caso do Centro, há ênfase na urbanização de vias, que ganharão calçadões, como as ruas Tuiuti, XV (de forma parcial) e do Comércio, que terá plena revitalização.

Tudo isso em razão do projeto Parque Valongo, um espaço público linear com 15 mil m2,  e que, ao que indica, sairá finalmente do papel.

“O momento é propício”, enfatiza.

Afinal, o secretário de Portos, Fabrízio Pierdomênico é de Santos,  e o ministro de Portos e Aeroportos, Marcio França, também santista de nascimento, foi prefeito de São Vicente e governador paulista.

Sem contar o empenho de deputados federais e estaduais que apostam nesta aproximação dos governos federal e municipal, sem deixar de lado o estadual, na figura do governador Tarcísio de Freitas.

Graças ao acordo, via TAC – Termo de Ajuste de Conduta com a administradora  portuária (SPA, ex-Codesp) e o Ministério Público, a prefeitura de Santos poderá ocupar os armazéns 4, 5 e 6, os dois últimos já inexistentes, para a criação do parque de acesso livre ao público, integrando-o ao Centro Histórico.

Este trecho ficará em frente à Ordem Terceira do Carmo e Praça Barão do Rio Branco, recém revitalizada.

Além do parque, a estrutura externa do Armazém 4, com 2.500 m2, será recuperada ficando a iniciativa privada responsável por implantar um espaço gastronômico no local – em licitação a ser feita – semelhante ao que ocorreu com o Centro de Convenções, na Ponta da Praia.

“Será um cenário diferente para os próximos anos”, assegura.

Outros terminais

Dessa forma, os terminais 1 ao 3 ficarão, inicialmente, com a SPA, caso haja a transferência do terminal de passageiros, hoje na região do Outeirinhos, para a nova área no Centro/Valongo.

No entanto, se houver mudança de proposta do futuro terminal (há a possibilidade de ocupar uma área de cerca de 40 mil m2 na área do STS-10, perpendicular aos armazéns), estes armazéns poderão ter outro destino, a ser estudado.

“Não existe projeto pronto. Faremos audiências públicas para discussão com o público. Se isso ocorrer (armazéns passarem para a prefeitura), eles poderão ser incorporados ao parque ou somados com outros serviços. Tudo dependerá do projeto do futuro terminal de passageiros”, salienta.

Por sua vez, os terminais 7, inclusive a Casa de Pedra, e 8 serão destinados às atividades educacionais, com a presença de universidades públicas e privadas que ofereçam atividades ligadas ao mar.

“Estes espaços ficarão interligados ao parque, com fins educacionais”, salienta.

Assim, os demais armazéns na região serão demolidos, pois não são tombados.

Não bastasse, uma outra passarela – semelhante à instalada ao lado da Alfândega – deverá estar disponível para o público nas imediações do Armazém 4.

Ao todo, a previsão é que até quatro equipamentos estejam edificados para acesso do público ao parque.

“Isso facilitará a circulação das pessoas”, salienta.

Os investimentos iniciais previstos para o parque chegam a R$ 15 milhões – com verbas Dadetur e de compensações de empresas portuárias – e a ideia é que as obras iniciem já no próximo semestre.

Dessa forma, trecho da Rua Amador Bueno entre as ruas Dom Pedro II e Senador Feijó ganhará calçadão. Foto: Divulgação

Rua Amador Bueno

Outro calçadão será feito na rua Amador Bueno, entre as ruas Dom Pedro II e Senador Feijó,  abrindo espaço para a circulação do público e do VLT.

Assim, movimentação de carga e descarga terão horários específicos que serão determinados e fiscalizados pela CET Santos.

Este calçadão, porém, não tem relação com o projeto Valongo, mas com o avanço das obras da segunda fase do VLT.

Bacia do Mercado

O mesmo vale para a recuperação da Bacia do Mercado, onde ficam as catraias, dentro do projeto de revitalização não só do Mercado Municipal, mas de todo o entorno.

Afinal, o local ganhará uma estação do VLT – Veículo Leve sobre Trilhos.

Dessa forma, como a futura escola pública de cinema.

Assim, a estimativa é que as obras totais naquela região cheguem a R$ 30 milhões –  estão programadas para iniciar também no segundo semestre deste ano.

Secretário Glaucus Farinello falou sobre os projetos de reurbanização de áreas do Centro Histórico e Paquetá/Valongo. Foto: Felipy Brandão.

Extremos

Portanto, dentro deste contexto, Farinello aposta nas ações das recém-criadas zonas de Renovação Urbana, localizadas nos extremos das áreas do Alegra Centro.

No caso, a área do Valongo sem apelo histórico e também no outro extremo do Centro expandido, como no trecho a partir da Rua Constituição em direção ao cais.

Motivo: tais áreas não tem limitações significativas em razão da preservação histórica de imóveis, facilitando a substituição e o surgimento de novas edificações.

Portanto, caso de um empreendimento no Valongo com previsão de até mil apartamentos, conforme interesse já demonstrado por uma construtora paulistana.

Assim, a proposta do futuro empreendimento encontra-se na prefeitura.

“Isso atrairá novos serviços e negócios no bairro”, salientou. Afinal, serão de 4 a 5 mil novas pessoas residindo no local.

Para facilitar, a Prefeitura oferece atrativos com isenções de ITBI e IPTU para as construtoras interessadas.

Dessa maneira, o mesmo vale para o primeiro comprador do imóvel.

Assim, quanto aos imóveis próximos da região central, boa parte tombados por alguma instância de patrimônio histórico, as opções pairam nos retrofits (imóveis com revitalização interna).

Além de um prédio em frente à Praça José Bonifácio, dois novos pedidos deram entrada na prefeitura.

Assim, são dois imóveis de cinco andares nas imediações da Rua General Câmara, com a proposta de revitalização no mesmo molde.

“Será uma tendência”, acredita em razão do grau de preservação histórica destes imóveis..

E a proposta do Governo Federal em incluir imóveis usados no projeto Minha Casa, Minha Vida, já anunciado pelo presidente Lula, e que aguarda as definições e detalhes nos próximos meses, poderá ser uma alavanca importante para atrair investimentos em moradias no Centro Histórico – e população, objetivo central do terceiro eixo pretendido pela Prefeitura.

Projeto da futura arena do Santos FC. Foto: Divulgação

Região intermediária

Por sua vez, a Prefeitura aguarda os estudos de Impacto de Vizinhança (EIV) para os projetos da nova arena do Santos FC.

Além do futuro shopping e empreendimento comercial do grupo Peralta.

“Ambos os empreendimentos são muito próximos e seria importante que eles fossem analisados de forma conjunta em razão dos impactos que provocarão”, diz.

Além disso, ele cita o caso do próprio estacionamento da nova arena.

“Fica difícil a circulação de carros em dias de jogos. Poderia se pensar no uso compartilhado do estacionamento do shopping em razão da pequena distância”, diz.

Assim, algo semelhante ao que já ocorre na arena do Palmeiras (Alianz Parque), próximo ao shopping Bourbon, na Capital.

 

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